MILITARES, MILITANTES, MELANCIAS E MELIANTES

Jorge Serrão

O conceito correto é impositivo, para o desenvolvimento do raciocínio, com base na realidade universal permanente, que é a verdade concreta e objetiva. Sem conceitos adequados a inteligência é estéril. De nada vale a informação e o conhecimento, se não forem usados adequadamente, com sabedoria. Não podemos viver, historicamente, nos erros, que são a opinião, ação ou omissão contrárias à verdade.
As Forças Armadas são a primeira instituição de uma Nação. Os militares são os garantidores do território. Cuidam da defesa incondicional da Pátria – conceito que o globalitarismo tenta violentar sistematicamente. Na paz ou na guerra, os militares devem defender nossa terra contra o inimigo real – que têm o dever e obrigação de conhecer. Em exércitos adestrados e adequadamente equipados, os militares cumprem o papel de assegurar a soberania, a liberdade e a democracia.
Militares não podem ser confundidos com melancias. O papel destes últimos é se travestir de membros das Forças Armadas. Parecem verde-oliva por fora. Mas se comportam, por dentro, como oportunistas vermelhos. Melancias agem como perjuros da Pátria. Servem a si mesmos. Ou se servem do naco de poder oferecido pelos ocupantes eventuais do poder. Felizmente, os melancias são minorias. O tempo deles é efêmero. Apodrecem em pouco tempo.
Melancias ganham poder quando se aliam aos meliantes. O papel destes últimos é usurpar o poder estatal. Para eles,o ideal é usar a fantasia de militantes políticos. Fingem ser sujeitos que defendem ou praticam uma ideologia. Na verdade, isto é apenas uma máscara para usarem e abusarem do poder, locupletando-se. Eles formam a fina nata do Governo do Crime Organizado – é a associação entre criminosos e servidores públicos. Sem a proteção (e parceria) do Estado o crime não se organiza.
Melancias e meliantes disfarçados de militantes formaram uma aliança contra a Democracia e o Direito à informação livre e transparente. Só isto explica o fato de o Ministério da Defesa destacar ontem que tem a mesma posição que o governo a respeito da Lei de Acesso à Informação Pública. A turma do MD, comandada pelo genérico peeemedebista Nelson Jobim, mandou avisar que seguirá o que for decidido pela presidenta Dilma Rousseff. Vende-se a informação que as Forças Armadas e o Itamaraty também se colocaram contra a definição de um limite para o fim do sigilo.
Em 2009, o governo encaminhou para o Congresso um projeto que permitia o sigilo por tempo indeterminado de documentos classificados como ultrassecretos. Porém, quando houve a mudança na Câmara dos Deputados para impedir que isso ocorresse, o Planalto não apresentou objeções. O mesmo aconteceu quando o assunto foi votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Agora, tudo muda de figura. Defende-se o segredo permanente. Tudo por pressão de dois senadores e ex-Presidentes da República, apenas por acaso também aliadíssimos do governo petralha: José Sarney e Fernando Collor de Mello.
O que tal facção defende é uma explícita e inconstitucional censura histórica. Nada custa perguntar: Será que os militares de verdade – e não os melancias – realmente defendem tal monstrengo? Será que os militares se esquecem de que a nefanda censura, adotada no governo dos presidentes generais, foi justamente a causadora da desinformação histórica que transformou meliantes ideológicos em supostos heróis hoje usando e abusando do poder da União das Repúblicas Socialistas do Brazil – um exemplo sórdido de País capimunista, comandado pela estrutura do Crime Organizado?
Tomara que os militares não caiam em tal armadilha gerada por aqueles que não têm qualquer compromisso com a democracia, a transparência e a liberdade. Se caírem,sem trocadilho infame, o azar será generalizado.

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