Soldados camaroneses da missão de paz da ONU patrulham vilarejo em Bedaya, na República Centro-Africana (Charles Bouessel/AFP) |
LAÍS ALEGRETTI e GUSTAVO URIBE
DE BRASÍLIA
O presidente Michel Temer afirmou que é “muito provável” que o governo envie militares do Brasil à missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) na República Centro-Africana.
Apesar da disposição das Forças Armadas de preparar 750 militares para atuar no país africano, há resistência de integrantes do governo —da área econômica e também de fora dela— devido ao custo da operação em um momento de crise fiscal.
O valor previsto pela cúpula militar é de R$ 400 milhões, considerando a preparação e o custo de operação por um ano, disse um membro do governo que participa das negociações. Parte do valor é reembolsada pela ONU.
“Nós estamos finalizando isso aí e examinando. Muito provavelmente, sim. Porque o Brasil tem uma presença muito bem vista e querida nas missões de paz de que participou. Então, é muito provável que eu mande para lá”, afirmou Temer à Folha.
O envio dos militares à República Centro-Africana depende, agora, da decisão do presidente de pedir uma autorização ao Congresso. Em sessão conjunta, deputados e senadores precisam aprovar a entrada na operação.
De um lado, integrantes do Ministério da Defesa defendem a importância de o Brasil participar de missões de paz como forma de se aproximar de outros países.
Os militares participantes, além de adquirir experiência na missão, têm direito a remuneração em dólar.
De outro lado, auxiliares do presidente e membros da área econômica argumentam que, em momento de crise fiscal, será difícil argumentar a favor do envio das tropas. Também pesam contra, de acordo com eles, as crises de segurança pública, como a do Rio, que têm contado com o reforço dos militares.
GUERRA CIVIL
Desde 2012, a República Centro-Africana enfrenta uma guerra civil que envolve mais de dez grupos armados com diferentes motivações políticas e religiosas, de acordo com a ONU.
Em novembro, o secretário-geral da organização, António Guterres, convidou oficialmente o Brasil a participar da missão de paz. Na época, a expectativa era a de que os primeiros soldados chegassem em março.
O convite ocorreu após o fim da missão da ONU no Haiti, comandada pelo Brasil, que durou 13 anos.
Procurados pela reportagem, os ministérios da Defesa, da Fazenda e do Planejamento não quiseram comentar o assunto e informar o custo da operação. O Itamaraty informou que “ainda estuda a participação do Brasil em missões de paz”.
FOLHA/montedo.com
9 respostas
Sou voluntário….
Vá com Deus…
Também sou voluntário!
Não vai, se fosse bom não mandavam brasileiros assim de arrancada.
Tem que enviar os Excelentes militares que servem a anos nas Diretorias em Brasília (Dcem, Dgp, D Sau, Colog … etc pois sempre falam que tais militares são os melhores profissionais do EB então nada melhor e oportuno para os melhores profissionais colocar em prática todos os conhecimentos obtidos nos diversos cursos e viagens que fizeram somente porque serviam EM BRASÍLIA. VAMOS COLOCAR ESSES PEIXES PRA FORA DO AQUÁRIO. VERGONHOSO.
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Na Marinha também tá cheio disso. Militares de 8h as 16 h. Marinha de prédio.
Inicialmente mandarão só os buchas…depois que tiver paz mandarão os peixes
Camarada anônimo 21 JAN 18. concordo plenamente! ST Mat Bel Turma 1995.
Missão de alto risco, por isso a cautela de certos setores do Governo. Nada a ver com economia e sim com alta probabilidade de retorno de militares em sacos de despojos. Não querem comprometer o Governo em ano eleitoral.