Aluno passa mal em treinamento para oficiais do Exército e está na UTI de hospital em Maceió
Carlos Madeiro
Um aluno do Exército está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa de Casa de Misericórdia, em Maceió, desde a última segunda-feira (23). O motivo, segundo os médicos, são problemas de saúde causados por fadiga muscular extrema durante a realização de um treinamento militar para alunos do curso de preparação de oficiais. Uma sindicância investiga se houve excesso dos instrutores.
Segundo o boletim médico, Gustavo Santos Lopes deu entrada no hospital com um quadro de rabdomiólise e está internado “com os rins paralisados, sendo o seu estado crítico, porém, estável.” O boletim não informa se há risco de morte.
De acordo com o site do Exército, a rabdomiólise é caracterizada por “danos à musculatura esquelética”, causado, normalmente, por “atividade intensa e prolongada”, podendo ser agravada com a privação de água e o calor.
“Quando isso ocorre, o conteúdo das células musculares é liberado na corrente sanguínea, o que pode ser potencialmente tóxico e ocasionar lesão nos rins e arritmias cardíacas, levando, em casos extremos, à morte”, informa o Exército.
Segundo relatos de uma pessoa próxima ao aluno, a atividade que Lopes realizou previa percorrer um trajeto de 16 km. As informações dão conta de que o aluno teria se queixado de estar exausto e sem condições físicas para continuar o treinamento.
Porém, o responsável pela operação teria mandado o aluno voltar à atividade, apesar de ele alegar o problema. O Exército não deu detalhes sobre as condições do treinamento que era realizado, nem confirmou ou negou se o aluno teria sido obrigado a seguir com a atividade.
Campanha
Em nota, o comando do Exército em Alagoas informou que já abriu uma sindicância para investigar o caso, que aconteceu por volta das 23h da segunda-feira, na fazenda Utinga Leão, no município de Rio Largo, região metropolitana de Maceió.
Aluno do NPOR (Núcleo de Preparação de Oficias da Reserva) do 59° Batalhão de Infantaria Motorizado, Lopes realizaria uma marcha a pé, conforme informou o Exército. A atividade era prevista no acampamento do período básico, mas o recruta passou mal durante o treinamento e foi conduzido ao hospital, onde foi diagnosticado o problema.
Os casos de rabdomiólise levaram a Exército a lançar uma campanha, em 2010, para controle, prevenção e tratamento da doença. Segundo o texto da campanha, é necessário “incentivo à hidratação durante as atividades físicas e orientação para que os treinandos não façam uso de complementos alimentares sem acompanhamento médico ou de um nutricionista”, afirma, ressaltando que o “exercício da liderança exige a preocupação permanente com a saúde e o bem-estar dos subordinados”.
UOL/montedo.com
Comento:
Relembrando, um aluno deste mesmo NPOR do 59 BIMtz morreu em outubro de 2010, vítima de afogamento durante um exercício. Quatro militares foram indiciados em IPM pela morte de Lemysson Rodrigues dos Santos.
Comento:
Relembrando, um aluno deste mesmo NPOR do 59 BIMtz morreu em outubro de 2010, vítima de afogamento durante um exercício. Quatro militares foram indiciados em IPM pela morte de Lemysson Rodrigues dos Santos.
QUATRO MILITARES SÃO INDICIADOS PELA MORTE DE ALUNO DO NPOR EM ALAGOAS. ALUNO CONTA COMO ACONTECEU
Caro Montedo,
as FFAA não estão estudando o reajuste? deveriam repassar para este Senadores que estão interessados. Talvez, com o "estudo" das FFAA, economize tempo para os Senadores.
Plublico trecho da Audiência Pública realizada ,hoje, 26/abr , onde o MD foi sabatinado em relação ao tema Defesa Nacional :
Passo a palavra aos Srs. Senadores que desejam fazer algumas colocações.
Inicio com S. Exª o Senador Aloysio Nunes Ferreira.
V. Exª tem a palavra.
O SR. ALOYSIO NUNES FERREIRA (Bloco/PSDB – SP) – Sr. Presidente, meus prezados Colegas, Embaixador Celso Amorim, a quem saúdo pela presença aqui na Comissão, mais uma vez, assim como a presença dos comandantes das Forças, do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, do ex-Deputado José Genoíno, que integra a assessoria de V. Exª e quando deputado foi um dos primeiros políticos de esquerda a se interessar vivamente, a ressaltar a importância da defesa nacional.
Vou, Sr. Ministro, me restringir a uma questão sordidamente material que é o orçamento. Foi um tema que abordei quando discuti da tribuna do Senado uma medida provisória que continha uma série de estímulos à indústria nacional de defesa. Tem razão V. Exª quando diz que o orçamento oscila um pouco mais alto, um pouco mais baixo, mas sempre num nível muito aquém das necessidades da defesa do nosso País, face inclusive aos desafios do mundo moderno que V. Exª tão bem ressaltou. Mais ainda, há participação ou parcela muito reduzida destinada a investimentos. No que diz respeito à remuneração de pessoal, se compararmos à remuneração dos nossos militares, as pessoas que têm nível mais ou menos equivalente de formação e de responsabilidade
mais ou menos o equivalente de formação e de responsabilidade em outros Poderes e, até mesmo em alguns casos, no Executivo, a posição dos nossos militares é muito detrimentosa.
Fico feliz em ouvir de V. Exª que há esforço e sensibilidade da Presidente para esse tema.
Mas, em relação ao orçamento, Sr. Ministro, não me consta que tenha havido corte por parte do Congresso Nacional em relação às propostas orçamentárias encaminhadas pela Presidente da República. Eu creio que é efetivamente um problema do Poder Executivo, definição de prioridades do Poder Executivo.
E, aqui, a nossa Comissão de Relações Exteriores do Senado tem sido sempre muito solícita em relação à defesa, como tem que ser, pela importância do tema. Nós temos sido acompanhados inclusive por assessores do Ministério da Defesa e das Forças, que sempre nos dão as informações necessárias prontamente, quando solicitadas. As emendas parlamentares originárias da nossa
Passo a palavra agora a S. Exª o Senador Roberto Requião;
Outro fato que me leva a intervir nesta reunião surge de uma conversa minha, há pouco, indisciplinadamente, com o Senador Aloysio, que é o problema da miserável remuneração das Forças Armadas brasileiras.
O Senador Aloysio me dizia: “Requião, o Senado está abrindo concurso, agora. E um médico recém-formado que entra pelo concurso do Senado inicia a sua carreira com R$18 mil. Quanto ganha um general do Exército? Como anda a remuneração das Forças Armadas?
Para termos uma opinião definitiva sobre isso, a informação é fundamental. Não pode existir decisão, nem podemos influir em nada sem termos uma informação correta.
Então, a minha sugestão a V. Exª e ao Senador Fernando Collor é de que realizemos uma audiência, aqui nesta comissão, para tratar desse assunto, perscrutar a fundo a estrutura de remuneração das Forças Armadas e, por exemplo, compará-la com as remunerações desse mágico Senado Federal, onde um policial, se não me engano, começa também com R$18 mil, que talvez não seja o salário final de um general do Exército. Essas informações são importantes.
A matéria completa está à disposição na Agência Senado .