O ‘climão’ de distância e frieza entre Bolsonaro e Mourão em evento no Planalto

O presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão, durante cerimônia no Palácio do Planalto Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

De manhã, vice criticou as emendas do orçamento secreto, defendidas pelo presidente

Evandro Éboli
BRASÍLIA – Horas depois das críticas de Hamilton Mourão ao uso das emendas do orçamento secreto na Câmara, o vice-presidente se encontrou com Jair Bolsonaro numa solenidade num dos salões do Palácio do Planalto, na tarde desta quarta-feira. A execução dessas emendas de relator tem o apoio do presidente.
Bolsonaro e Mourão sentaram-se um ao lado do outro, mas o clima entre os dois era de frieza e distanciamento. Foi assim durante a meia hora de duração do evento.
Nesse período, presidente e vice nem se olharam ou trocaram palavras, tapas nas costas ou conversas ao pé do ouvido. Estavam a meio metro um do outro. O clima azedo entre Bolsonaro e Mourão estava exposto numa solenidade pública e aos olhos dos convidados.O governo festejava o lançamento do Marco Regulatório Trabalhista.
Antes, os dois desceram juntos a rampa que liga o gabinete do presidente ao Salão Nobre, uma praxe da solenidade. Mas ambos muito sérios e com expressões fechadas. Os dois se cumprimentaram nos momentos protocolares do ato, quando foram anunciados para compor o palco principal, e depois do discurso do presidente. Anunciado o final da solenidade, Mourão se retirou discretamente e não ficou para fotos, cumprimentos e outros salamaleques com os convidados, ao contrário de Bolsonaro.
Mourão, afirmou de manhã que foi “oportuna” a “intervenção” do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a execução das emendas do relator na Câmara, no chamado “orçamento secreto”.
O governo Bolsonaro tem utilizado essas emendas para turbinar os repasses de parlamentares aliados aos seus estados em troca de apoio no Congresso. Trata-se de um artifício pelo qual o relator do Orçamento tem o poder de encaminhar diretamente aos ministérios sugestões de deputados para aplicação de recursos da União. Nesse processo, contudo, não é divulgado o nome do parlamentar que figura como autor de tal solicitação.
O Globo/montedo.com

6 respostas

  1. O mundo é uma roda gigante, o Jair foi defenestrado pelos oficiais do Exército.
    Ao chegar nas OM’s para meras solenidades, era conduzido para o cassino de STen/Sgt.
    Queriam ver o diabo ao ‘meçias’.
    Hoje, o ‘Bouça’ “caga” na cabeça deles, excelente.

  2. Não é questão de cagar na cabeça, o Vice presidente vem se comportando como oposição, não cabe a ele a todo tempo desautorizar as diretrizes do Governo Federal. Ele é um verdadeiro ovo da serpente.

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