Justiça Militar condena quatro oficiais e dois civis por fraude no Centro de Pagamento do Exército.

Justiça Militar condena quatro oficiais e dois civis por fraude no Centro de Pagamento do Exército
A primeira instância da Justiça Militar da União com sede em Brasília condenou seis pessoas pelo desvio de cerca de R$ 1 milhão e setecentos mil do Centro de Pagamento do Exército, na capital federal. Entre os réus encontram-se um capitão, três majores e dois civis. Todos foram condenados pelo crime de estelionato.
A ação penal apurou operações irregulares realizadas no Centro de Pagamento do Exército, em 2002. Na ocasião, foi constatada a realização de vários pagamentos indevidos a pensionistas. Entre as falhas encontradas, destacam-se a existência de pensionistas e instituidores não cadastrados no sistema da Seção de Inativos e Pensionistas (SIP), inexistência de desconto de Imposto de Renda e melhoria de pensão.
A perícia de informática constatou que as implantações irregulares de dados cadastrais estavam associadas ao órgão pagador da 15ª Circunscrição de Serviço Militar, situada no Paraná. A utilização desse órgão pagador demonstrou irregularidades no Sistema, uma vez que a 15ª CSM não possui pensionistas vinculados.
Para a criação dos 55 falsos pensionistas foi necessária a criação de programas que alteravam a rotina estabelecida. Uma das manobras foi a movimentação dos falsos pensionistas do Paraná para o Comando da 1ª Região Militar, no Rio de Janeiro, a fim de que os cadastros ficassem camuflados entre os quase 27 mil pensionistas daquela área, dificultando assim a conferência dos dados.
Dos 51 supostos pensionistas que efetivamente receberam vantagens indevidas, muitos deles eram parentes de um dos majores envolvidos. Além disso, a fraude desenvolveu-se em duas frentes: a primeira, no Centro de Pagamento do Exército, com o planejamento e execução das mudanças de rotina de pagamento do Exército; e a segunda, em algumas cidades dos Estados de Pernambuco e Paraíba, onde foram recrutadas pessoas para abrirem contas de caderneta de poupança na Caixa Econômica Federal, às quais foi prometido um benefício do governo ou um futuro emprego. Uma das condições para os supostos benefícios era abrirem mão da posse de seus cartões magnéticos, que seriam posteriormente utilizados para saques e movimentações bancárias criminosas, conforme a denúncia.
A menor pena aplicada foi de 3 anos e a maior, de 5 anos e 5 meses. Do total de dinheiro desviado, foi revertido para o Centro de Pagamento do Exército a quantia de R$ 971.886,23. Os réus agora poderão recorrer ao Superior Tribunal Militar (STM) em sede de apelação.
STM/montedo.com

Nota do editor:
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

7 respostas

  1. Claro que não será divulgado.. Não precisa nem explicar o porque.. Se fosse praça seria escancarado em todas as OM para que servisse de exemplo.. Como dizem os "nortista" Pega Lavrado!

  2. Como ja vi em um quartel em minas quando chegou do nada um cap expulso de sua om por roubo, eles estão estão por ai em um quartel de tropa, longe das funções tipo s4 ou tesoureiro, PREGANDO A MORAL E OS BONS COSTUMES. Neste quartel que estão todos sabem dos seus maus feitos e eles se mantem todos posudos afinal. são oficiais do exercito brasileiro. E quando um desafeto, também oficial, lhe jogam na cara o feito chegam a brigar feio.

  3. Estava eu servindo na OM quando chegou um maj transferido em ago, época que normalmente não tem transferência. Era para ser o subcmt mas colocaram ele de s1. Sem carro e pedindo dinheiro emprestado pros cap. Todo mundo achou estranho, mas dai um contou que ele era s4 onde estava, roubou e quando o cmt dele descobriu fez ele devolver o dinheiro e arrumou uma transferência para ele. O cmt dele não denunciou porque senão seria enrolado também por assinar sem ler. a verdade é que eles se protegem ate na safadeza, aquela estoria de cortar na própria carne só serve se a carne for praça.

  4. Hoje existem maneiras mais simples do que essa para ganhar dinheiro no EB. Basta abrir uma empresa no nome da esposa e participar de pregões para fornecer materiais, peças e serviços para a própria OM em que serve. De preferência seja você mesmo o chefe de sua seção. Assim vc poderá fazer um levantamento mais preciso do material a ser licitado e poderá pedir um pouco a mais, caso necessário. Em caso de prestação de serviços, use o pessoal da seção mesmo, pois já conhecem o serviço e o farão de bom grado e a contento. Caso seja algum serviço fora, converse com o PTTC seu chefe e ele conseguirá alguns dias de dispensa para vc e sua equipe a titulo de recompensa. Outra vantagem é a informação privilegiada: VC sempre saberá o que sua OM necessita e, tendo influência, transito livre e tempo de sobra no horário do expediente, com certeza seu pequeno negócio prosperará até a casa dos milhões. Porém, para não levantar suspeitas, peça para ser nomeado para alguma função rolha em algum NPOR ou Pelotão de faxina, apenas para contar no BI, a fim de enganar a fiscalização do pessoal do MP. Vc verá como logo estará bem de grana e ainda poderá ajudar um bom número de camaradas ao seu redor!

  5. Servi em um certo quartel de logística do Exército no RJ em que militares cumpriam expediente trabalhando para empresas para as quais eram terceirizados os serviços de manutenção de equipamentos militares. Os militares recebiam pagamentos das empresas para fazerem o trabalho que deveriam normalmente por eles normalmente, tudo com a conivência do comando.

  6. Como em qualquer instituição publica ou privada,há pessoas com má índole.O cara estuda, faz concurso, passa por uma academia e vai praticar fraudes? É muita vontade pra furtar. As fiscalizações diminuem as brechas para esse tipo de ação. Agora, vai eu receber alguma verba a mais no pagamento que no mês seguinte vem descontado rapidinho e às vezes em dobro, erradamente.Ladrão é ladrão, honesto é honesto.Ainda bem que foram descobertos e não seguirão carreira(?).Já imaginaram se um deles chega ao topo?

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