Crise e abertura a mulheres fazem busca por Escola de Cadetes aumentar 247% em quatro anos

exercito
EsPCEx também está investindo em divulgação de vídeos pela internet para o público jovem; concorrência já é maior que a da medicina na Unicamp.
Escola de Cadetes em Campinas tem aumento constante de concorrência (Foto: Reprodução/EPTV)
Escola de Cadetes em Campinas tem aumento constante de concorrência (Foto: Reprodução/EPTV)
Jornal da EPTV 1ª edição
A procura pela carreira militar na EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército), a única escola de cadetes do país, em Campinas, cresceu 247,11%, nos últimos quatro anos. A concorrência ficou tão grande que a relação candidato vaga para as mulheres supera a disputa por uma cadeira na Faculdade de Medicina da Unicamp. A escola tem 400 vagas para homens e 40 para mulheres.
A crise financeira no país e a estabilidade da carreira militar, a abertura de vagas para mulheres, fortalecimento do exército (que tem os melhores índices de aprovação popular) e maior divulgação das inscrições são algumas das razões para a maior procura.
De acordo com dados do Exército, o crescimento de 2013 para 2017 foi de 247,11%, mas parte do aumento se deve à inclusão de mulheres na escola, iniciado em 2016. De 2016 para 2017 a busca subiu 44%, sendo de 44,92% para os homens e 41,36% para as mulheres.
Motivos
O coronel Marcos Alexandre Fernandes de Araújo diz que há um conjunto de fatores que explicam o maior interesse, começando pelo aumento de confiança no exército. “Acreditamos que seja uma conjunção de fatores que resultou nesse aumento. Um dos motivos que muito se comenta é a crise do país, o que leva a procurar a carreira militar, que é uma profissão estável. A entrada das mulheres na escola no ano passado também deu muita visibilidade à EsPCEx”, afirmou.
O projeto Vem Ser Cadete, com vídeos voltados ao público jovem e divulgados pela internet, também tem dado grande retorno nas inscrições.
A cadete Vanessa Rodrigues Alves teve motivações familiares para procurar o exército, pois é filha e irmã de militares, e faz parte da primeira turma de mulheres da escola.
“Eu sempre me interessei pelas atividades que eles me contavam que desenvolviam no exército, o meu pai me influenciou muito”, disse.
Em 2017 a relação de candidato por vaga foi de 80 para os homens e 272 para as mulheres. Para comparação, a Unicamp registrou procura de 221 candidatos por vaga de medicina, em 2017, seguido por arquitetura 93,3 e midialogia com 47.
As inscrições deste ano terminaram em junho. A prova intelectual (semelhante ao vestibular) é realizada em 30 de setembro e 1º de outubro. A segunda fase, em janeiro, é de provas físicas e exames médicos.
Quem for selecionado estuda em regime de internato e recebe o soldo (ajuda financeira de cerca de R$ 1 mil). O aluno tem aulas de história, cálculo, física, geografia, espanhol, inglês, técnica militar entre outras. Quem terminar o curso de um ano ingressa na Academia das Agulhas Negras para mais 4 anos de graduação, até se formar bacharel em ciências militares.
Relação de candidatos e vagas:
2013 – 12.351
2014 – 16.648
2015 – 17.633
2016 – 29.771 / homens – 22.064 / mulheres – 7.707
2017 – 42.872 / homens – 31.977 / mulheres – 10.895
G1/montedo.com

10 respostas

  1. Enquanto oficial é bacharel em ciências militares, o graduado não é nem técnico em ciências militares, conforme deferimento do Ministério da Educação e o MD enrola para reconhecer! É visto pelo oficialato como um indivíduo ignorante que só serve para cuidar de área de faxina, formar recruta e passar ao largo do Pav Cmdo! Não tiro o mérito dos of, mas devemos ser reconhecidos também como profissionais, e não como uma casta inferior!

    3º Cão Realista

  2. Tirando algum contra, qual pai não deseja um futuro melhor e estável para seus filhos?
    São apenas flores? Não. Há muita chatice, chefes chatos, mas onde não tem? Homens e mulheres são forjados na lei, obediência, respeito e patriotismo com grau elevado de profissionalismo. No momento, é o que estamos precisando para manter nos eixos esse "trem" brasileiro que os governos tem descarrilhado.Quantos jovens nas filas do desemprego, do subemprego e caindo nas garras da criminalidade? Muitos estão se formando em faculdades de péssima qualidade e são obrigados a competirem com pessoas semianalfabetas e cargos auxiliares.

  3. Pena que estes coitados não sabem o que os espera. O quão será decepcionante para eles depois de formados, perceber que já perdemos a essência é a dignidade faz é tempo. Que nossos comandantes já nos abandonaram e que toda a sua dedicação jamais será recompensada é que será tratado com descaso pela sociedade e com desprezo pelos autos coturnos.
    Eu espero e faço por onde não chegar lá.

    Cap 2008 realista.

  4. Dizer que a concorrência é maior do que medicina da Unicamp não quer dizer que os candidatos sejam melhores qualificados. Todos sabemos que entre ingressar na carreira militar e ser médico, o(a) candidato(a) que possui boa base na educação básica tentará se inserir na carreira mais rentável, que é ser médico(a). Quem é paulista sabe que são poucos candidatos da locomotiva do país que querem seguir a carreira militar. Um estado que tem USP, Unesp, Unicamp, ITA, Unifesp, UFSCAR, etc, tem alternativas de maior prestígio para seus jovens. Na carreira militar paulista, um Sd PM tem vencimentos superiores ao de um 3º Sgt do EB. Um aluno da academia de polícia militar do barro branco, tem remuneração superior ao de um aluno da EsPCEx ou cadete da AMAN. Motivar um paulista a ingressar na carreira militar federal é uma tarefa muito complicada, possível somente para os vocacionados.

  5. Se for contar a quantidade de novinhos recém formados nas escolas militares de graduados, já se preparando para cair fora ou já com faculdade em andamento, o índice chega perto de 100%.

  6. Estes jovens tem condições de estarem em algo melhor. Fazerem Cursos na área de saúde que nunca vai terminar e sempre será valorizado. Na área de Engenharia saibam que um Engenheiro de Minas recebe onze mil reais, um operador de máquinas de uma mineradora recebe seis mil reais. Conheci no Regimento um Tenente que todo pernoite reclamava: "Eu estava na Federal de Medicina e por causa do meu Pai sargentão hoje estou aqui com aquele carro 2012 que esta estacionado lá na rua financiado e mostrava o carne de pagamento, estou devendo para o FAM e meus colegas recebendo por semana o que eu levo para pegar em um mês". Falava ainda: "fiquei 5 anos só no meio de homens sendo que na Universidade eu estava no meio de Princesas e esta borracha no meu peito o que me trouxe de bom, nada só lesão na coluna". Este Tenente era uma piada. Todo pernoite falava isto. O Jovem muitas vezes vai pela empolgação, e cabe aos Pais orientar, falar a realidade e como esta a situação. Um jovem destes pode ser aprovado em qualquer concurso mas muitas vezes se empolgam e no futuro se tornam igual ao Tenente chorinha, o cara só chorava (reclamão). Conheço um casal que o filho deles foi aprovado e até hoje tem uma faixa na frente da casa parabenizando o garoto. Querem mostrar para os outros e para eles, porém a vontade do garoto não era ser militar e sim realizar Curso de Cinema. Será um militar frustrado, esta lá para agradar os Pais. Devemos dar educação e mostrar o caminho. Sim como foi citado todos os Pais querem ver o filho bem e estabilizado. Pergunto: Você gostaria de ver seu filho com um carrão importado, unha lustrada, roupa branca, pele bem tratada, muitos reais na conta corrente. férias no exterior, sendo chamado de Doutor e respeitado na sociedade ou ver seu filho Tenente ou Sargento com um Fuzil nas costas, correndo com um monte de recruta e levando gritos e cuidando faxina? Ou vamos mais longe gostaria de ver seu filho Engenheiro Chefe de uma multinacional recebendo quarenta mil reais por mês/ Façam a reflexão. Isto é muito de cada um. Da maneira que esta temos que orientar e mostrar a verdade.

  7. Por que elas também não começam no Serviço Militar Inicial? Direitos iguais, deveres iguais. Entram para as Escolas de Sargentos e de Oficiais fazem um cursinho "miojo", não aprendem absolutamente nada e o resultado: as Sargentas engravidam várias vezes e ficam longos períodos afastadas escorando-se na legislação e quanto às oficiais casam-se com Oficiais de alta patente para não produzirem absolutamente nada e ficarem à sombra do homipotente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo