Marinha abre investigação contra militar acusado de tráfico de bebês

Policiais encontraram bebê de dois meses na casa dos suspeitos

Força afirmou que “prestará toda a cooperação aos órgãos envolvidos na apuração” e disse repudiar conduta

VICTOR FUZEIRA
A Marinha do Brasil afirmou, nesta terça-feira (15/9), que instaurou procedimento administrativo interno para investigar a conduta do militar acusado de aliciar jovens grávidas e oferecer dinheiro para comprar os bebês. Há suspeita de que ele integre uma rede de tráfico de crianças.
O caso foi revelado com exclusividade pelo Metrópoles. Na capital federal, o inquérito foi instaurado pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do oficial supostamente envolvido na denúncia (foto em destaque).
Em nota, a Marinha afirmou que “prestará toda a cooperação aos órgãos envolvidos na investigação” e disse “repudiar condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a hora e os princípios militares”.
O caso teve início quando o pai de um bebê do DF procurou a polícia para denunciar que a companheira negociava o filho, ainda na barriga. As tratativas eram feitas com um casal do Rio de Janeiro. A PCDF descobriu que os suspeitos, moradores da Região dos Lagos, compraram passagens de avião para a gestante e mantinham contato frequente com a jovem. A mulher chegou a passar um mês na residência dos investigados.
O processo foi remetido à Justiça, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica para a mulher, grávida de cinco meses. Nas buscas realizadas na manhã desta terça feira, outras crianças foram localizadas no Rio de Janeiro. Entre elas, um bebê de 2 meses.
Os menores estavam registrados em nome do militar, identificado como Vitor Hugo. A mulher do suspeito também estava no local e presta esclarecimentos à polícia. Segundo ela, o marido tinha relacionamentos extraconjugais e acabava cuidando das crianças.
Os investigadores apreenderam documentos, computadores e celulares. Há indícios de que os suspeitos aliciavam as mães por meio de um site de “adoção”. Quando o casal descobriu que era alvo de diligência policial, mudou as páginas na web, transformando-as em site de adoção de animais. Ambos são proprietários de um canil e de pet shop.
METRÓPOLES/montedo.com

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