EM SOLENIDADE, NOVOS GENERAIS NÃO PRESTAM CONTINÊNCIA À EX-GUERRILHEIRA DILMA ROUSSEFF

Em solenidade militar, Dilma diz que País corrigiu seus caminhos
Presidenta participou de evento em que foram promovidos 70 oficiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
Em sua primeira solenidade de promoção de oficiais das Forças Armadas, a presidenta Dilma Rousseff ignorou hoje o debate sobre violações aos direitos humanos nos anos do regime militar (1964-1985) e não permitiu imagens do momento em que recebeu as insígnias da Ordem da Defesa, maior comenda da área. Durante a solenidade, realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto, os promovidos evitaram bater continência à presidenta e ex-presa política, limitando-se a apertar as mãos dos oficiais. A prática da continência ao chefe supremo das Forças Armadas era comum nas solenidades organizadas pelo cerimonial do palácio.
Foto: AE

A prática da continência ao chefe supremo das Forças Armadas não aconteceu

Num discurso lido, ela fez um afago aos militares rebatendo as críticas aos gastos com defesa. A presidenta, porém, não comentou a sua decisão de cortar recursos da área militar e adiar a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). “Em um País socialmente desigual como o Brasil, poderia parecer tentadora a noção de que a modernização e dimensionamento das Forças Armadas constituiriam esforço ocioso e prejudicial ao investimento em outros setores prioritários”, afirmou. “Isso é um grande engano”, completou. “O certo é que a defesa não pode ser considerada um elemento menor na agenda nacional”.


Sobre arquivos da ditadura, Dilma responde: ‘Parabéns pra vocês’
No evento da manhã desta terça, em que promoveu 70 oficiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, Dilma repetiu discursos de outros presidentes do período pós-ditadura ao ressaltar, de forma genérica, a “evolução democrática” das Forças Armadas e do País. Ela disse que o Brasil “corrigiu seus próprios caminhos” e alcançou uma “maturidade institucional”. No discurso, ela também ressaltou o “profissionalismo” e a “dedicação” dos militares, destacando ainda a “importância” das Forças Armadas para garantia da defesa dos campos de exploração do pré-sal.
Ao final da solenidade, a presidente evitou falar com jornalistas, que estavam numa área afastada do palco da cerimônia. A uma pergunta sobre os arquivos da repressão mantidos em sigilo pelas Forças Armadas, Dilma respondeu: “Parabéns pra você”.
AGÊNCIA ESTADO

Uma resposta

  1. Ao ouvir o seu nome, o Oficial-General que se encontra no local de espera 2 (dois), acompanhado da esposa, desloca-se em direção ao Senhor Presidente da República, até a distância de um passo, apresenta-se e aguarda o cumprimento (aperto de mão) do Presidente da República. Em seguida, apresenta sua esposa que recebe o cumprimento do Presidente da República (aperto de mão). A esposa e o Oficial-General cumprimentam a Primeira-Dama (aperto de mão), o Vice-Presidente da República (aperto de mão), o Ministro da Defesa (aperto de mão), retornam aos seus lugares no dispositivo inicial e sentam-se.

    Obs:
    (…)
    -Durante a apresentação, o Oficial-General não presta a continência individual, apenas declina o posto e o nome de guerra”.

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