Histórias de Quartel
Ruben Barcellos
Uns dois anos antes de ir pra reserva, percebi que todos os “furos” e “mancadas” do dia-a-dia da caserna iam se terminar quando o “último dos moicanos” se fosse. As histórias acontecidas ou iam ser contadas pela metade ou seriam esquecidos os nomes dos personagens. Assim escrevi, “de cabeça”, 60 histórias que presenciei ou tomei parte. Mantive o nome, porque eu queria que soubessem que ELES estavam sendo mencionados. As histórias são um contraponto à rotina de disciplina rígida, sempre respeitosa e altamente profissional. Passam de 200 os “causos”, todos eles com 90 % de credibilidade e margem de erro de 10 pra mais ou pra menos… São histórias como esta:
O dono do grito
O Tenente Moacir estava de oficial de dia e fazia as recomendações de praxe na Hora da Revista, No Corpo da Guarda a voz do tenente retumbava pelo corredor.
Foi quando, numa pausa da palestra, ouviu-se um grito vindo da prisão:
– ”INDEPENDÊNCIA OU MORTE!”
Rapidamente o oficial dirigiu-se para a porta do xadrez onde o soldado Duarte estava e perguntou:
– “Quem disse isso?”
E o Duarte, tomando a posição de sentido:
– “Dom Pedro I!”
3 respostas
Sr Ruben Barcellos, excepcional a iniciativa de escrever sobre os dias da caserna. Tenho a mesma sensação de que essas historia irão se perder no tempo. Em anguns meses estarei na reserva e pretendo seguir vosso caminho. Se puder nos informar onde adquirir o livro eu agradeço até por que algumas historias ( parece brincadeira mas não é) troca-se o nome e o local mas são muito parecidas.
Seja feliz
Excelente iniciativa.!
Pelo menos este soldado tinha um pouco de conhecimento de história.kkkkkk
Quero ler o livro!
Grande Ten Barcellos, mais uma historia, parabéns pela iniciativa.