Brasil e Argentina cobiçam comando da Escola de Defesa Sul-Americana
Órgão será inaugurado oficialmente na próxima semana em Quito
Jacques Wagner. Ministro da Defesa apresentou o nome de de Antônio Jorge Ramalho da Rocha para comandar a Escola de Defesa Sul-Americana – Gustavo Miranda / Agência O Globo |
JANAÍNA FIGUEIREDO
BUENOS AIRES — Em sua recente viagem a Buenos Aires, o ministro da Defesa, Jacques Wagner, confirmou, junto com seu colega de pasta argentino, Agustin Rossi, que no final da semana que vem será inaugurada oficialmente, em Quito, a primeira Escola de Defesa Sul-Americana. Ambos ministros irão ao Equador participar do evento, considerado histórico pelos países que formam a União de Nações Sul-americanas (Unasul). O que Wagner e Rossi não confirmaram é quem estará no comando da escola, designação ainda em suspenso, justamente por divergências entre Brasil e Argentina. A nomeação deve ser por consenso, algo que ainda não foi alcançado no âmbito da Unasul já que os governos Dilma Rousseff e Cristina Kirchner apresentaram diferentes candidatos para o cargo.
O governo brasileiro propôs o nome de Antônio Jorge Ramalho da Rocha, um especialista em defesa, professor da Universidade de Brasília, que já dirigiu o Departamento de Cooperação do Ministério da Defesa e integrou a Assessoria de Defesa da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Já a Casa Rosada defende a escolha de Jorge Battaglino, atual diretor da Escola de Defesa nacional, que funciona dentro do Ministério da Defesa argentino.
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A queda-de-braço entre os dois países não foi comentada por ambos ministros, mas fontes argentinas e brasileiras confirmaram ao GLOBO que a decisão da Unasul ainda não foi anunciada pela falta de consenso. O Brasil esperava que o governo argentino apoiasse o nome de Antônio Jorge e a proposta de Battaglino foi uma desagradável surpresa. No entanto, fontes argentinas disseram que “o Brasil tem mais peso dentro da Unasul e deverá conseguir impor seu candidato”.
— A Argentina quis apresentar um candidato próprio, mas sabe que está em desvantagem — disse uma fonte local.
Espera-se que o nome escolhido seja anunciado no final da semana que vem, em Quito. Para a Unasul, a criação da primeira Escola de Defesa regional, que tem, entre outros objetivos, construir uma política de defesa comum para o continente, é importantíssima.
Na coletiva com Wagner, o ministro argentino admitiu que a relação entre ambos países é “tensa e intensa”. A definição sobre a escola de defesa é uma das tensões que ronda, atualmente, o vínculo entre os dois principais sócios do Mercosul e da Unasul.
O GLOBO/montedo.com
9 respostas
"Escola bolivariana de defesa" é um poco demais pra mim…
De uma hora para outra podemos entrar em uma guerra que não tem nada conosco. Foi assim que o império otomano foi pro beleléu, fazendo alianças.
Essa Escola é antiga, leiam um pouco mais sobre a Campanha da Tríplice Aliança.
Caxias X Mitre.
Mais um cabide de emprego para politicos que não entendem nada de Defesa ou oficiais generais que acham que sabem de tudo de defesa.
Que fique o gasto para a Argentina gastar e não para o Brasil.
"Escola Bolivariana de Defesa".
Quais seriam seus objetivos? Doutrinar e/ou formar "lideranças" bolivarianas para as Forças Armadas dos países envolvidos?
Eis a questão!
Enquanto isso no seio da nossa Nação, "Brasília". O nosso glorioso EB está preocupado com o o dia da formatura para lembrar a sua existência. Que existência!? Que ela não pereça diante das atrocidades políticas vividas atualmente.
Será que vamos ter que aprender o hino dos "bricarianos" , quer dizer, bolivarianos ??? vamos ter que aprender o castelhano, para ler os manuais cucarachos? O Brasil tá afundando num buraco negro….
sou vouluntário para instrutor
Países com política extrangeira altamente instáveis envolvidos, sem náo Brasil!