Há aproximadamente 04 anos atrás, ou seja, em 2007, estava eu em uma sala de aula na condição de aluno do segundo ano do curso de Direito. Em uma dada aula um amigo de turma, diga-se de passagem, como um raciocínio privilegiado e muito dedicado nos seus afazeres, tendo uma visão de mundo com viés marxista, sempre se manifestando pela luta do proletariado contra a burguesia, expressou a opinião de que as tropas brasileiras no Haiti não passavam de joguete, longa manus, dos imperialistas norte-americanos e que estavam, com expressiva violência, invadindo e prejudicando a soberania e identidade daquela Nação já tão frágil. Tendo ouvido atentamente tal amigo, que, além dos atributos citados, sempre teve uma boa retórica, vi-me na obrigação de intervir, visto que sendo militar e tendo ouvido relatos de amigos de farda que a pouco haviam retornado da “missão de paz no Haiti”. Esclareci ao amigo que, na minha visão, até poderia acreditar sim haver interesses políticos e econômicos por trás da ocupação do Haiti por tropas internacionais (o Brasil é apenas um dos que lá se fazem presentes, contudo, é o nosso país quem está no comando da missão de pacificação e estabilização), visto estarmos sob o comando supremo de ocupante da cadeira de Presidente da República, ou seja, cargo eminentemente político, mas, o que realmente estava guiando as tropas brasileiras eram a empatia e solidariedade de nosso povo (sim, nós, homens e mulheres de farda somos uma parcela do povo brasileiro), lá estavam cumprindo sua missão com humanidade e respeito aos irmãos haitianos. Ainda pontue que seria ingenuidade pensar que, havendo intervenção de tropa militar, não haveria derramamento de sangue, mas que temos exímios especialistas em combate, prontos para, sendo necessário e imprescindível, eliminar inimigos visando o bem maior daquela população. Vendo agora o vídeo, mesmo que queiram dizer que fora produzido por militares para exaltar sua participação na missão de estabilização do Haiti, não há como negar que a missão é executada nobremente por homens e mulheres. Basta ouvir criticamente os relatos dos comandantes e mais ainda o relato de empatia do sargento, o qual é Comandos (explicando de maneira curta e direta para quem não é do metiê, o Comandos é o especialista em eliminar inimigos, tendo uma formação extremamente dura), ou seja, dele poder-se-ia ter o estereótipo de pessoa dura que só pensa na morte do inimigo, mas pelo que se vê é o oposto, visto que o que fica nítido na fala é a preocupação em apoiar os necessitados. Por tanto, só tenho a reafirmar a minha convicção de que é e será muito importante para o povo haitiano a participação das tropas brasileiras na estabilização do Haiti. Lembrando que somos queridos por aquele povo, com o qual temos muitos pontos em comum. Abraços!! Rogério Henrique Felix da Silva – CFS Int 99; Direito 2011
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Há aproximadamente 04 anos atrás, ou seja, em 2007, estava eu em uma sala de aula na condição de aluno do segundo ano do curso de Direito. Em uma dada aula um amigo de turma, diga-se de passagem, como um raciocínio privilegiado e muito dedicado nos seus afazeres, tendo uma visão de mundo com viés marxista, sempre se manifestando pela luta do proletariado contra a burguesia, expressou a opinião de que as tropas brasileiras no Haiti não passavam de joguete, longa manus, dos imperialistas norte-americanos e que estavam, com expressiva violência, invadindo e prejudicando a soberania e identidade daquela Nação já tão frágil.
Tendo ouvido atentamente tal amigo, que, além dos atributos citados, sempre teve uma boa retórica, vi-me na obrigação de intervir, visto que sendo militar e tendo ouvido relatos de amigos de farda que a pouco haviam retornado da “missão de paz no Haiti”.
Esclareci ao amigo que, na minha visão, até poderia acreditar sim haver interesses políticos e econômicos por trás da ocupação do Haiti por tropas internacionais (o Brasil é apenas um dos que lá se fazem presentes, contudo, é o nosso país quem está no comando da missão de pacificação e estabilização), visto estarmos sob o comando supremo de ocupante da cadeira de Presidente da República, ou seja, cargo eminentemente político, mas, o que realmente estava guiando as tropas brasileiras eram a empatia e solidariedade de nosso povo (sim, nós, homens e mulheres de farda somos uma parcela do povo brasileiro), lá estavam cumprindo sua missão com humanidade e respeito aos irmãos haitianos.
Ainda pontue que seria ingenuidade pensar que, havendo intervenção de tropa militar, não haveria derramamento de sangue, mas que temos exímios especialistas em combate, prontos para, sendo necessário e imprescindível, eliminar inimigos visando o bem maior daquela população.
Vendo agora o vídeo, mesmo que queiram dizer que fora produzido por militares para exaltar sua participação na missão de estabilização do Haiti, não há como negar que a missão é executada nobremente por homens e mulheres. Basta ouvir criticamente os relatos dos comandantes e mais ainda o relato de empatia do sargento, o qual é Comandos (explicando de maneira curta e direta para quem não é do metiê, o Comandos é o especialista em eliminar inimigos, tendo uma formação extremamente dura), ou seja, dele poder-se-ia ter o estereótipo de pessoa dura que só pensa na morte do inimigo, mas pelo que se vê é o oposto, visto que o que fica nítido na fala é a preocupação em apoiar os necessitados.
Por tanto, só tenho a reafirmar a minha convicção de que é e será muito importante para o povo haitiano a participação das tropas brasileiras na estabilização do Haiti. Lembrando que somos queridos por aquele povo, com o qual temos muitos pontos em comum.
Abraços!!
Rogério Henrique Felix da Silva – CFS Int 99; Direito 2011