Como a cúpula militar reagiu às citações no TSE sobre a relação das Forças Armadas com Bolsonaro

No curto prazo, ter as benesses de um governo Bolsonaro é bom, mas no longo prazo o importante para as FFAA é voltar a ter um papel na política // Orlando Brito/. 

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Integrantes da atual cúpula militar endossaram críticas da corte a apontam ‘confusão’ do papel do Estado com o do governo por membros das Forças no governo anterior

Bela Megale

Em seu voto pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro, na noite de terça-feira, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves destacou o “papel central” das Forças Armadas na atuação do ex-presidente para confrontar a corte.

Em relatos à coluna, integrantes da atual cúpula militar que acompanharam o julgamento chegaram a endossar as críticas feitas pelo magistrado. A avaliação feita por membros de alta patente das Forças Armadas é que o voto de Gonçalves se referiu a um contexto no qual militares “confundiram“ o papel do Estado com o do governo.

A leitura é a de que o papel institucional das Forças prevaleceu, apesar das investidas golpistas diretas de membros do governo Bolsonaro, pois não houve uma ação do comando da caserna. A cúpula admite, porém, que é preciso trabalhar para deixar claro para a sociedade e para os próprios militares o papel das Forças Armadas na democracia, que passa longe do monitoramento do sistema eleitoral.

A ordem hoje é dar ênfase ao que ocorreu na prática, que foi a transição para o governo Lula, e tentar deixar para trás o passado recente no qual muitos militares se deixaram levar pelo ímpeto golpista. Nos bastidores, membros da cúpula das Forças Armadas criticam, em especial, a atuação do ex-comandante do Exército e general da reserva Paulo Sérgio Nogueira como linha acessória de Bolsonaro para pressionar o TSE.

A leitura que já existia em parte do alto comando do Exército no ano passado é que, como ministro da Defesa, Nogueira “exagerou” na série de ofícios E enviou à corte eleitoral quase semanalmente, insistindo na participação ativa dos militares na auditoria das urnas.

O Globo

6 respostas

  1. Totalmente corretos os apontamentos, Forças Armadas não tem legitimidade de verificar processo eleitoral, já que não se trata de sua competência funcional de Estado e houve muita confusão – diligenciada pelo Chefe do Executivo anterior – no sentido de fomentar o pensamento que as Forças estavam a seu favor, incondicionalmente – ressalte-se ate em suas atitudes golpistas – o que não se subsiste. Agora, é fechar com chave de ouro na inelegibilidade dele (3×1 a favor da inelegibilidade), para garantir o nosso processo eleitoral e manter o respeito no aspecto internacional, pois fomos motivo de chacote naquele live contra as urnas junto aos representantes da embaixada de países afora. Graças a Deus! Nessa, vai se safar o vice.

    1. As FFAA foram convidadas para acompanhar o processo. É evidente que as narrativas estão derrubando o Estado Democrático de Direito em processos Kafkianos encharcados de metodologia Gramsciana.

      1. No início, até que sim, pelo Nobre Ministro Barroso o que foi catastrófico, pois após esse convite e encerramento, o EB, por intermédio do ministro biônico do bozonaro, ficou igual a um carrapato guiado querendo diligenciar o processo eleitoral, até o nobre Ministro Fachin deu um fora. NO resto, você está querendo inverter o problema, sendo tendencioso e maldoso, vá se inteirar dos fatos e da legislação. Passar bem.

  2. Eu acredito em tua leitura. É premente que teu pensamento envolva tua vida e se faça realidade para todos ao teu redor. Pensamento é poder!

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