Chefe do Estado-Maior da FAB na FIESP: “Não faz guerra quem depende do outro, mas sim quem domina a novidade”.

Na Fiesp, chefe do Estado-Maior da FAB fala dos desafios e avanços tecnológicos da indústria de defesa
Brasil passa a investir em pesquisas e desenvolvimento no campo aeroespacial
Talita Camargo, Agência Indusnet Fiesp
Reunião Comdefesa/Fiesp 04/03/;2013 - Foto: Everton Amaro
Da esq. p/ dir.: Beatriz Rosa, Carlos Erame de Aguiar, Jairo Cândido, tenente-brigadeiro-do-ar Azevedo, major-brigadeiro-do-ar Malta, brigadeiro-do-ar Machado e Walter Bartels. Foto: Everton Amaro
A reunião plenária mensal do Departamento da Indústria de Defesa (Comdefesa) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que aconteceu na tarde desta segunda-feira (04/03), contou com a presença do chefe do Estado-Maior da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro-do-ar Aprígio Eduardo de Moura Azevedo, que ministrou a palestra Força aérea brasileira: presente e futuro.
Para ele, voltar os olhos para a década de 1950, permite enxergar os desafios enfrentados para que hoje a indústria da defesa seja uma realidade no Brasil. “A visão estratégica da FAB, no presente e no futuro, é especialmente voltada à indústria da defesa”, afirmou.
Ao lembrar Alberto Santos-Dumont, que em 23 de outubro de 1906 realizou um voo com uma máquina mais pesada do que o ar, o 14-Bis, o tenente-brigadeiro ressaltou: “Isso prova que nós estamos sempre participando ativamente dos movimentos de vanguarda”.
Azevedo acredita que a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, foi o grande impulso para o investimento em pesquisa e desenvolvimento da indústria da defesa. “Não faz guerra quem depende do outro, mas sim quem domina a novidade. É a novidade gera a possibilidade de conquista e vitória”.
Foco em pesquisa e desenvolvimento
Na opinião do chefe de Estado-Maior, o Brasil obteve ao longo dos últimos 60 anos, competência e tecnologia para entrar no mercado internacional. “Adquirimos capacidade de conhecimento tecnológico que nos permite colocar um requisito à mesa da nossa indústria e ter como resultado final um produto que responde a esse requisito”, afirmou.
Citando o Plano Estratégico Militar da Aeronáutica 2010-2031, o Tenente Brigadeiro ressaltou que o foco é a pesquisa e o desenvolvimento científico e tecnológico, a fim de tornar a indústria de defesa cada vez mais moderna e atualizada.
“Nos últimos 10 anos, a FAB contratou, somente em investimentos, R$ 9,5 bilhões com a Indústria Nacional”, informou, ressaltando que o Brasil está em processo de desenvolvimento do campo aeroespacial. “O campo aeronáutico abriu o seu leque de atividades e entramos no plano aeroespacial”.
Após apresentar alguns modelos de aeronaves e mísseis de alta tecnologia produzidos pela indústria brasileira, concluiu: “A doutrina básica da FAB atualmente é dependente da tecnologia de ponta”.
Também estiveram presentes à reunião: Beatriz Rosa, da Abimde; Carlos Erane de Aguiar, presidente do Simde e membro do Fórum de defesa e segurança da Firjan; o General Div Mattioli, diretor do Deprod; o embaixador Rubens Barbosa; Jairo Cândido, diretor-titular do Comdefesa da Fiesp; o major-brigadeiro-do-ar José Geraldo Ferreira Malta, comandante do IV Comando Aéreo Regional (Comar); o brigadeiro-do-ar Oswaldo Machado Carlos de Souza, diretor do Centro Logístico da Aeronáutica Celog; e Walter Bartels, da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab).
FIESP/montedo.com

Respostas de 2

  1. os oficiais generais não gostam, mas falar de tecnologia pagando 2.500,00 de salario para um sargento especialista é muita sacanagem! Como colocar em operação mega projetos deixando de lado o profissional. Valorizaçao do "homem militar" faz-se necessário. Bilhões são gastos na Industria Militar e quando se fala de salários nossos comandantes torcem o nariz, dizem que entendem a sitauçao e….continuam com seus sonhos mirabolantes de Brasil Potencia. Depois vao para a reserva remunerada e viram, advinhem, diretores de empresas voltadas a industria belica. Coincidencia? sei não…

  2. Muito se fala em avanço, submarino nuclear, caças, etc… Mas quem vai operar esses equipamentos? Os Severinos mal remunerados.
    Fala sério cambada!!!!!!

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