Militares temiam invasão da Argentina
Documentos secretos revelam que Brasil não conseguiria conter um ataque no RS
O fantasma de uma possível invasão argentina assombrava as mentes dos militares brasileiros no período que antecedeu o início da 2.ª Guerra Mundial. Documentos secretos do Conselho de Segurança Nacional mostram que o governo brasileiro sabia que seria impossível impedir um ataque argentino pelo sul do País, tamanha era a fragilidade das tropas nacionais no local. Além disso, a precariedade do sistema ferroviário fazia com que o governo brasileiro tivesse a consciência de que tampouco seria possível organizar a tempo um contra-ataque contra os argentinos.
Documento de 11 de janeiro de 1938, classificado como secreto, trata dessa situação. Nele é proposta a construção de uma segunda via férrea até a região para garantir a mobilidade de transportes e, principalmente, das tropas brasileiras. “O Estado-Maior do Exército insiste pela realização desses empreendimentos, que solicita há vários anos, como imperiosamente necessários à defesa nacional”, diz o documento.
O Conselho de Segurança Nacional simula nesse trabalho a eventual evolução das tropas argentinas, caso houvesse a decisão de ataque pelo Sul. “Em cerca de 40 dias, a contar da declaração de guerra, a totalidade do exército ativo argentino estará concentrado em Corrientes e poderá invadir o Rio Grande do Sul”, diz o texto. “Em face de tais possibilidades, quais são as do Brasil?”, questiona o conselho. “Como valor, o Exército de campanha brasileiro é muito inferior ao argentino”, define categoricamente o documento.
A partir daí, descreve em tom de angústia a incapacidade do Brasil em deslocar seus efetivos em tempo hábil para reagir à invasão dos vizinhos. “Em 270 dias, depois de declarada a guerra, a Argentina poderá ter no Rio Grande do Sul 12 divisões do exército, 4 de cavalaria e outros elementos. E o Brasil só poderá ter 7 a 8 divisões de infantaria e 3 de cavalaria. Quer isso dizer que dificilmente se poderá impedir a invasão do território brasileiro”, diz o estudo. “A situação é extremamente angustiante! Metade do Estado do Rio Grande do Sul terá sido perdido.”
Outro documento secreto de 7 de julho de 1937 já tratava do problema, recusando a proposta argentina de fazer parceria com Brasil e Uruguai para a construção de uma usina hidrelétrica no Rio Uruguai. Para o Conselho de Segurança, a obra só beneficiaria os argentinos e ainda ampliaria a superioridade estratégica do vizinho. O texto também analisa a proposta sob o ponto de vista militar. “Sob esse aspecto, o empreendimento é de todo desfavorável ao Brasil. Primeiramente, a Argentina possui organização militar e meios bélicos superiores aos do Brasil”, descreve. “No caso de guerra Brasil-Argentina, o Brasil não poderá utilizar a via marítima para levar tropas ao Rio Grande do Sul. A esquadra argentina, por ser mais forte que a nossa, barrará essa via.” / M.M.
Estadão/montedo.com
MONTEDO, MUITO OPORTUNA ESTA POSTAGEM. ESSA INFORMAÇÃO VEM CORROBORAR O QUE TENHO AFIRMADO NESTE ESPAÇO: O BRASIL, HISTORICAMENTE, TEM SEUS MEIOS DE EMPREGO MILITAR DEFASADOS EM RELAÇÃO AO RESTO DOS PAÍSES DO ENTORNO. OS PACOTES DE REPOTENCIALIZAÇÃO, MODERNIZAÇÃO, ETC… SE SUCEDEM VERTIGINOSAMENTE SEM QUE HAJA UMA POLÍTICA DE ESTADO, DURADOURA, QUE MANTENHA O EXÉRCITO COM A MÍNIMA CAPACIDADE OPERACIONAL DE FAZER FRENTE ÀS HIPÓTESES DE GUERRA AVENTADAS PELO COMANDO DAS FFAA. O BRASIL, PELO QUE TENHO ACOMPANHADO AQUI NO TEU BLOG, SE RESSENTE DE ARTILHARIA EFICAZ (A NOSSA TEM UM ALCANCE MUITO CURTO), DE BLINDADOS, DE MEIOS DE COMUNICAÇÕES, DE EFETIVOS E ATÉ DE MUNIÇÃO. PARECE QUE A IMPREVIDÊNCIA, ASSIM COMO O BOM FUTEBOL, É UMA CARACTERÍSTICA DO NOSSO PAÍS. FOI ASSIM NA GUERRA DO PARAGUAI, NA GUERRA DE CANUDOS E NAS 1ª E 2ª GUERRAS MUNDIAIS. PARECE QUE SERÁ ASSIM PELOS PROXIMOS ANOS… ACHO QUE FALTAM COMANDANTES TAMBÉM….
MONTEDO DEP FEDERAL/RS 2014
BOCA-BRABA
Hoje estamos no mesmo impasse?? não com os Argentinos! mas com o mundo…não temos defesa …muito menos ataque… 1 hora de munição! fazer o que !