Militares resgatam brasileiro e suíço sequestrados por guerrilheiros na Colômbia

O suíço Daniel Max Guggenheim, segurando o cachorro, e o brasileiro José Ivan Albuquerque durante entrevista coletiva na base militar de Bogotá - Exército da Colômbia

Grupo dissidente das Farc manteve vítimas em cativeiro por mais de três meses

BOGOTÁ | AFP e REUTERS
Militares colombianos libertaram, nesta quinta-feira (18), um brasileiro e um suíço que estavam sendo mantidos reféns havia mais de três meses por dissidentes rebeldes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na província de Cauca, no sudoeste do país.
José Ivan Albuquerque e Daniel Max Guggenheim foram sequestrados em 16 de março por membros da Coluna Móvel Dagoberto Ramos.
O grupo faz parte de dissidências das Farc, a guerrilha de orientação marxista que entregou suas armas em 2016, depois de mais de meio século de um conflito que deixou dezenas de milhares de vítimas civis.
Os sequestradores telefonaram para a filha de Guggenheim e chegaram a exigir US$ 1 milhão (R$ 5,4 milhões) para libertar as vítimas.
Em uma entrevista coletiva, Guggenheim contou que ele e Albuquerque estavam em uma viagem turística no litoral e, quando retornavam a Bogotá, foram interceptados no município de Corinto, em Cauca. Um dos sequestradores os ameaçou com uma arma no restaurante onde jantavam.
Durante o cativeiro, eles foram transferidos várias vezes de local, de acordo com a imprensa. Dois cachorros da raça lulu da pomerânia que os acompanhavam também foram libertados.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil agradeceu “os esforços das autoridades colombianas” e parabenizou as forças policiais e militares pela operação.
“A embaixada do Brasil em Bogotá acompanhou o caso desde o início, em coordenação com as autoridades colombianas e a embaixada da Suíça”, disse o Itamaraty.
De acordo com o Exército colombiano, um homem que vigiava as vítimas na propriedade rural onde o brasileiro e o suíço foram mantidos reféns foi preso em flagrante. Com o resultado da operação, chega a seis o número de pessoas libertadas de sequestros realizados pela Coluna Móvel Dagoberto Ramos.
Atualmente, os rebeldes que pertenciam às antigas Farc operam sem um comando unificado e são financiados diretamente pelo narcotráfico e pela extração ilegal de minerais. Autoridades estimam que os grupos dissidentes têm cerca de 2.300 membros.
As Farc se desmobilizaram sob um acordo de paz em 2016, após mais de cinco décadas de conflito com o governo, tornando-se um partido político.
Mas vários altos comandantes do grupo rejeitaram o pacto e optaram por continuar na luta armada. O governo considera os dissidentes criminosos sem motivação ideológica.
Em janeiro, o governo da Colômbia pediu aos Estados Unidos e à União Européia que incluíssem dissidentes das Farc em suas listas de organizações terroristas.
Os EUA ofereceram recompensas de até US$ 10 milhões (R$ 53,7 mi) por informações que levem à prisão ou condenação de Seuxis Solarte e Luciano Marin, ex-líderes das Farc conhecidos por seus respectivos nomes de guerra —Jesus Santrich e Ivan Marquez.
FOLHA DE SÃO PAULO/montedo.com

2 respostas

  1. Se fosse no desgoverno dos petralhas nada seria feito, mas os ventos mudaram. Se não fosse a liderança de nosso honrado presidente estes pobre reféns ainda estaria perecendo nas mãos desses guerrilheiros.

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