Assessor de Gestão de Projetos Estratégicos do Comando Militar do Nordeste, Nilton Moreno diz que ”Governo de Pernambuco é parceiro estratégico fundamental para empreendimento”Paula Losada, Marcelle Reis
O Exército Brasileiro aposta em três pilares para embasar a construção da Escola de Sargentos, em Abreu e Lima, no Grande Recife. Diante da polêmica envolvendo entidades de defesa do meio ambiente, a corporação reforça que o projeto está lastreado em “legalidade, transparência e governança colaborativa’’.
O assunto foi tema de uma entrevista concedida ao Diario de Pernambuco pelo assessor de Gestão de Projetos Estratégicos e gerente regional do subprograma da Escola de Sargentos no Comando Militar do Nordeste (CMNE), general Nilton Moreno. Ao lado do assessor de Meio Ambiente do CMNE e gerente do projeto de instalações escolares da Escola de Sargentos, coronel Helder Guimarães, o general detalhou o projeto e falou sobre as possíveis conquistas para o estado.
Na entrevista, o general Moreno destacou que o Governo de Pernambuco é “um parceiro estratégico não só para as questões ambientais, mas também para as sociais e econômicas, para a implantação da escola”. Um dia antes da entrevista ao Diario, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, esteve na área onde deve ser construído o complexo educacional do Exército.
“O Exército vem trabalhando em conjunto a órgãos estaduais e federais, que apoiam as discussões na criação de um instrumento de compensação ambiental, que é um importante mecanismo para o fortalecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação”, afirmou.
A previsão é que a construção efetiva do empreendimento tenha início em 2027. Há um plano mestre de construção desse complexo, já caminhando para a sua versão final, com trabalho de projetistas, arquitetos e engenheiros na execução dos anteprojetos para que possa contratar a partir de 2025 e 2026.
A área total do CIMNC é de 7,5 mil hectares e está inserida dentro da Unidade de Conservação APA Aldeia Beberibe, que tem uma extensão total de 31.634 hectares, perpassando pelos municípios de Abreu e Lima, Araçoiaba, Camaragibe, Igarassu, Paudalho, Paulista, Recife e São Lourenço da Mata.
Confira a seguir principais pontos da entrevista
Pilares da obra
‘’São três pilares muito fortes do nosso programa. O primeiro deles é a legalidade. Nós só faremos aquilo que está previsto na legislação. O segundo deles é a transparência. Nós estamos falando tudo. Com a governadora, nós percorremos e voamos em todas as áreas do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti (CIMNC), sem qualquer objetivo de colocar nada debaixo do tapete. E o terceiro pilar é a governança colaborativa‘’.
Expectativa
“Nós estamos nessa governança colaborativa, estamos trabalhando para mitigar as possíveis externalidades negativas que venham com esse empreendimento de uma maneira muito diferencial. Então, a gente acredita que Pernambuco, sim, terá a oportunidade de trazer esse complexo para cá, com toda a agregação de todos os legados, não só os ambientais, mas também sociais e econômicos’’.
Impactos positivos
“Cerca de 60 instituições de todo o Nordeste já tomaram conhecimento do projeto e há um trabalho em conjunto, para trazer esse empreendimento para Pernambuco, que vai gerar impactos positivos. De acordo com estudos realizados pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe Fidem), a chegada da escola vai beneficiar municípios como São Lourenço da Mata, Camaragibe, Paudalho, Carpina, Tracunhaém, Araçoiaba e outros nas imediações, com oportunidades de trabalho tanto formais, como informais.”
Questão ambiental
“A supressão vegetal ocorrerá sim nos platôs construtivos, por isso a compensação ambiental é tão importante. Mas desde o início, desde a concepção da escolha do local, iniciamos vários estudos com especialistas, como engenheiros florestais, geólogos, para identificar aquelas áreas onde seria possível construir a escola à luz da legislação, porque o Exército vai construir tudo à luz da lei, dentro do que manda o arcabouço jurídico relativo à questão ambiental”
Compensação
‘’A compensação tem o objetivo de, após a supressão, não só restabelecer, mas deixar o local melhor do que antes. O local que eu falo é a bacia hidrográfica, onde vai ser construída a escola. Estamos trabalhando com especialistas de todo o Brasil na construção de propostas de compensação ambiental que deixem um legado no local. A região vai ser reestruturada em termos de projetos de melhoria da qualidade híbrida, da qualidade da vegetação, da bacia’’.
Infraestrutura
‘’Estamos raciocinando sobre empregos diretos e indiretos de diversas especialidades que nós vamos agregar. E, finalmente, em 2034, já no final de uma terceira fase construtiva, nós teremos a inauguração da escola’. Haverá cerca de 11 mil empregos diretos e 17 mil empregos indiretos. A preparação da mão de obra já está sendo conversada com parceiros estratégicos como, por exemplo, os Sistemas S das Federações de Comércio e Indústria, para preparar a mão de obra não só em Pernambuco, mas em todos os estados aqui do Nordeste e, quiçá, do Brasil, e agregar na construção, uma maneira sustentável, que é um pilar essencial da formação da escola”.
Uma resposta
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