Brasília: Vila Militar é alvo de frequentes arrombamentos de residências. E o desabafo de uma moradora que teve a casa assaltada

Há tempos tenho recebido informações preocupantes sobre a falta de segurança em uma Vila Militar, especificamente a do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda, que fica no Setor Militar Complementar, em Brasília.
Os arrombamentos de residências na área são frequentes, e o alvo preferido são as casas de militares que estão ausentas da Capital Federal, em férias ou realizando cursos, acompanhados de suas famílias. Tal prática aponta para um sistema de informações criminoso que indica aos ladrões as residências cujos ocupantes estão ausentes.
Os prejudicados se veem diante de um jogo de empurra entre o 1º RCGd, que cuida da segurança(?) da Vila, a 3ª Delegacia de Polícia do Cruzeiro, a quem cabe a investigação civil e o Comando Militar do Planalto, responsável pelas averiguações no âmbito militar. 
Recentemente, ladrões invadiram a casa de um sargento que fica ao lado da sede da Prefeitura Militar de Brasília no local. Televisores, home theater, aparelho de DVD, eletrodomésticos, jóias, perfumes, artigos de decoração, conjunto de facas, máquinas fotográficas e outros foram passados por cima do muro sem que ninguém percebesse.
A esposa do militar divulgou em desabafo no Facebook. Confira:

Grito de alerta de uma esposa de militar
O que seria mais seguro do que morar em um condomínio fechado? Morar em uma vila do exército! Alguém consegue pensar em um lugar mais seguro do que esse pra morar? Eu não conseguia. Porém, fui desapontada e o lugar mais seguro do mundo virou um pesadelo. 
Viajei e deixei minha casa e todos os pertences que comprei ao longo de anos, de sacrifício, de trabalho… Fui sem medo, sem pensar duas vezes, afinal, acreditava morar em uma fortaleza. E foi um choque chegar e ver minha casa arrombada e vazia, sem televisão, microondas, computador, e todos os demais objetos de valor que estavam dentro. É um sentimento incapacitante, uma revolta e vontade de encontrar o culpado! 
E alerto aos meus vizinhos que o culpado não está longe, é alguém de nosso convívio que tem acesso às casas. O que eu achava ser algo maravilhoso se tornou algo terrível, o lugar mais seguro do mundo pra mim é um pesadelo, porque não há culpados aqui, não há interesse em se encontrar o culpado, não há a quem recorrer, o sistema se protege.
E por pior que seja a perda material, perder minha paz de espírito, meu sossego e viver com medo é muito pior! Medo de sofrer essa violência novamente, de ter minha casa invadida, minha privacidade revirada e assaltada. Mas encontro-me de mãos atadas. Pois foi alguém de dentro da fortaleza e os de dentro são invisíveis, porque com 300 casas ao redor e uma guarita ao lado ninguém viu ou ouviu nada enquanto levavam televisões de 50 e 42 polegadas para fora da minha casa. Faço aqui um alerta e uma denúncia, alerto quanto a presença de alguém muito próximo que teve a capacidade de fazer isso, de invadir e depenar minha casa e denuncio a falta de capacidade do Exército em resolver problemas como esse dentro de suas próprias dependências. 
A violência psicológica que estou sofrendo por não ter segurança dentro da minha própria casa é devastadora. Rezo a Deus por justiça.

35 respostas

  1. Isso não é só em BSB, nem de hoje, morei em vila militar e já vi apt de vizinhos arrombados, e, sempre é a mesma conversa de q o culpado é a vitima.
    Tb não pensem q a vila dos Of é imune a tal ato. É a mesma coisa com a cumplicidade do silencio coletivo.
    Sempre foi e será cada um por si, o resto é só teatro bufo.

  2. Problema antigo. Morei em Brasília em 1990 e já naquela época havia esse mesmo problema, essa mesma leniência das autoridades em tomar atitudes efetivas. Lembro-me de que houve caso parecido em Boa Vista, mas numa vila de oficiais. Naquele caso, o comandante ordenou rondas das famosas duplas de soldados "Cosme e Damião" 24h por dia, durante um ano (UM ANO) nas ruas da vila. Problema resolvido.
    Mas garanto aos senhores: na hora que um sargento desses se enfezar e meter uns tiros na cara desses meliantes, vai aparecer comandante "preocupado com direitos humanos" pra puni-lo exemplarmente. Como diz o Boechat, "toca o barco"…

  3. Já existem vários casos como este em outras Guarnições, como Manaus, Taubaté, etc.
    O problema é a forma como selecionamos nosso pessoal, sem levarmos em conta seus antecedentes.
    Já foi o tempo que Exército era sinônimo de segurança e disciplina (fim do governo militar), até porque nossa sociedade está doente já a algum tempo e as Forças Armadas são apenas um reflexo de nossa sociedade. Esperar providências efetivas dos responsáveis pelas Guardas de PNR é ingenuidade, cada um que aprenda a como se proteger de casos como este.

  4. Com permissão do amigo acima… a idéia de que as cores,a farda, os quartéis,os símbolos,em geral, os quais representam no imaginário popular o Exército brasileiro não despertam mais o respeito esperado,e muito menos temor, às pessoas de bem.Imaginem aos marginais? Nessa sociedade omissa, vale quem tem.E essa mesma sociedade consumista e hipócrita já sabe, há muito tempo,que militares do Exército estão ferrados,endividados,abandonados, recebendo vencimentos ridículos,fruto daquela omissão,irmã siamesa da hipocrisia e do silêncio confortável de quem os comanda. Outro dia um adolescente viu um militar do exército fardado e perguntou se era guarda florestal…É pra rir, entristercer-se,preocupar-se ou tudo junto?

  5. Lendo a matéria em questão, aproveito a opotunidade para trazer a baila um fato, ocorrido na mesma vila há alguns anos, e que abalou psicologicamente minha familia!
    Era proprietário de um cachorro da raça DACHSHUND (BASSET), popularmente chamado de salsicha, criado com muita dedicação e atenção particular de minha companheira.
    Fomos presenteados por uma família que residia nas proximidades, após a cadela matriz ter gerado muitos filhotes de uma única vez. Ocorre que após 2 anos e meio aproximadamente de convívio com o cachorro, tivemos a infelicidade de perder o mesmo por furto, e foram longos três meses de procura e agonia e abalo psicológico da família, pois era um animal muito querido por nós e muito bem tratado.
    Qual foi minha surpresa ao reencontar o animal que um dia foi meu, na convivência de outra família, dois anos depois, e ainda usando a coleira especial que havíamos comprado, no colo de um menino de 10 anos de idade, ao participar de uma confraternização de amigos de amigos! Constatei que o animal era meu devido a uma cicatriz que ele adquiriu ainda quando de minha convivência, teve uma das patas traseira presa num ralo de aluminio, o quê ocasionou um corte, e vi tal marca porquê pedi para brincar com o cachorro.
    Na época, chamou minha atenção a desfaçatez dos pais deste menino, que ao ve-lo chegar com um cachorro de raça em casa, não se dignaram a investigar sua origem, permitindo assim, desde cedo, um desvio de conduta do referido menino, concordando com sua inocente atitude.
    Para encurtar, tive o animal furtado,tempos depois descobri quem foi, mas acreditem…preferi não recorrer e nem alegar posse!
    Aprendi que o cuidado com nossos bens materiais e pessoais devem basear-se na seleção de visitas ou autorização para entradas em meu lar! Bons tempos aqueles em que se podia confiar a chave da casa ao encarregado de PO ou aos serviços gerais de limpeza, e até mesmo vizinhos, que infelizmente nos dias atuais podem ser mal intencionados.
    Confiar em segurança é desaconselhavel, pois alguns incumbidos desta responsabilidade, são os primeiros a fazer vista grossa para não se incomodarem em serviço.
    Indo mais direto no assunto título da matéria em pauta, como que este material saiu da residência e quiçá da vila militar sem ser visto, pois se todo e qualquer veículo é parado se não portar adesivo ou autorização de entrada, e tem que declarar o destino ao chegar? Caminhões baú ou de mudança só entram e saem devidamente identificados, justamente para evitar fatos desagradaveís? Ou mudou a regra?
    Sou do tempo em que até o ônibus de linha que entrava na vila recebia um sentinela para acompanha-lo em seu trajeto e certificar ou identificar elementos estranhos na localidade.
    Eram ações simples, que tomara que não tenham caído no esquecimento.
    Infelizmente, o tempo passa e fatos de outras épocas tornam a acontecer, apenas mudam as vítimas!
    Decidimos não ter mais animal de estimação, bastou uma experiência ruim. Pedi ao criador que iluminasse os passos do menino em questão, para não se perder do bom caminho, e ao mesmo tempo pedi também que seus genitores se tornassem menos egoístas e mais conscientes das próprias ações ou omissões.

    1. O que falta é leis recentes e e a autonomia para a Polícia Militar dar um laço nos ladrões pelo Brasil a fora…haa. ..Isso é abuso autoridade não pode né??? Mas roubar, matar ,traficar e desrespeitarem as leis parece que se tornou normal hoje em dia !!

  6. Eu servi no 1º RCGd " Dragões da Independência" de Mar 86 a Fev 93 e os roubos na Vila Militar ao lado da OM já era constantes. E o culpado nunca é visto.

    O interessante, é que os vizinhos nunca viam nada, tal como hoje. Pergunto:

    – São cegos, surps e mudos ?

    – O militar quando viaja não avisa os vizinhos ?

    – Ou é cada um por si como sempre foi ?

  7. Nos anos 90, a metade da Vila do RCGd estava desocupada pois os militares não queriam morar lá, por ser distante e era sem comercio. Tudo que precisava tinha que rodar uns 10 Km.

    Essa parte da Vila estava abandonada, casas destruidas, mato alto, vidros, janelas, portas quebradas ou danificadas. Pois bem ! ai resolveram ceder uma boa parte da Vila aos funcionarios Civis.

    Na época alegavam e imputavam responsabilidades aos dependentes desses, mas nunca comprovado.

    Não sei hoje, se a Vila é só de militar ou não.

    Algum militar daquela época sabe dizer ?

  8. O interessante, que no passado, roubavam coisas grandes, móveis, que qualquer um sabia que precisava de veículo pra transportar e ninguem via estacionar na residencia ?

  9. Outra especulação naquela época, era atribuir culpa a ex soldados sabedores da rotina ao dar baixa tinham participação, mas nunca comprovado.

  10. Se não selecionar melhor estes recrutas, investigando a fundo seus antecedentes,a tendência é piorar,mas o Exército tem que dar exemplo,fazer valer do que veio, braço forte mão amiga.

  11. Que xoxorô… o pior é para quem paga aluguel caro e ainda é roubado, com índices bem maiores! Esse pessoal de PNR é muito folgado, chama o P.O até para trocar lâmpadas!

    1. Que absurdo um militar achar normal uma situação dessas numa vila militar. Vc está de parabéns por mostrar a sua filosofia. Graças a Deus que nem todos pensam como vi e nem todo mundo e como vc fala. Pena que se esconde atrás deum códinome chamado Anônimo!

  12. Poucos comentarios nessa matéria denúncia. Deve ta tudo bem lá na Vila e esse roubo, foi uma coisa isolada.

    Ou é mais fácil ficar reclamando pelos cantos como sempre. Ta no DNA de quase todos.

  13. Em uma vila militar, houve vários furtos em residências e até no freezer de sorvete do clube de sargentos. O culpado era um garoto, filho de militar que morava na vila.Ele já tinha muitos problemas de desvio de conduta. O mais grave, até eu deixar a vila, furtou joias do seu vizinho e foi vendê-las no centro comercial. Hoje, deve estar mais do que enrolado. Outro caso: o sgt, feliz da vida por conseguir finalmente um PNR, colocou a mudança, com geladeira novinha e outros objetos, na casa em frente a de um amigo de farda, e saiu de férias.Quando voltou, tinham feito a "mudança" dele, no dia seguinte da mudança. O vizinho não desconfiou, achando que ele tinha desistido ou trocado o imóvel. Descobriram depois que o meliante era filho de um outro militar e costumava fazer isso com as coisas dos que iam de férias.

  14. Em relação aos arrombamentos podemos citar vários suspeitos: recrutas, prestadores de serviço (jardineiros, domésticas, etc), vendedores, pedintes e até mesmo moradores. Moradores? Sim, moradores. Conheci o filho de um militar morador da vila que esteve envolvido com drogas e furtava as casas para trocar o produto do furto para manter o vício. Dentre os suspeitos, fica a certeza que é alguém que tem pleno acesso à vila e que monitora os hábitos dos moradores. Uma ideia preventiva seria a adoção do modelo de vizinhança protegida, aplicado pela polícia militar de cidades do interior: maior contato entre os moradores com reuniões periódicas para difusão de práticas de segurança e a implantação da cultura que a segurança da comunidade é obrigação de todos. O grande problema das vilas militares, sobretudo em BSB, é o "autismo moral" de muitos militares que sequer são capazes de conversar com o vizinho da frente e nem se importam com os incidentes até que um dia a própria casa é arrombada. Pequenas mudanças nos hábitos já serão efetivas como por exemplo avisar ao vizinho lado que irá viajar e se responsabilizar pela casa do vizinho quando este tiver que se ausentar. Pedir ao vizinho que molhe as plantas, recolha a correspondência de modo a evitar a aparência de abandono da casa, quando tiver que se ausentar. Outra ideia é a manutenção de um cadastro de prestadores de serviço da vila, adoção de selos dos carros dos moradores da vila. Enquanto invadem casas está tudo bem, vão pegando confiança para que daqui a pouco tempo comecem a invadir quartéis. Aí não adianta chorar o leite derramado.

  15. Tudo começa em casa, com os pais.Você já perdeu algumas horas para saber se o seu filho está indo a escola, de verdade? Conversou com os professores sobre ele? Sabe com quem ele tem amizades? Prestou atenção no que ele anda fazendo ou trazendo para casa, e nesse caso qual a justificativa? Você dá limites e costuma dizer "NÃO" para alguns pedidos ou é daqueles que para não esquentar a cabeça compra tudo para ele?É exagero? Talvez, mas é melhor visitar seu filho no colégio do que em um internato para infratores. O filho de um conhecido,de uns doze anos, chegava em casa com tênis,roupas, etc e dizia que foi o filho do vizinho, do lado da casa dele que tinha mais posses,que tinha dado para ele. O pai acreditava e não checava. O garoto se transformou em um ladrão corriqueiro causando grandes problemas aos pais.

  16. Se o militar e parado na vila e o pessoal de serviço pergunta algo, o tempo fecha, afinal todo militar e obrigado a saber que sou militar.

    Pessoa estranha na vila, o militar finge que não viu e chama o pessoal de serviço.

    Uma vez este que vos fala, não estava de serviço, viu pessoa estranha na vila e abordou, pronto o tempo fechou, todos devem conhecer os meliantes amigos dos filhos dos outros militares, que estão ali a passeio de olho no alheio.

    Ser educado e precavido não faz mal a ninguém. Segurança e dever de todos.

    Como pode uma vila militar, não existir ninguém com postura militar.

  17. Tive meu PNR arrombado em Marabá… Fui à delegacia prestar queixa orientado pelo Superior de Dia. No outro dia saiu no jornal e o Comando queria saber porque fui aos jornais!!! Fui ao E2 para alertar a situação. O mesmo já veio de antemão me dizer que não podia fazer nada… Eu tinha ido lá para avisar para que não acontecesse em outro PNR. Descobri que o meu era o quinto… Outros quatro já tinham sido arrombados naquela semana na vila dos sargentos. E nada foi divulgado. Sim, somos incompetentes.

  18. Ao militar que é dispensado uma ou duas vezes por semana pra cuidar do patrimônio: Você não é o culpado por essa situação, seu comandante , chefe ou diretor é frouxo ou o pior, você mente para conseguir essas dispensas, nesse caso o seu superior é um tonto.

  19. se todos moradores colaborassem com a identificação na entrada da vila o guarda não teria medo de identificar e coibir a entrada de elementos estranhos ,infelizmente não é o que acontece, há pessoas que não querem perder tempo em ser identuficadas e xingam o soldado que está fazendo seu serviço.

  20. se todos moradores colaborassem com a identificação na entrada da vila o guarda não teria medo de identificar e coibir a entrada de elementos estranhos ,infelizmente não é o que acontece, há pessoas que não querem perder tempo em ser identuficadas e xingam o soldado que está fazendo seu serviço.

  21. E ainda por cima num ato truculento sem precedência o responsável pelo quartel onde fica essa vila simplesmente resolve proibir cado e soldado de entrar na vila, o ladrão pode ter qualquer graduação *qualquer mesmo*.

  22. Morei na vila por décadas,criei meus filhos lá! Nunca aconteceu algo nessa proporção,tinham pequenos furtos! Na maioria das vezes praticado por adolescentes,moradores da vila mesmo! Alguns pais desses adolescentes foram transferidos para lugares mais longe! Não sei o que houve depois!Oque vejo agora na vila,é um ar meio que de abandono,com o advento das redes sociais,as pessoas estão enclausuradas em suas casas! É possível mesmo que ninguém tenha visto nada,pois hoje,com a Internet,as pessoas só vêem o que querem ver! Se não interessa,ninguém tira os olhos do celular para o que quer que seja!É uma pena que a vila esteja passando por isso! As pessoas que fizeram comentários sem se identificar,fizeram comentários desagradáveis,jogaram acusações aleatórias! Não façam isso,identifiquem-se,e dêem sua opinião,sem que essa seja feita no anonimato! Quanto ao comando da vila,tem que ser mais atento a segurança da vila,já que lá não se tem a Pm patrulhando! Que saiam de sua zona de conforto,e olhem ao redor! A vila faz parte do Regimento! Espero que essas coisas sejam sanadas! Meus sentimentos a família que passou por esse transtorno!!

  23. O que falta é leis recentes e e a autonomia para a Polícia Militar dar um laço nos ladrões pelo Brasil a fora…haa. ..Isso é abuso autoridade não pode né??? Mas roubar, matar ,traficar e desrespeitarem as leis parece que se tornou normal hoje em dia !!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo