Pesquisadores do IME estão no ranking dos mais influentes do mundo

Reconhecimento a carreiras dedicadas ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia na área de Defesa


Rio  – Neste mês de outubro, foi atualizado o “Banco de dados científicos de autores de indicadores padronizados de citação”. Esse levantamento, realizado por acadêmicos da Universidade de Stanford (EUA), ranqueia os pesquisadores mais influentes do mundo. Dentre eles, figuram três pesquisadores do Instituto Militar de Engenharia (IME): Carlos Nelson Elias, Sérgio Neves Monteiro e Valdir Florêncio da Veiga Junior.

Esse banco de dados foi gerado por meio de análises de informações da Scopus, a maior base de resumos e citações de literatura revisadas por pares. Examinaram-se citações, autocitações, número de artigos publicados, índice de coautoria e citações de artigos em diferentes posições de autoria. Foi levado em consideração tanto o impacto do pesquisador ao longo da carreira, como a repercussão acadêmica em um único ano.

Carlos Nelson Elias é pesquisador nível 1A do CNPq. Recebeu cinco vezes a outorga de Pesquisador do Nosso Estado, concessão feita pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Possui 355 artigos publicados em revistas científicas, os quais foram citados 4.823 vezes por outros pesquisadores. Atualmente, realiza pesquisas com alunos de graduação, mestrado e doutorado com o objetivo de desenvolver biomateriais inteligentes, entre eles zircônias para próteses dentárias com maior resistência à fratura e ligas de NiTi com memória de forma.

Sergio Neves Monteiro é pesquisador nível 1A do CNPq. Recebeu duas vezes a outorga de Pesquisador do Nosso Estado. Possui 1054 artigos publicados em revistas científicas, os quais foram citados 11.395 vezes por outros pesquisadores. Orienta pesquisas com alunos de graduação, mestrado e doutorado com o objetivo de desenvolver materiais compósitos reforçados por fibras naturais, os quais podem ser aplicados em sistemas de proteção balística.

Valdir Florêncio da Veiga Junior, que já versava no ranking desde 2021, também é pesquisador nível 1A do CNPq e recebeu cinco vezes a outorga de Pesquisador do Nosso Estado. Em entrevista, o professor Veiga Junior, afirmou guiar suas pesquisas pelo que denomina “envolvimento sustentável”, ou seja, “desenvolve pesquisas conforme a necessidade do Exército e sua agenda estratégica, ouvindo as pessoas, os diversos atores, os pós-graduandos, a indústria, as cooperativas, o mercado, visando produtos que possam realmente ter impacto na sociedade”.

Ele defende que “receber esse reconhecimento é ter em mente que ciência é algo que se faz em grupo, com mérito para cada orientado, compartilhado com cada colaborador.” E, ao contrário do senso comum, suas publicações com maior impacto não estão em periódicos de grande renome e em língua inglesa, mas em periódicos nacionais e em português. Segundo ele, “a pesquisa no Brasil precisa estar focada nas necessidades nacionais. Nesse sentido, o Exército Brasileiro, que atua sempre com esse foco, viabiliza muitos de nossos estudos”.

Trata-se, portanto, de um justo reconhecimento a carreiras dedicadas ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia na área de Defesa Nacional e ao engrandecimento do Brasil. Tal feito comprova o alto grau de qualidade do trabalho e o nível de excelência do ensino e da pesquisa desenvolvida no IME.

EB/IME

Uma resposta

  1. A ciência da tecnologia na área de Defesa é um estudo muito minucioso e sistemático, que impulsiona e carrega o interesse motivacional do pesquisador e sua persistência, sempre focado em ser produtivo e criativo, fatores esses essenciais na obtenção de bons resultados. Parabéns aos senhores cientistas do IME, já que somos vistos como o país do futebol, os senhores têm, na verdade, as habilidades do Messi, porém na ciência! Com todo respeito, os senhores são excelentes!

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