Ministro da Defesa fala em nome dos militares e volta a defender que os envolvidos no 8 de janeiro sejam punidos individualmente, à parte da instituição Forças Armadas. ‘Eu quero sair do patamar de suspeito para o patamar de parceiro’, afirmouO ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, voltou a defender as Forças Armadas contra o envolvimento da instituição nos atos golpistas de 8 de janeiro. Na abertura da terceira temporada do podcast do 2+1, com os colunistas Vera Magalhães e Carlos Andreazza, Múcio reconheceu a participação de militares nos ataques, mas afirmou que eles devem ser punidos individualmente. Segundo ele, essa é a vontade da própria instituição.
‘Nós vamos ter algumas pessoas indiciadas pela CMPI (dos Ataques Golpistas). A própria Justiça vai dizer quem são os outros nomes. E nós – vou falar como se fosse Forças Armadas – vamos tomar as nossas providências, porque nós precisamos nos libertar dessa suspeição. Eu quero sair do patamar de suspeito para o patamar de parceiro. Eu quero ajudar este governo. Fazer desse país um país mais fraterno’, disse.
Múcio contou que tentou ter acesso a possíveis nomes com a Polícia Federal e o STF, na figura do ministro Alexandre de Moraes. Os processos correm em segredo de Justiça e ainda não houve retorno da Corte. Na CPMI, o hacker Walter Delgatti relatou que esteve no Ministério da Defesa do governo Bolsonaro, onde conversou com militares sobre a fraude das urnas eletrônicas.
‘Estamos carentes de ter essas informações, porque nós queremos mostrar à sociedade que não concordamos com tudo aquilo. Nós somos personagens da Constituição, somos servidores do país, estamos sob a égide do presidente da República – que é nosso comandante supremo -, e nós precisamos ter esses nomes para tomarmos providências’, afirmou.
Múcio ainda garantiu que não era de interesse dos militares dar um novo golpe de Estado no Brasil.
‘Graças aos militares nós não tivemos um golpe. Como é um golpe de Estado? As Forças vão na frente, o povo vem atrás apoiando. Aqui era muito fácil: o povo foi na frente. Os militares poderiam dizer que estavam acompanhando o que o povo queria. (…) Desde que o Lula assumiu você não vê a declaração de um militar da ativa agredindo a democracia nem o governo brasileiro. Todos estão cumprindo as suas responsabilidades’, apontou.
Com apenas 20 dias de governo, o ministro da Defesa demitiu o novo comandante do Exército general Júlio César de Arruda. ‘Um dos maiores desafios que eu já enfrentei’, confidenciou. Questionado do porquê, já que as Forças Armadas não estariam corrompidas pelo golpe, Múcio destacou o peso da nomeação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para um cargo de comando em Goiás.
A escolha pelo substituto, general Tomás Paiva, aconteceu depois de um telefonema irritado de Lula a respeito de Arruda. No mesmo contato, o presidente falou sobre o discurso legalista de Paiva que viralizou nas redes sociais após o 8 de janeiro. O ministro convidou o general imediatamente.
‘Foi naquele momento que eu senti que o presidente não estava contente com o comando do Exército. Tomás Paiva na lista era o terceiro. Eu não o conhecia, mas o que ele falou era o que nós estávamos buscando’, contou.
Sobre o 7 de setembro, o ministro afirmou que o discurso de Lula deve ser uma ode à conciliação. Ele afirmou que o maior trabalho na pasta agora é retornar que a data seja apenas marcada pela parada militar.
‘Vai ser um tom de pacificação, uma ode ao congraçamento para que o povo brasileiro se junte. Estamos precisando que o país dê certo. Evidentemente que nós não esperamos fazer um 7 de setembro do tamanho dos dois últimos, visto que não tivemos uma parada de 7 de setembro, tivemos dois grandes comícios. Havia uma motivação ideológica, de juntar gente pensando já no projeto eleitoral’, pontuou.
‘O grande desafio nosso de fazer essas pontes – que não foram destruídas, mas foram precarizadas – é desvincular completamente o militar da política. Não é que eles sejam proibidos de fazer política. Mas uma coisa é atividade de carreira, outra é atividade de mandatos. O 7 de setembro desse ano estamos fazendo um trabalho para voltar a ser uma parada’, disse.
O Globo
9 respostas
Para quem defendeu o pessoal do acampamento golpista que era um ninho até de terroristas com bombas, não acredito muito nessa ideia aí, pois até agora não vi nenhuma punição administrativa dos envolvidos. Se quisesse defender já tinha metido o aço em geral dos envolvidos detectados.
Quem sabe vc estava lá e ainda não te detectaram? Quem sabe resolvam defender e agir depois da tua detecção?
Se estivesse lá iria prender alguém e entregar tudo nos órgãos de controle para o devido registro.
Também concordo, cadeia principalmente para aqueles que fizeram a lei do mal 13.954/2019 que o Bozo assinou mesmo sabendo que havia traíção por trás dela contra os veteranos graduados, pensionistas de praças e QEs…fato!!!
Infelizmente esse MD foi colocado alí para apaziguar a cúpula, por isso tem corrido das audiências públicas no congresso. Sabe do golpe que deram nos praças, Mas não tem coragem de desafiar os autores.
Esse Ministro não está fazendo ABSOLUTAMENTE NADA pela tropa a quem deveria, sim, estar preocupado!!!
No mínimo já deveria ter garantido os 9% de aumento que os civis estão ganhando desde abril!!!
Pra PMDF teve reajuste!!! Pra Caserna é chibata!!!
A única maneira de pacificar a Caserna é nos tratar com dignidade, algo que Lula nunca fez!!!
CADÊ OS 9% MINISTRO!
o referido Ministro acima não passa de um manequim de funerária ( mais um Ministro da Defesa pra Inglês Ver )
Simples o senador/general mourão foi eleito aqui no RS com voto de 99,99999 dos militares menos o meu então pedem pra ele articular no senado pois o orçamento também passa por lá kkkkkkktolinhos será que vai mover pra nós ajudar
Ah, esqueci pede pra o bolso …naro nos ajudar 99,9⁹999 votaram nele