Se a eleição for decidida no primeiro turno, projetos bilionários sairão da gaveta. A começar pela compra dos caças
Quem deu a senha foi o ministro da Defesa, Nelson Jobim, no desfile de 7 de Setembro. “Depois das eleições, o presidente vai decidir o assunto dos caças”, disse ele. É uma encomenda de R$ 7 bilhões, que tem como favorita a francesa Dassault, que produz os aviões Rafale – contra ela concorrem os suecos da Saab e os americanos da Boeing.
O Ministério da Defesa pretende encaminhar outro assunto polêmico: a concessão dos aeroportos à iniciativa privada.Na Fazenda, os técnicos também trabalham em medidas que serão anunciadas a partir de outubro.
O ministro Guido Mantega quer apresentar um plano para estimular os bancos privados a oferecer empréstimos de longo prazo, hoje a cargo principalmente do BNDES.
O governo quer ainda estimular o mercado de capitais, com o fortalecimento de um mercado secundário de debêntures. O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, por sua vez, pretende tirar do papel as medidas de estímulo às exportações, anunciadas no começo do ano.
No Congresso, as prioridades são as novas leis das agências reguladoras e do petróleo, nas quais ainda falta aprovar a mudança para o sistema de concessão para partilha, nas reservas do pré-sal.
O líder do governo, Cândido Vacarezza, prevê um fim de ano com decisões relevantes. “O governo não acabou e vamos tentar garantir as votações”, disse à DINHEIRO.