Roubo de armas: militares continuam sendo revistados diariamente em batalhão de Joinville

Soldados são revistados diariamente no 62º Batalhão de Infantaria de Joinville
A medida faz parte da operação de busca e apreensão das armas desviadas do quartel
Caroline Stinghen
Soldados são revistados diariamente no 62º Batalhão de Infantaria de Joinville Maiara Bersch/Agencia RBSÀ medida que prosseguem as investigações sobre o desvio de 47 armas de dentro do 62º Batalhão de Infantaria, em Joinville, mais restrições são adotadas pelo comando. Entre elas, revistas diárias em militares, na saída e na entrada do serviço.
A rotina do quartel está alterada desde o fim de setembro, quando militares foram chamados para o cumprimento de mandados de busca e de apreensão. O sumiço das armas foi registrado no dia 25. O problema é que, segundo soldados e cabos afirmaram para “AN”, oficiais não estariam sendo submetidos ao pente-fino.
— Os oficiais não são revistados e, se são, o procedimento é mais tranquilo —, comentou um militar. A assessoria de imprensa do 62º BI reconhece que as revistas estão ocorrendo, por questões de segurança, mas nega discriminação.

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O chefe do Estado-maior da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, Pedro Osvaldo Andrade Carolo, que atua na Capital, disse que a revista em uma unidade militar pode ser determinada pelo comando.
— É uma norma comum. Podem ser revistados carros, pessoas. Ninguém está livre disso.
Segundo ele, os dois suspeitos de participação no sumiço das armas – um soldado e um cabo responsáveis pelo setor onde elas eram guardadas – estão no 62º BI. Carolo afirma que eles confessaram o furto, mas a Justiça Militar da União, em Curitiba, não decretou prisões.
— Eles estão colaborando com as investigações. Agora, a equipe está reunindo provas —, argumentou o coronel.
Das 47 armas – segundo o comando, resultantes de apreensões e da Campanha do Desarmamento, e prestes a serem destruídas – 12 delas foram encontradas. Uma busca, no sábado, gerou confusão com a moradora de uma casa da zona Sul de Joinville, que afirma não ter envolvimento com o caso e ter tido a casa invadida.
Ela levou o caso à Polícia Civil. Segundo a assessoria do batalhão, todas as buscas têm sido autorizadas pela Justiça Militar.
A NOTÍCIA/montedo.com

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