A Guarda Municipal retirou barracas e carro de som que estavam impedindo o fluxo de veículos na Avenida Raja Gabaglia, a principal que dá acesso a Região Oeste da cidade.
Alex Araújo, g1 Minas
Belo Horizonte – A Guarda Municipal, com ajuda da Procuradoria-Geral do Município e da Subsecretaria Municipal de Fiscalização, retirou, nesta sexta-feira (6), o acampamento golpista montado em frente à 4ª Região Militar do Exército, na Avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte.
Os manifestantes contrários ao resultado das eleições presidenciais estavam no local desde o dia 31 de outubro. Barracas e gradis foram instalados em meia pista da principal avenida que dá acesso à Região Oeste da cidade.
Havia cerca de 100 bolsonaristas no local no momento da ação. Chorando e rezando, alguns decidiram acompanhar os trabalho, mas a maioria foi embora. Mais tarde, um grupo chegou a fechar a avenida novamente, na tentativa de impedir a ação da Guarda Municipal.
A ação da Prefeitura de Belo Horizonte aconteceu um dia após um fotógrafo do jornal “Hoje em Dia” ter sido agredido enquanto registrava o acampamento.
Segundo o jornal, o fotógrafo foi perseguido enquanto fazia fotos de longe. Ele chegou a se esconder atrás de um carro, mas foi arrastado pelo chão e agredido com socos e pauladas. Ainda de acordo com o veículo, a câmera usada por ele foi levada pelos agressores, e as lentes, destruídas.
O diretor executivo do jornal, Rodrigo Cheiricatti, disse em nota que o veículo “repudia a agressão covarde praticada por um grupo de pessoas” contra um de seus repórteres fotográficos.
Além das barracas, banheiros químicos e até um sofá foi retirado do local.
Nesta sexta-feira, jornalistas de O Tempo e da 98 FM também foram agredidos por bolsonaristas durante a operação da prefeitura.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) disse que “acompanha com preocupação os recentes ataques a jornalistas por parte dos grupos bolsonaristas que, mesmo depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não se desmobilizaram totalmente no entorno de quartéis do Exército”.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) afirmou que “repudia as agressões sofridas pelos jornalistas que faziam a cobertura da ação de remoção do acampamento em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, em Belo Horizonte”.
“Os profissionais da imprensa foram empurrados pelos manifestantes e um deles chegou a ser agredido com uma bandeira. Além dos xingamentos e intimidações, um repórter teve o celular furtado e parte dos equipamentos foi danificada. A ABERT condena toda manifestação que não seja pacífica e lembra que todo e qualquer ato de violência que tenha como objetivo impedir a cobertura jornalística de fatos de interesse público é uma violação à liberdade de imprensa e ao direito de informação do cidadão, garantias previstas na Constituição Brasileira”, afirmou, em nota.
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) declarou que “repudia a violência contra profissionais de imprensa e pede às autoridades uma rigorosa apuração dos fatos, com a punição dos responsáveis, para que agressões como estas não voltem a se repetir”.
G1/montedo.com
Respostas de 4
De uns tempos pra cá, as primeiras damas, sem um voto sequer, mandam nos governos.” É o amoooorrrrr, que mexe com minha cabeça e com meu coração…”
Para desmontar a vontade de protestar dos “patriotas” ainda há um longo caminho…
Bangu não é tão longe assim amigo.
Enquanto isso, o líder e familiares estão tentando apressar a cidadania italiana, já tendo desistido da residência paga pelo PL em Brasília em troca de salário para a ex-primeira dama para não retornar para o Brasil e evitar a extradição. Vão fazer o caminho inverso de Cesare Battisti.