Otan reconhece “risco real” de conflito militar na Europa após crise na Ucrânia

A Ukrainian Air Force fighter jet takes off during a drill in Mykolaiv region in southern Ukraine November 23, 2021. Air Force Command of Ukrainian Armed Forces/Handout via REUTERS
(crédito: John Thys/AFP)

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, admitiu o “risco real de um novo conflito armado na Europa”, depois que uma reunião entre a aliança militar ocidental e altos representantes do governo russo terminou sem avanços. “Existem diferenças significativas entre os aliados da Otan e da Rússia, e as diferenças não serão fáceis de superar, mas é um sinal positivo que todos os aliados da Otan e da Rússia estejam sentados à mesma mesa”, declarou.
Segundo Stoltenberg, a Otan propôs ao lado russo uma série de reuniões temáticas, mas os enviados de Moscou afirmaram que precisariam de tempo para uma resposta. “A Rússia não estava em condições de aceitar a proposta. Eles também não a rejeitaram, embora a delegação russa tenha deixado claro que precisa de tempo para retornar à Otan com uma resposta”, disse ele.
O chefe da Otan avisou, no entanto, que não fará concessões fundamentais nem aceitará que a Rússia tenha poder de veto sobre qual país pode se juntar à aliança militar. “A Ucrânia é uma nação soberana, tem o direito de se defender. E a Ucrânia não é uma ameaça para a Rússia. A Rússia é a agressora. A Rússia usou a força e continua a fazê-lo contra a Ucrânia”, acrescentou. Stoltenberg descartou que a Otan atenderá às exigências do Kremlin para impedir um avanço da aliança rumo ao leste da Europa.
A subsecretária de Estado americana, Wendy Sherman, disse que a Rússia participou do encontro “para apresentar as suas preocupações” em matéria de segurança, mas que, agora, Moscou tem o desafio de responder à oferta lançada pela Otan de realizar uma série de de encontros temáticos.
A ideia, disse a funcionária, é convencer a Rússia a “reduzir a tensão, escolher o caminho da diplomacia, permanecer comprometida com um diálogo honesto e recíproco, para que juntos possamos identificar soluções”. Na reunião de ontem, a Rússia foi representada pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Alexander Grushko, que a descreveu como o “momento da verdade” nas relações entre a Rússia e a Otan.
CORREIO BRAZILIENSE/montedo.com

4 respostas

  1. A OTAN mente.
    Reagan e Gorbachev fizeram um acordo, onde os EUA/OTAN prometeram aos russos que não haveria nenhuma expansão para o leste em direção as fronteiras russas. Hoje a OTAN está avançando abertamente para a fronteita russa (Ucrânia), traindo portanto o acordo firmado anteriormente. Os russos deixaram bem claro que não aceitarão a Ucrânia na OTAN (na sua fronteira) pois não tem mais para onde recuarem. Deixaram bem claro que se a Ucrânia for admitida na OTAN, será invadida sim. Ou seja, será guerra mesmo.

  2. Tá não…..não comigo! Acompanho várias mídias alternativas, inclusive de fora do Brasil, onde há uma censura nas informações que não sejam favoráveis ao ocidente (EUA/EUROPA). Mas já assisti vídeos do comandante Farinazzo sim. Tem uma certa credibilidade pois aparenta ser isento em alguns comentários….não todos.

  3. Pesquisem sobre o batalhão Azov e se tiverem ao menos dois neurônios saberão no que a Ucrânia está se tornando com as bênçãos e apoio dos EUA e OTAN. Tudo isso com objetivo geopolítico pra conter ou se sobrepor à zona de influência russa. Será que vale a pena? Já vimos esse filme antes.

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