ROUBOS DE ARMAS E MUNIÇÕES TIRAM O SONO DOS MILITARES

Justiça apura destino de 2.000 munições roubadas da Aeronáutica no RJ
A Justiça Militar apura qual foi o destino de 2.000 munições para pistola calibre 9 mm, que foram roubadas em fevereiro, na sede do 3º Comando Aéreo Regional (3º Comar) no Centro do Rio de Janeiro. Meses depois, em setembro, um soldado acabou sendo denunciado pelo crime, mas ainda não ficou esclarecido o motivo do roubo, nem a finalidade e destino das balas.
Segundo a denúncia, o militar falsificou um documento de requisição do material e, posteriormente, roubou as munições, que estavam avaliadas em R$ 1.240. A próxima audiência do caso está marcada para fevereiro de 2011. 
Assim como este caso, o Ministério Público Militar abriu outros inquéritos para apurar o desvio de armas ou peças de armamentos de quartéis no Rio nos últimos anos. Algumas das investigações resultaram em denúncias, condenações e outras foram arquivadas.
O arsenal de Forças Armadas tem sido alvo constante de traficantes de drogas. No último domingo (12), bandidos armados invadiram a sede da 26ª Brigada Paraquedista do Exército, em Deodoro, na zona norte, e tentaram roubar o fuzil de um sentinela. O militar reagiu e foi baleado. Os bandidos fugiram mas não conseguiram levar a arma.
Em julho, o Ministério Público Militar denunciou dois cabos da mesma brigada paraquedista pelo furto de um fuzil no dia 2 de dezembro do ano passado. Existe a suspeita de que a dupla pretendia repassar a arma para traficantes. 
Na época, o Exército, com o apoio da Polícia Civil, fez uma operação no morro da Pedreira, em Costa Barros, na zona norte, para recuperar o fuzil. Houve troca de tiros e a arma foi recuperada na casa de um dos envolvidos.
Curiosamente, na mesma época, um outro fuzil foi roubado do Centro de Instrução Paraquedista. Durante a ação, dois militares agrediram um colega de quartel com golpes de barra de ferro na cabeça e levaram a arma. 
As investigações indicaram que eles pretendiam vender o fuzil por R$ 30 mil a traficantes do morro Faz Quem Quer, em Turiaçu, na zona norte. 
Pelo crime, um dos militares foi condenado em julho a 22 anos e seis meses de prisão. Já o seu comparsa, pegou 18 anos de detenção.
Investigações arquivadas
Outras investigações sobre desvio de armas foram arquivadas porque não conseguiram chegar aos autores. Um dos casos que chegou ao fim sem punição foi o sumiço de quatro coletes balísticos camuflados do 57º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército em 10 de julho do ano passado. O material é de grande interesse de traficantes.
Segundo o Ministério Público Militar, as investigações não concluíram como se deu o extravio do material e se houve prática criminosa. De acordo com o órgão, não foram encontrados indícios claros de que possa ter havido furto ou apropriação indébita.
Um outro inquérito que também foi arquivado por não achar culpados foi o do extravio de seis lunetas de pontaria para tiro de fuzil calibre 762 e de dez carregadores da mesma arma, também do mesmo batalhão. O inquérito foi aberto em abril de 2009 e finalizado quatro meses depois, sem solução.
Ainda está em andamento uma investigação que apura o sumiço de uma pistola e dois carregadores, com dez projéteis cada, ocorrido em 2008, na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Quatro pessoas foram indiciadas.
R7

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