Ex- Combatentes da II Guerra Mundial recebem homenagem no Congresso Nacional

A Força Aérea Brasileira participou da Segunda Guerra Mundial por meio do envio à Itália do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), que lutou pela libertação daquele país. No Brasil, aeronaves da FAB ficaram responsáveis pela vigilância da costa brasileira.
A sessão solene foi coordenada pela Frente Parlamentar Mista de Revalorização Histórica da Força Expedicionária Brasileira, cujos objetivos são homenagear a memória daqueles que tombaram em combate durante a II Guerra Mundial e lutar pela valorização do soldado brasileiro e das Forças Armadas.

“A data é muito importante para nós, pois do efetivo da Força Expedicionária Brasileira (FEB) convocada para ir à Itália, 80% não tinha nem o curso primário. Foram as pessoas mais modestas deste país que participaram efetivamente do conflito. E em termos de guerra, o resultado mais positivo alcançado proporcionalmente foi o dos brasileiros”, afirma o Capitão Divaldo Medrado, representante dos pracinhas na sessão.
A solenidade foi encerrada com a execução da Canção do Expedicionário.
Histórias
O encontro dos ex-pracinhas foi também um momento de relembrar as diversas histórias vivenciadas no front, como a do veterano Vinicius Vênus Gomes da Silva, 85 anos. Na época com 19 anos, o ex-pracinha servia na então Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, no Rio de janeiro. “Eu estava fazendo o curso para Cabo naquela ocasião e quando perguntaram quem gostaria de ir para o conflito defender o Brasil eu logo me coloquei à disposição. Depois dos exames médicos, segui para servir na equipe de saúde no primeiro grupo de caça”, recorda-se o ex-pracinha.
Uma das lembranças que não se apagam da memória do veterano de guerra é a de um companheiro atingido por uma granada.
“Em determinada ocasião fui visitar um outro hospital perto do nosso no qual se atendia ex-combatentes. Havia vários feridos de guerra e encontrei um companheiro alvejado por uma granada. Os estilhaços deceparam seus membros inferiores e superiores. Além disso ele ficou cego. Esse foi o fato que mais chocou na minha vida de combatente. Lembro-me daquela situação em que a todo momento ele pedia que lhe tirassem a vida”, explica.
“Minha mulher brinca comigo dizendo que o inimigo era muito ruim de tiro.”
Fonte: CECOMSAER