Irã convida Brasil para exercício naval; Marinha nega convite

Uma das análises envolve que o convite do Irã pode ter sido feito para demonstração de unidade das Marinhas e força do BRICs
Letícia Cotta, Samuel Pancher
O comandante da Marinha do Irã, almirante Shahram Irani, afirmou que o Irã convidou pelo menos sete países, entre eles o Brasil, para exercícios navais no Golfo Pérsico. Veja o momento:
“Nesse exercício, os três principais países são o Irã, a Rússia e a China“, adiantou Irani ao entrevistador.

É possível observar o momento em que o almirante descreve os convites, e fala que Rússia e China estariam como participantes dos exercícios navais. Irani detalhou que o restante estaria como observador.

Ele explicou, ainda, que o propósito é demonstrar segurança e proteção do setor marítimo, e que há possibilidade de cooperação entre os países. “Os países Paquistão, Brasil, Omã, Índia, África do Sul e alguns vizinhos no Mar Cáspio também foram convidados como observadores, que podem vir, observar e estarem cientes de nossas capacidades”, destacou Irani à estatal iraniana.

“A principal mensagem dos exercícios conjuntos na região é de que hoje não há necessidade da presença de um terceiro país para garantir a segurança e proteção do transporte marítimo, e os países da região podem cooperar entre si”, completou Irani.

A fala de Irani sobre a demonstração de cooperação entre os países por meio de exercícios navais é uma das formas de demonstrar unidade no bloco do Briscs, do qual três desses países fazem parte (Rússia, China, e Brasil), de acordo com o economista e doutor em relações internacionais Igor Lucena.

“Esse tipo de operação naval tem simulações de guerra, conflitos, ataques e, de uma certa maneira, mostram uma tentativa de unidade entre as marinhas. Às vezes, são feitas por demonstração de força, e outras por capacidade bélica”, explica Igor.

“Dentro do contexto macro dos novos Brics, trata-se de uma tentativa de mostrar que existe uma unidade militar entre os países, dentro do chamado Brics Expandido. Ao meu ver é uma situação negativa, porque nos alinha a três ditaduras”, analisa.

O Irã, inclusive, é um dos cotados para integrar o bloco. Em março deste ano, a Casa Branca chegou a questionar e criticar a decisão do Brasil de acolher os navios de guerra iranianos, que estão atracados no Porto do Rio de Janeiro, alegando que era uma “mensagem errada” para o mundo.

A afirmação ocorreu no começo do mês, em uma sexta-feira (1º/12). De acordo com Irani, os convidados foram Brasil, China, Rússia, Índia, Omã, Paquistão, África do Sul e países vizinhos ao Mar Cáspio.

Questionada pelo Metrópoles, a Marinha do Brasil informou que “não recebeu convite formal para participar de exercícios militares na região do Golfo Pérsico”.

O Metrópoles tenta contato com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian. O governo do Irã não comentou o caso.

METRÓPOLES

17 respostas

    1. Perfeito.Dentro deste contexto lembro-me da disfarçatez da esquerda negando a existência do Foro de São ,planejado a época,e posto em plena prática atualmente.

    1. Não sei como sobrevive,de capitão pra baixo, que mora no Rio de Janeiro,por exemplo,com salários que mal dá para pagar um aluguel em áreas não dominada por criminosos.

      1. No caso do Rio de Janeiro ,concordo plenamente,mas ficando so com um exemplo,o de minas gerais,salário das polícias e bem mais alto que iniciativa privada,principalmente militares graduados,não estou dizendo que não merecem,mas que estão acima da maioria das categorias estão.

    1. O negócio é realmente se chafurdar nas relações com essas nações preferidas pelo mundo, assim vamos acabar de nos enterrar.
      Palhaçada tem limite.

  1. O Brasil na verdade recusou o convite, com medo de levar um puxão de orelha dos EUA. A mensagem certa que os EUA querem que o Brasil passe pro mundo, é que nós continuamos sendo subalternos as interesses do império americano. Os EUA existem há 240 anos, apenas 16 anos, o país não esteve envolvido em guerras ou seja, nos 224 anos eles tiveram envolvidos em guerras.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo