Comissão da verdade deixa quartel no Rio sem visitá-lo
Agência Estado
Integrantes da Comissão Estadual da Verdade, que tentavam visitar o quartel onde fica sediado o 1.º Batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca, zona norte, onde funcionou o Destacamento de Operações e Informações (DOI) do 1º Exército durante a ditadura, saíram às 11h20 da unidade sem conseguir visitá-la.
O comandante do 1º BPE, tenente-coronel Luciano, recebeu a comissão, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), que em 1977 esteve preso no DOI, e dois deputados estaduais Gilberto Palmares e Robson Leite, ambos do PT. O militar informou cumprir ordens superiores de não permitir a visita.
O Comando Militar do Leste divulgou nota oficial na qual alega que o Comando do Exército está vinculado ao Ministério da Defesa e não se subordina à Lei Estadual 6335/2012, que criou a Comissão Estadual da Verdade.
Durante a reunião, além de Valente, dois ex-presos políticos que passaram pelo DOI, Álvaro Caldas e Cecília Coimbra, descreveram para o militar as torturas que sofreram no local. “Eu lamento profundamente”, afirmou o oficial, segundo relato de Cecília Coimbra.
Após o encontro, o comandante Militar do Leste, general Francisco Carlos Modesto, convidou a comissão para uma reunião no Palácio Duque de Caxias.
DIÁRIO DO GRANDE ABC/montedo.com
9 respostas
Buscando o quê?
Precisam visitar as Pirâmides do Egito lá encontrarão múmias e outros fantasmas.
Parabéns ao Comandante Luciano e ao General Modesto. Parabéns por honrarem as calças que vestem.
Pq nao visitam a casa do Eduardo Paes ou a casa do Cabral?! Pq nao visitam a câmara de deputados ou a casa do José Genuíno?!Pq não visitam os estádios super-faturados da copa ou os aeroportos bilhonários?! Pq não visitam os hospitais que faltam material, as rodovias esburacadas?!Pq não visitam as suas próprias vidas cheias de mordomias e vasculham seus super-salários?!Trabalho sempre haverá!
1° Ten Inf
Louvável a atitude do Cmt Mil Leste. Tem mais é que dificultar ao máximo a entrada de banidos em Organização Militar.Lá não é praça pública não. Agora, com este Min. da Defesa que temos, não duvido nada que eles consigam o intento. É esdrúxulo e inadmissível como nosso EB está sendo tratado. Culpa dos altos postos, que se deixa ser …..
Parabéns aos COMANDANTES. Já passou da hora de acabar com essas ofensas às FFAA. Tudo que for feito nestes moldes, tenham certeza que terão nosso apoio, de maneira amigável ou à força.
Vagabundos! Por que não vão perguntar pra Dilma onde ela meteu os dois milhões de dólares do assalto à casa do Adhemar de Barros?
Caros amigos!
Meus sinceros agradecimentos aos Comandantes que impediram a visita destes bandidos. Parabéns! Um bom começo para acabar com a falta de respeito com as FFAA. Já passou da hora de dar um basta nesta humilhação. Meus cumprimentos a todos que postaram os comentários anteriores, todos muito oportunos. Abraços!
Ao ler o jornal hoje tive duas sensações. Uma de satisfação ao ler que o Cmdo do EB, do CML, não permitiu que uma comissão espúria "visitasse" o aquartelamento do 1° BPE! A segunda de repúdio a maneira pela qual o jornal, através do jornalista Chico Otávio, pela maneira tendenciosa como apresentou o assunto aos leitores. Enviei mensagem ao Cmdo do CML cumprimentando-o pela decisão e a mensagem anexa para o jornalista e o jornal. Caso queiram escrever para Chico Otávio o endereço eletrônico dele é [email protected] Abraços. Marco Balbi
A reportagem do jornal O Globo de hoje, 21 de agosto, de autoria do jornalista Chico Otávio é absolutamente parcial e desinforma os leitores.
Pode-se começar pelo título: "Exército barra acesso ao DOI; entidades pedem tombamento." O Comando do Exército Brasileiro proibiu a visita à Organização Militar 1° Batalhão de Polícia do Exército, unidade subordinada ao Comando Militar do Leste. A proibição foi feita aos membros de uma comissão dita da verdade, nível estadual, filhote da Comissão Nacional e instituída no Estado para atender interesses pessoais de um ex-presidente da OAB – Seção Rio de Janeiro, mancomunada com promotores federais que inventaram uma justiça de transição.
No subtítulo, não sei se é assim que jornalisticamente se chama, o autor ressalta "antiga masmorra do regime de 64 poderá virar centro de memória". Certamente o jornalista pretendeu dramatizar a chamada e o texto, pois volta a utilizar o substantivo feminino que tem o significado de prisão escura e subterrânea para reafirmar a intenção de transformar a repartição interna em centro de memória. Caso isto venha a ocorrer será mais uma para compor a "rota turística da ditadura" que já conta com prédios e monumentos em várias cidades do Brasil. Se o regime de exceção no Brasil durou 21 anos e já possui este roteiro, imagina quando Cuba se libertar dos Castro, quantos não terá, não é verdade? Será que Chico Otávio faria uma reportagem sobre as masmorras cubanas? Quem sabe ele não entrevista o cubano Armando Valladares para que este relate as suas experiências?
No prosseguimento da reportagem o autor segue alinhavando os argumentos da comissão para pedir o tombamento, sempre baseado nos depoimentos dos ex-presos e de agentes do regime. Ora, o único agente do regime que compareceu à Comissão, até o momento, foi o Coronel Bombeiro Militar da Reserva Valter Jacarandá, que permaneceu calado durante a audiência.
Para finalizar a reportagem, Chico Otávio pesquisou mal, possivelmente nas fontes da esquerda, para descrever o que foram os Centros de Operações de Defesa Interna (CODI) e os seus Destacamentos de Operações Internas (DOI), assim como suas composições.
Em momento algum o autor da reportagem cita ter buscado ouvir algum órgão do Exército Brasileiro, seu Centro de Comunicação Social ou o Comando Militar do Leste para compor a matéria, pelo menos com um pouco mais de credibilidade na informação transmitida e publicada, justo num periódico que se vangloria de disponibilizar seu acervo histórico em modo digital para a consulta ao público. Qual história? A contada pelo Chico Otávio? Esta é parcial e facciosa!