Em Berlim, foi apresentado um estudo indicando que os conflitos atuais não podem ser resolvidos através da atuação militar.
O relatório indica que situações como a do Congo e do Sudão são mal interpretadas, pois são encaradas como conflitos essencialmente militares.
Também é semelhante o quadro no Paquistão e Afeganistão.
O professor Jochen Hippler, do Instituto de Desenvolvimento e Paz diz que “A fraqueza ou a ausência total de instituições estatais e o afundamento dos mecanismos de regulação social deixam um vazio que o talibã e outros rebeldes aproveitam”, e que o envio de mais tropas ao Afeganistão “para defender o Estado não acabará com a guerra”.
“Esse Estado quase não está presente nas zonas rurais, tem pouco a oferecer aos cidadãos e é rejeitado, porque a população o considera repressivo, inoperante ou corrupto”, diz.
Segundo os especialistas, o objetivo deve ser criar instituições estatais fortes, efetivas e próximas aos cidadãos.
Já o conflito entre palestinos e israelenses requer um maior compromisso europeu para encontrar soluções para a Faixa de Gaza.
Isso passsa por um sinal claro do mundo ocidental de que um governo palestino de união terá reconhecimento, desde que deixe de preconizar a violência contra Israel.
Por outro lado, as relações do continente europeu com Israel só devem ser estreitadas se o país acabar com os assentamentos e com o muro da Cisjordânia.
Face as suspeitas de crimes cometidos nos conflitos em GAza, o relatório classifica como “inadmissível” a remessa de armas da Alemanha para Israel, enquanto não for autorizada “uma investigação independente”