Cruzex VI – Base Aérea de Natal recebe militares de 12 países

Cruzex: Natal recebe militares de 12 países para exercício simulado de guerra aérea
Kívia Soares
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Militares na célula de operações correntes, onde são planejadas as 
ações estratégicas de guerra.  Fotos: Kívia Soares/NE10 RN
A Base Aérea de Natal (RN) foi transformada em um quartel general em guerra, a Operação Cruzeiro do Sul – Cruzex C2 2012, o maior exercício militar de confronto aéreo simulado da América Latina acontece no local, desde a última segunda-feira (5) até o próximo dia 16 de novembro. A missão ocorre entre países fictícios para o treinamento dos militares, baseados em conflitos recentes como os do Oriente Médio. Este ano o exercício reúne 12 países, que de forma virtual simulam combates envolvendo aviões, refugiados, ameças nucleares e até notícias da imprensa.
Esta é a edição com o maior número de países participantes desde a primeira Operação, em 2002. Estão na Cuzex C2 2012 , 280 militares da Argentina, Chile, Equador, Estados Unidos, França,Peru, Uruguai, Venezuela, Canadá, Reino Unido e Suécia, estes três últimos pela primeira vez no evento.
A escolha pela capital potiguar para sediar a Cruzex novamente foi devido a estrutura da Base Aérea de natal com amplas instalações, da rede hoteleira diversificada existente na cidade, bem como o clima do local para a realização dos vôos simulados quando são necessários e o pouco fluxo de aeronaves no espaço aéreo, o que facilita a coordenação do exercício. Natal também já foi sede do evento em 2004, 2008 e 2010.
Em outras edições da Operação Cruzeiro do Sul aeronaves reais foram utilizadas, no entanto, o porta-voz da Cruzex, tenente-coronel Aluísio Secchin, explica que em 2012 a organização optou pelo treinamento dos comandantes de guerra. E por isso a sigla C2, que significa comando e controle, no intuito de capacitá-los para a tomada de decisões em situações de conflito real.
“São missões simuladas que mostram uma operação de guerra entre países fictícios. Nesse treinamento, o país Azul na região leste do Rio Grande do Norte formou uma coalizão para expulsar as tropas do país Vermelho na região do Ceará, que invadiram o país Amarelo, localizado entre os outros dois países, na região da cidade de Mossoró-RN por questões econômicas”, explica. As forças aéreas aliadas cooperam para realizar as missões autorizadas pelas Nações Unidas.
O tenente-coronel Secchin disse ainda, que os aviões não vieram dessa vez para que haja a facilidade de explorar ainda mais o treinamento de comando e controle, ou seja, os processos decisivos dos oficias em confrontos armados, de forma que existam novos desafios para a equipe, muito importantes durante um conflito real.
A importância da Cruzex é a troca de experiências e
conhecimentos entre os militares
Com este tipo de exercício não há o limite de aeronaves, “então é possível colocar mais militares em treinamento como o planejamento de ações de ataque ao solo, artilharia antiaérea, cobertura radar em reação a aeronaves inimigas que desejam atacar o território, além de outras estratégias de suporte médico e humanitária, e missões diplomáticas, destaca. Todas elas obedecem o modelo adotado em conflitos internacionais pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
Na simulação da Cruzex também existe a preocupação com a questão da Comunicação em guerra, um site simulado de notícias intitulado NCC publica informações baseadas nos ataques realizados tanto pelas forças do país Azul quanto do pais Vermelho, que podem ser desfavoráveis para as nações envolvidas.
O objetivo deste outra simulação é treinar a capacidade dos assessores de comunicação para as respostas mais adequadas e de acordo com as convenções internacionais em vigor. O tenente-coronel Max Barreto, responsável pela parte de imprensa, fala que numa guerra a comunicação social é fundamental.
“É impossível hoje em dia lidar com uma guerra, se a comunidade internacional não der o apoio necessário”, aponta. E acrescenta que “na sala de imprensa são desenvolvidas técnicas para conseguir esse apoio, tanto da população no país em conflito, como também o apoio internacional, noticiando os fatos ocorridos no local”, destaca.

A CRUZEX
Coordenada pela Força Aérea Brasileira, a Cruzex esta em sua sexta edição. A primeira foi realizada em 2002, na região Sul. A novidade para este ano é não utilização de aeronaves brasileiras e estrangeiras para poder fazer o treinamento estratégico dos comandantes de guerra. A informação é de que para 2013 está previsto o retorno das simulações com aviões e treinamento de pilotos de caça.
NE10/montedo.com

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