Coronavírus: Exército constrói hospital com 1.200 leitos em Boa Vista

HOSPITAL DE CAMPANHA BOA VISTA

Aliny Gama
Colaboração para o UOL, em Maceió

Um Hospital de Campanha do Exército, com capacidade para 1.200 leitos, foi construído em Boa Vista para atender pacientes infectados com o novo coronavírus. A construção ocorreu por meio da operação Acolhida, que estava em Paracaima (RR) atendendo refugiados da Venezuela. O funcionamento vai depender dos governos municipal e estadual. O Exército espera que a unidade hospitalar entre em funcionamento amanhã.
A intenção do Exército é desafogar as unidades do sistema público brasileiro de saúde e levar, especificamente, pacientes infectados com o coronavirus e casos suspeitos da doença para o local.
A operação Acolhida, do Exército Brasileiro, é uma ação humanitária que foi instalada em Paracaima para atender os inúmeros refugiados venezuelanos que entram, diariamente, no Brasil pela cidade fronteiriça, fugindo das condições da Venezuela.
Os casos suspeitos de covid-19 em Paracaima serão encaminhados para Área de Espera, que ficou instalada em Paracaima, onde ficarão isolados, e depois transferidos para Área de Proteção e Cuidados, em Boa vista.
Pacientes atendidos no hospital de campanha só poderão ter acompanhamentos se forem crianças, pessoas de grupo de risco ou idosos. “O Sistema Acolhedor mantém o histórico com as informações de cada viagem do beneficiado cadastrado”, explica o Plano Emergencial da operação Acolhida, que definiu a construção do hospital de campanha em Boa Vista, chamado de “Área de Proteção de Cuidados.”
Ainda não se sabe a quantidade de pacientes que vão ser atendidos por dia no hospital de campanha porque ainda estão sendo definidas as equipes de trabalho pelo Exército, prefeitura de Boa Vista e pelo governo do Estado de Roraima.
O hospital de campanha está localizado na avenida Brasil (BR-174), no bairro 13 de Setembro, em Boa Vista. De acordo com o Major Costa e Silva, chefe da Célula D7 de Comunicação Social da operação Acolhida, a unidade hospitalar vai atender apenas pacientes que apresentarem sintomas da covid-19, sejam eles brasileiros ou estrangeiros.

@govbr | Medida de combate ao #Coronavírus:
(1) Em Boa Vista/RR, teve início montagem da “Área de Proteção de Cuidados”, em atendimento ao Plano Emergencial de Contingência para o #COVID19, com base no módulo do Hospital de Campanha do @exercitooficial em Pacaraima. @OpAcolhida pic.twitter.com/lFbBpZ1gPC
— Casa Civil (@casacivilbr) March 24, 2020

“Atenderemos somente casos de coronavírus. O hospital será para brasileiros e refugiados venezuelanos. Ainda estamos em definição da capacidade diária, estamos trabalhando nisso desde 14 de março”, explicou Costa e Silva.
A estrutura veio de Paracaima, onde estava atendendo refugiados da Venezuela. De acordo com o Exército a “Área de Proteção de Cuidados”, com base no módulo do Hospital de Campanha do Exército, que estava desdobrado em Pacaraima, na fronteira com o Brasil, foi levada para Boa Vista, permanecendo em Pacaraima “uma estrutura mínima de atendimento ambulatorial.”
“Em 24 horas o hospital foi desmontado e transportado para a capital de Roraima, onde deve entrar em funcionamento nesta quinta-feira”, explicou Costa e Silva.
Para realocação do hospital de campanha para Boa Vista, os militares têm trabalhado no projeto desde o dia 14 de março. Um relatório de 65 páginas definiu toda estrutura, atendimento e estratégia com protocolos de limpeza para atender os pacientes.
De acordo com o documento, o hospital é dividido em áreas de acordo com os estados de saúde dos pacientes, como por exemplo, área de baixo risco e área de alto risco. Nessas áreas haverá espaços de isolamento para tratamento dos doentes.

Infectados
Roraima tem oito pessoas que testaram positivo para a covid-19, de acordo com dados divulgados ontem pela Sesau (Secretaria de Estado da Saúde de Roraima), e existem outros seis casos suspeitos da doença esperado resultado da testagem.
Segundo a Sesau, alguns dos doentes da covid-19 relataram terem viajado, recentemente, para São Paulo e Rio de Janeiro, onde possivelmente foram infectados pelo coronavírus.
Um outro caso confirmado da covid-19 é de um morador do município de Bonfim (RR), que teve contato com um casal que contraiu a doença em São Paulo. Ele está em isolamento domiciliar.
UOL/montedo.com

3 respostas

    1. Aldeões que tentavam fugir dos campos para as cidades eram fuzilados nos portões. Os mortos por inanição chegaram a 50% em alguns vilarejos. Os sobreviventes ferviam grama e cascas de árvore para fazer sopa, enquanto outros vagueavam pelas estradas à procura de comida. Algumas vezes eles se bandeavam e atacavam casas, procurando por restos do milho que era servido ao gado. As mulheres eram incapazes de engravidar devido à desnutrição. Pessoas nos campos de trabalho forçado foram usadas em experimentos com comidas, provocando doenças e mortes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo