Exército descontamina aeronave que transportou paciente com suspeita de ebola

Imagem: EB
O Exército Brasileiro realizou uma missão quase inédita este mês. Ficou a cargo do 1º Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear, localizado no Rio de Janeiro, descontaminar a aeronave Learjet da Força Aérea Brasileira (FAB) que transportou um paciente da Guiné, na África, com suspeita de infecção por ebola.
De acordo com o comandante da organização militar, tenente-coronel Márcio Luis do Nascimento Abreu Pereira, essa foi a primeira operação da atualidade, com risco de contaminação por produto letal. “Procedimentos deste tipo não aconteciam desde 1987, quando ocorreu o acidente radiológico com Césio-137, na cidade de Goiânia (GO)”, disse.
A equipe responsável pela limpeza do jato executivo foi composta por sete homens da Força Terrestre, sob a chefia do tenente Douglas Silva Frango. Equipados com roupas de segurança, oficiais e soldados atuaram durante cinco horas na descontaminação.
“Só o painel demorou uma hora e meia no total. O trabalho é bem desgastante emocional e fisicamente”, acrescentou o tenente-coronel Abreu. Toda a atividade aconteceu no pátio da Base Aérea do Galeão (RJ), onde o avião estava estacionado isoladamente.
Produtos utilizados
Estudo preliminar, feito pelo efetivo empenhado na missão, indicou a necessidade de descontaminar o Learjet em duas fases: interna e externa.
Para o interior, a equipe usou o LDV-X, material recém-adquirido pelo Exército. Ele consiste em um sistema de nebulização, onde o produto é aplicado para neutralizar a ação de agentes químicos e biológicos. No painel da aeronave foi utilizado o SX 34 – substância específica para equipamentos sensíveis.
Já na parte externa, o grupo empregou o PRNDS 12 Mil para aplicar o BX 40. O solo também precisou de tratamento, com o agente BX 24. Ele funciona para prevenção do terreno. Todas essas substâncias apresentam certificado internacional e não geram resíduos prejudiciais ao meio ambiente.
Para o comandante do 1º Batalhão, a operação trouxe “sentimento de responsabilidade ao fazer os procedimentos corretos aprendidos em treinamentos e serviu para aprimorar as técnicas de descontaminação”. “A equipe está orgulhosa da missão”, finalizou.
MD/montedo.com

2 respostas

  1. Que é isso, "mermão"?
    Até isso é o Exército que faz?
    Tá cada vez mais difícil saber o que as FA não são capazes de fazer.
    Em suma: Tudo de ruim é culpa dos "milicos". Tudo que for ruim de fazer, manda os SEVERINOS.

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