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Parentes e amigos acompanharam o sepultamento do cabo
do Exército Michel Augusto Mikami no Cemitério de
Vinhedo (SP), no domingo (30)
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Do UOL, no Rio
O Clube Militar, instituição que reúne os militares na reserva, considerou a morte do cabo do exército Michel Augusto Mikami, baleado durante um patrulhamento na Vila dos Pinheiros, no complexo de favelas da Maré, zona norte do Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (28), como uma “tragédia anunciada”. Esta foi a primeira morte de um membro da chamada Força de Pacificação que ocupa a região desde o fim de março deste ano.
“É uma tragédia anunciada desde que atiraram nossos soldados no inferno em que se transformaram as favelas do Rio de Janeiro”, afirma o clube em uma nota divulgada no site da instituição. Segundo o texto, as favelas da cidade são ambientes de “verdadeira guerra civil”.
A instituição reclama ainda do que chama de “engessamento das tropas”, que, na opinião do clube, não podem reagir da forma que seria adequada frente ao poder de fogo e “ousadia” dos criminosos e defende que as tropas militares sejam usadas em operações de polícia apenas em situações pontuais. “Se não querem assim, que tratem de reequipar adequadamente os órgãos policiais existentes para o combate ao crime”, diz o texto, assinado pelo presidente do Clube Militar, general Gilberto Rodrigues Pimentel.
Os militares que patrulhavam a área em que o cabo foi morto foram recebidos por tiros realizados por suspeitos de envolvimento com facções criminais. Em um vídeo que circula nas redes sociais, Michel Augusto Mikami, 21, aparece sendo socorrido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Maré, que fica na Vila do João. Em seguida, ele foi levado ao Hospital Central do Exército, mas não resistiu ao ferimento. Antes o cabo servia no 28º Batalhão de Infantaria Leve, localizado em Campinas (SP).
O Complexo da Maré foi ocupado por 3.000 homens da Marinha, do Exército, da Polícia Militar e da Polícia Civil, que estão sob comando do Exército, com o objetivo de preparar o local para a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
Os confrontos entre facções rivais na região, no entanto, têm sido frequentes. No mês passado, o UOL foi até o complexo e observou o patrulhamento militar, que inclui tanques de guerra, trincheiras e fuzis de grosso calibre. Porém, a cada cem metros percorridos, foi necessário pedir autorização aos gerentes das bocas de fumo para prosseguir.
UOL/montedo.com
12 respostas
Quero ver o dia em que um militar resolver sentar o dedo em cima dos meliantes. Vai ser uma chacina. E uma choradeira geral. Vão prender o coitado, julgá-lo como assassino e condená-lo à prisão e à forca moral. E nossos chefes aplaudindo de pé.
Enquanto isso, nossos soldados continuarão a morrer pelas mãos dos pobrezinhos "excluídos sociais"…
Vergonha, vergonha e vergonha temos que sujeitar aos Petralhas. Forças Armadas cada vez mais politizada. Cadê nossos comandantes, se é que a ainda temos algum. blá, blá ……., até quando.
Sinceramente não sei o que o exército quer lá na maré e nos morros!
Com tantos policiais engrossando a folha de pagamento estatal e, digo de passagem: com melhor remuneração que o EB.
E a força nacional? ela foi criada para afastar o EB dessa situações, operação de polícia, ou Não?
Deixa o EB com a defesa da pátria, a garantia da lei e da ordem (quando da falência da policia e consequente o cmdo geral passa para o EB), dos três poderes e por último a distribuição de água no sertão nordestino.
Todos criticam, todos comentam…mas a grande maioria depois que está na reserva. Queria ver um destes que fala tanto estar no comando e contrariar determinação e mandar sentar o dedo. Já disse a letra do Renato Russo, com…na mão.
Hoje nossos comandantes colocam nossos jovens soldados nessa situação aviltantes, amanhã os próprios comandantes, já na reserva, compactuarão com as idéias do clube militar e apontarão os inúmeros erros do comando no tratamento com a tropa. Normal. Tudo normal
Sou da seguinte política: Manda a 4ª Brigada de Infantaria Motorizada (Brigada 1º de abril, atual Brigada pão de queijo) lá de Xistis fora nas minas gerais que eles resolvem…. nada!!!
Pessoal! é com o sacrifício da própria vida! Essa é nossa missão, o militar tem que parar de achar que missão não morre gente!! ESSA É NOSSA MISSÃO! BRASIL ACIMA DE TUDO!SGT DE INFANTARIA
Concordo com vc amigo das 23:21 quando eu (nós) escolhemos esta carreira a maioria já sabia disto, mas nos de uma missão de FA não de policia para lutarmos e cumpri-la com honra!
"Pessoal! é com o sacrifício da própria vida!(…)".
Perfeito, colega, mas em missão de exército, de combate, de guerra e não de "teatrinho", brincando de polícia e polícia que não pode revidar. Assim, é missão suicida.
Assisti o depoimento de um General à Comissão da verdade, disse que pertenceu às Forças Especiais, lutou no Araguaia, e disse mais e mais, o que me chamou a atenção foi quando disse que "morrer pela Pátria é coisa de amador" e afirmou "eu mato pela Pátria", esse sim é GENERAL FE. Quando terroristas das FARC's assassinaram soldados do EB na fronteira Brasil-Colombia (rio Traíra-AM) no início dos anos 90, nós da FAB transportamos FE's do RJ para a região e resgatamos depois da missão cumprida, já em Manaus eles disseram que todos, eu disse todos, os terroristas que eles encontraram na floresta foram devidamente EXTERMINADOS, isto é FE.
O problema não é o juramento que diz que o militar deve sacrificar a vida no cumprimento das missões, mas sim o fato de que o Exército está sendo usado como um peão neste jogo chamado política. Morrer em ação é um risco, mas deixar impune quem atirou no militar é ridículo. Pergunto por qual motivo não fecharam aquela maldita "comunidade" até que o(s) assassino(s) fossem encontrados? Se fosse em qualquer PM tenho certeza de que o bandido já estaria preso ou morto. A inércia que me dá nojo!
http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2014/12/04/comissao-da-verdade-aponta-79-mortos-e-desaparecidos-em-mg-na-ditadura.htm