Ministro também falou sobre o andamento das investigações sobre o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco
Bruno Góes
Brasília – De saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino indicou nesta terça-feira, em entrevista à GloboNews, que o governo deve prorrogar e ampliar a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e em São Paulo. A mobilização deve também ocorrer no Nordeste.
Em novembro do ano passado, após uma crise de violência no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o uso das Forças Armadas para a operação que mira o combate ao crime organizado.
No decreto, a GLO tem validade fixada até maio deste ano. Ao fim do prazo, o período deve ser estendido.
— Temos essa GLO que se refere à dinâmica criminosa no Sul e Sudeste, portanto, a sugestão inicial, a ser aprofundada pelo (futuro ministro da Justiça, Ricardo) Lewandowski e levada à reflexão do presidente da República, é de (ser feita em) algum estado do Nordeste, algum porto e aeroporto de um estado do Nordeste. (…) E a ideia é de prorrogar (a GLO no Rio de Janeiro) por mais seis meses — disse Dino.
Dino tomará posse no Supremo no próximo dia 22. Durante a entrevista, o ministro também falou sobre o andamento das investigações sobre o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Com o acordo de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos, investigadores esperam avançar nas apurações.
— Não tenho informações sobre o inquérito policial, porque os delegados que conduzem têm autonomia técnica. É claro que eu tenho uma informação geral sobre o andamento dos assuntos, mas não especificamente sobre atos processuais que são conduzidos por delegados ou pelo Ministério Público. O que eu afirmo é que há uma investigação séria, que foi determinada por nós no começo do governo liderado pelo presidente Lula — afirmou Dino.
O que é a GLO dos Portos e Aeroportos
A GLO em vigor desde novembro engloba os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e em Guarulhos, em São Paulo, além dos portos do Rio, de Itaguaí (RJ) e de Santos (SP).
As Forças Armadas ganharam poder de polícia nos aeroportos, e nos portos a Marinha passou a monitorar os acessos e a revistar embarcações.
Quase 4 mil militares foram mobilizados para a GLO.
2 respostas
Tome missão. E o salário ó!!!!
Só no lombo! Hahhaa. Bem feito.