Francileudo e Renata, pai e mãe de Lewdo, trocam acusações de homicídio.
Lewdo, 9 anos, morreu ao ingerir veneno para rato.
Do G1 CE
Após mais de um mês hospitalizado, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra recebeu alta nesta sexta-feira (12). Agora, segundo o advogado do militar, Walmir Medeiros, ele aguarda que o delegado responsável pela investigação do caso agende a data da acareação entre Francileudo e mulher, Renata Coelho; os dois trocam acusação entre si de terem envenenado e matado o filho de 9 anos, Lewdo Bezerra, em novembro.
“O subtenente do Exército Francileudo Bezerra quer passar por uma acareação com a mulher o quanto antes”, diz o advogado. Ele ficou em coma durante uma semana e negou participação no crime.
A mulher disse, no primeiro depoimento à polícia, que o militar havia matado o filho, tentado assassiná-la e cometer suicídio, com tranquilizantes. Logo após o crime, Renata Coelho ligou para o Samu pedindo ajuda. Francileudo foi preso em flagrante enquanto estava em coma. Ele e o menino ingeriram veneno de rato, como mostrou o laudo pericial. Em 3 de dezembro, a Justiça revogou a prisão preventiva do militar. Ele segue internado no Hospital Geral do Exército, em Fortaleza.
“Nego, não teria coragem de tirar a vida do meu filho, não é à toa que eu tatuei o nome dele no meu braço. Não seria nesse momento que eu iria atentar contra a vida dele nem contra a minha”, disse o militar. Ele aponta a mulher Cristiane Renata Coelho como autora do crime. “Quero que a Justiça seja feita, que ela seja presa. Ela não pode ficar impune pelo que ela fez”, diz.
Leia também:
Subtenente do Exército mata filho autista, agride esposa e anuncia crimes no Facebook
Subtenente nega acusações e seu advogado acusa esposa de assassinar o filho para culpar militar
Justiça revoga prisão preventiva de subtenente do Exército acusado de envenenar o filho.
Francileudo conta que não se lembra de tudo o que ocorreu na noite do crime, em 11 de novembro, mas afirma que apenas ele, a mulher e os dois filhos estavam na residência. “Até o momento que eu me lembro que eu estava lúcido, estava nós quatro. Duas crianças não fariam isso. Só teria uma pessoa a fazer. Eu não fui, porque eu estava envenenado. Eu tenho a total certeza de que jamais atentaria contra a vida do meu filho. São duas coisas que eu tenho que são os meus dois filhos.”
Mensagem em rede social
No perfil do militar no Facebook, foi deixada no dia do crime uma mensagem, apagada posteriormente, que dizia: “Té vendo essa mulher linda me pediu o divórcio. (…) Temos 2 filhos especiais vou levar um comigo obriguei ela a beber vinho com seus tranquilizantes p dormir e n vê o q vou fazer (sic)”, disse. Em seguida, o subtenente pede perdão por matar o próprio filho. “Me perdoem família mas a carga ta grande demas e n aguento mais sfrer calado vendo essa mulher se anular a 10 ans (sic)”.
G1/montedo.com