HAITI: MANDATO DA MINUSTAH DEVE SER PRORROGADO

O mandato anual da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), iniciada em 2004, acaba em outubro. Para o diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Duarte, é bem provável que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) amplie, por mais um ano, o mandato da missão, cuja força militar é comandada pelo Brasil.
De acordo com Duarte, o terremoto ocorrido em janeiro deste ano que devastou Porto Príncipe, capital haitiana, e matou milhares de pessoas, entre elas soldados brasileiros da força de paz, tornou o papel da missão ainda mais importante. Depois da catástrofe, segundo ele, além de focar na segurança do país, a Minustah passou a ter um papel mais ativo na cooperação com as autoridades haitianas na reconstrução do país.
Duarte acredita que as eleições presidenciais no Haiti, previstas para novembro, e a futura mudança de governo no país não devem prejudicar o mandato da Minustah, cuja força militar é coordenada pelo Brasil. Até porque, segundo o diplomata, ainda não há certeza se a eleição ocorrerá mesmo na data prevista.
“Essa questão das eleições lá ainda não está definida. Inclusive, em função do terremoto, é possível que as eleições sejam adiadas por alguns meses. O trabalho que tem sido feito pela Minustah tem sido reconhecido internamente e internacionalmente. Não acreditamos que, por enquanto, seja conveniente uma alteração muito fundamental no mandato da Minustah, a ser considerado em outubro”, disse.
O Brasil mantém 2.190 militares no país caribenho, dos quais 250 são homens do corpo de engenharia, que estão trabalhando em projetos de construção de estradas e de poços artesianos para a população haitiana.

3 respostas

  1. Não sou general de pijama nem sem ele mas questiono uma coisa 🙂 :

    250 homens ante uma catástrofe desta magnitude não é muitíssimo pouco? Ou os americanos têm maior número nesta área em específico?

    250 homens para as imagens e reportagens que nos chegam faz-nos pensar que levarão décadas então para se reconstruir alguma coisa.

    Não há algo equivocado? São realmente estes os números?

    Defourt

  2. Esses 250 compõem a BRAENGCOY, uma companhia de Engenharia reforçada, que faz um trabalho incansável na reconstrução de pontes, conservação de estradas, etc.
    Entretanto, eles não realizam tarefas de engenharia na forma mais comum que conhecemos, de reconstrução de edifícações. Isso é feito por civis, gerenciados ONU e coordenados pela chefia civil da MINUSTAH.

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