Ministério Público Militar havia dado 10 dias para que o Exército explicasse se pediu que ex-ajudante de obras fosse depor fardado em CPMI
Gustavo Uribe da CNN
Brasília – O setor jurídico do Exército Brasileiro enviou ofício ao Ministério Público Militar, na quinta-feira (27), no qual explicou que não houve orientação formal para que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid vestisse farda militar em depoimento à CPMI do 8 de janeiro.
Segundo relatos feitos à CNN, o Exército Brasileiro explicou no documento que o comparecimento do ex-ajudante de ordens com farda teve como motivação o fato de ele ter sido convocado para prestar depoimento pelas funções exercidas em um cargo de natureza militar.
O Ministério Público Militar havia dado um prazo de dez dias para que o Exército Brasileiro explicasse a orientação para que Cid comparecesse fardado à comissão de inquérito que investiga os ataques do 8 de janeiro.
O despacho lembrava que, no dia do depoimento, o Exército Brasileiro havia informado que Cid tinha sido orientado a comparecer fardado pelo entendimento de que o militar da ativa foi convocado para tratar de temas referentes à função para a qual fora designado pelas Forças Armadas.
A presença dele fardado, no entanto, foi criticada nos bastidores por generais da ativa e da reserva ouvidos pela CNN. Para eles, Cid não estava sendo inquirido por eventuais crimes militares e a imagem dele fardado tinha potencial de desgastar a imagem das Forças Armadas.
Em caráter reservado, integrantes das Forças Armadas traçam uma diferença entre o tenente-coronel Mauro Cid e o coronel Jean Lawand, que também prestou depoimento à CPMI do 8 de janeiro, mas sem utilizar farda militar.
Eles afirmam que, ao enviar mensagens a Cid, Lawand estava atuando em esfera privada, não no exército de um cargo militar, diferentemente de Cid, cujo celular era funcional da função de ajudante de ordens da Presidência da República.
CNN
7 respostas
Já está enchendo o saco essa história. Enquanto isso, 17 milhões em Pix…”Doações”uma Espécie moderna de um crime antigo.
Conversando pra boi dormir. Afirmaram que não houve orientação “formal”. Claro! Esperariam o envio de um DIEx orientando a comparecer fardado. Claro que a orientação foi dos bastidores, informal.
Agora, dizer que os dois oficiais estão em situações diferentes e isso justificaria um ir fardado e o outro não é no mínimo achar que o país só tem Acéfalos petista e bolsonarista.
A explicação é simples: um é filho de um general que foi integrante há pouco tempo do Alto Comando do EB e possui ainda amigos nesse grupo. Assim se explica porque um compareceu fardado, representando a Instituição e o outro em Trajes civis respondendo a atos “privados”.
Simples assim. Não precisa nem desenhar.
Sinceramente, tenho pena desse TC. Bem ou mal, ele estava numa função, designado pela Força pra atuar no GSI. Foi jogado ao covil dos leões e, agora, está desarmado. Será devorado… Fazer o exercício de se colocar no lugar dele, sem julgamentos, permite essa reflexão.
Isso o autoriza a falsificar documentos?
Digo e repito: essa tese já foi refutada, tanto pelo STF e tanto pelo STM, não se trata de crime militar ou que afetasse a Instituição e portanto não estava em serviço militar, ele apenas o cometeu como qualquer outro paisano cometeria. Foi fardado por vontade própria e orientação de seu pai, pois o mesmo vive se lamuriando pedindo ajuda do EB. Agora, quem autorizou que responda. Esse cidadão e seu pai vão continuar levando a lama a Instituição.
Se no caso fosse um graduado, provavelmente seria recomendado ir com uma bola de ferro presa na perna. Alguém duvida?
Se ele foi inquirido como militar e solicitada sua presença à autoridade militar estando na ativa e sob sua guarda deve se apresentar fardado.