Uma campanha propositiva

O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, fala à imprensa, no Palácio do Planalto. Otávio Rêgo Barros, porta-voz do Palácio do Planalto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Melhor pressionar a tecla ENTER dos candidatos que se mostram aptos a conduzir “na ponta dos dedos” o seu destino, eleitor

*Otávio Santana do Rêgo Barros
A festa domingueira da democracia brasileira já merece ser saudada como um dos maiores eventos democráticos nos últimos anos em nosso país. Quantos desafios! E foram superados.
O Tribunal Superior Eleitoral, com condução firme e transparente, venceu todos os obstáculos e permitiu que cerca de cento e trinta milhões de brasileiros pudessem acorrer às urnas e legitimamente escolher os seus representantes municipais da próxima quadra.
Se pudéssemos eleger o vencedor dos vencedores, ele foi, sem sombra de qualquer dúvida: o POVO BRASILEIRO.
O povo que não se deixou abater pelo medo e enfrentou, com regras sociais adequadas, o alarmante surto de Coronavírus. E votou consciente.
O povo que demonstrou uma sutil tendência de fugir ao estereótipo maniqueísta vencedor do último pleito.
O arco ideológico encaminhou-se mais para o centro do ideário político. E indicou possíveis mudanças!
Alguns destemperados poderiam jocosamente “viralizar” mais uma piada de mau gosto: “são uns isentões”. Aliás, até pouco tempo, quase uma ofensa contra pessoas menos propensas ao confronto.
Mais de cinco mil municípios encerraram suas disputas e precisarão, os eleitos, se organizarem para transformar a vontade do povo expressa nos votos, em ações que dignifiquem ainda mais o processo democrático.
Entretanto, duelos importantes, sobretudo em colégios eleitorais de capitais, ainda se desenvolvem. O caldo resultante dessas disputas mais emblemáticas, por certo, influenciará nos próximos dois anos o ritmo, as alianças e os processos para a seleção aos postos de maior relevância nos legislativos e executivos em todo o país.
A frase mais ouvida nas muitas entrevistas concedidas a órgãos de imprensa pelos candidatos ainda em disputa foi: desejo uma campanha propositiva.
Surpreendeu-me o uso dessa expressão. Ora bolas!
Alguém busca convencer pessoas, em contenciosos eleitorais, que não seja propondo ideias a realizar?
Como sempre existe uma exceção. Até se pode tentar esse caminho pantanoso, sob determinadas circunstâncias e em curtos períodos de tempo.
É quando as ideias são transformadas em vagas de ódio para fortalecer a sanha de seguidores inescrupulosos; é quando o concorrente passa a ser um inimigo a ser eliminado; é quando o programa de governo a ser desenvolvido não passa de uma quimera, mas oferece pão e circo aos eleitores menos preparados para a escolha consciente. Aí não se apresentam propostas, apenas rancor, ódio e engodo.
É por isso mesmo eleitor, passada a adrenalina desse primeiro embate, que você deve refletir e se preparar para expurgar líderes que conduzem a sua trajetória política como se guiasse carros desgovernados.
A cada curva, um freio de supetão para mostrar quem manda. A cada chicana, uma mudança de postura, ansiando obter vantagens ao passar reto onde deveria reduzir a velocidade. A cada falta de combustível, uma parada para abastecer com apenas um galão que o leve até o próximo posto. A cada infração à regra, um pedido de reconsideração, mesmo sabendo que não lhe é merecido o perdão.
Melhor pressionar a tecla ENTER dos candidatos que se mostram aptos a conduzir “na ponta dos dedos” o seu destino, eleitor.
Candidatos que demonstrem conhecer verdadeiramente os problemas da sua urbe. Que utilizem planejamentos claramente factíveis e que, em consequência, tenham foco para chegar até a linha da vitória, conquistando para vocês o troféu mais importante: o da paz e o do bem-estar social.
Paz e Bem!
*General do Exército e ex-porta-voz da presidência da República
NOBLAT(Veja)/montedo.com

20 respostas

  1. Mais um que provou do poder e quer “costurar” uma carreira na política ou uma boquinha em um próximo giverno…votar em general? Nunca! Querem só mais mordomias…

  2. Não confio nas urnas eletrônicas, o processo de contagem e auditagem dos votos tem que atender o princípio da publicidade, sob a égide de invalidade de todo sufrágio eleitoral por ferir a CF.

      1. Camarada, Aécio ganhou em 2014 e Bolsonaro ganhou as eleições de 2018 no primeiro turno, foi preciso intervenção no tse para deixarem o jb se eleger.

  3. Eleições marcadas pelo desvio de votos, vi pelo menos uns 30 vídeos de candidatos, reclamando do sumiço de votos. Cadê a auditoria nas urnas ?

  4. Discurso esquerdopata. A doutrinação dos últimos 30 anos foi muito forte. Essa gente nem consegue imaginar que repete o discurso esquerdopata, não conseguem discernir.

  5. É evidente que o General Rego não escreveu essas linhas, a não ser a última frase. Alguém escreveu para ele o restante. Os mídias da atualidade são assim, manipuladores. Essa gente se deixa ser usado: Sérgio Moro, Santos Cruz, Rego Barros, Luciano Huck. Pensam que ser LÍDER é estalar os dedos, ser pinçado como teste para ter a reação, os aplausos e o clamor popular? Não é não! Se Rego Barros sair candidato vai ter 97 votos. Pode desistir!

      1. Quer falar em corrupção? Não precisa retroceder aos governos do PT para ver como a “esquerda”, os “socialixos” fazem a festa com dinheiro público! Leia sobre a prefeitura do Recife, do PSB, que gastou o dobro de São Paulo e quase quatro vezes o que gastou a prefeitura do Rio! Cinco investigações da PF! Superfaturamento, empresas fictícias em nome de laranjas, compras superfaturadas…nenhum pedido de impedimento do prefeito em uma câmara dominada pelo seu partido. Pergunte aos médicos que arriscaram seus pescoços, nas UTIs para tratar doentes de covid, se receberam seus salários…estão à noventa dias sem receber! Viu como funciona a esquerda na prática? Mas claro que você defenderá estes hipócritas…ganha a vida com isto!

    1. A melhor coisa que certos sonhadores que se acham realeza é tecolherem-se a insígnificancia do pijama como os netos mortais. Ainda mais aqui as que nem o ápice da carreira alcançaram.

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