Laudo do IML aponta que soldado morto em batalhão do Exército em Manaus não sofreu tortura

Jonatha Correa Pantoja saiu do município de Borba para servir ao Exército em Manaus. — Foto: Arquivo Pessoal

Familiares realizaram protesto denunciando agressões identificadas no corpo da vítima. Jovem foi encontrado morto com tiro no peito durante serviço.

G1 AM
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre a morte do soldado Jhonatha Correa Pantoja, de 18 anos, aponta que não foram identificadas lesões de suposta agressão física, denunciadas pela família. Ele foi encontrado morto com um tiro no peito no dia 3 de agosto, dentro do 7° Batalhão de Polícia do Exército.
Familiares realizaram um protesto em frente ao local onde o jovem foi encontrado morto cobrando Justiça e denunciando que ele teria sido assassinado. Jhonatha saiu do município de Borba, no interior do Amazonas, no ano passado, para servir à forças armadas na capital.
A Secretaria de Segurança Pública informou, por meio de nota, que a forma como o corpo foi recebido está documentada em fotografias e as imagens divulgadas pela família foram retiradas quando o corpo já tinha deixado as dependências do IML.
O tio de Jhonatha, Valdionor Maciel, declarou à Rede Amazônica que o laudo não explica com clareza a situação. Ele contesta que o documento não fala sobre os hematomas, as escoriações e os machucados encontrados por familiares na cabeça do Jhonatha, nem de perfurações.
“É um laudo inconclusivo. O legista fez a autopsia da parte interna. Ele não fez da parte externa, verificando os machucados. […] A família não aceita. Queremos um laudo transparente. O exército não deu nenhum tipo de assistência, aí eles mandam nota dizendo que tão dando. Quando foi ontem, que saiu a matéria, já ligou pra minha prima uma psicóloga, querendo conversar. Por que só agora depois de um mês?”, desabafou.
O laudo aponta que o soldado morreu por anemia aguda hemorrágica, por conta do tiro que o atingiu no peito. O Comando Militar da Amazônia informou, por meio de nota, que o encarregado do Inquérito Policial Militar (IPM) já recebeu o laudo do Instituto Médico Legal.
“Este laudo será uma das peças que compõem o IPM, que é um processo sigiloso, conforme determinação legal. A conclusão do IPM está dentro do prazo de 40 dias, prorrogáveis por mais 20 dias”, diz.
Ainda conforme o CMA, a família do soldado constituiu um advogado o que possibilita o acesso às informações do processo.
G1/montedo.com

4 respostas

  1. Existe uma mania de acusar sem provas e ainda tem comentaristas idiotas, que metem o pau na Instituição. Vermelhinhos úteis e descartaveis na hora do caviar.

  2. Agora o tio da vítima sabe mais que o legista. Será que é oficial de academia, para saber tanto assim? Agora vão chorar por perder a oportunidade de ganhar dinheiro fácil. De nada adiantou buzinaço de moto, onde ninguém usava capacete.

  3. Aos Anonimos no 8 de setembro de 2020 a partir do 11:45 e no 8 de setembro de 2020 a partir do 12:37

    Tomara que vocês ou o filho de vocês nunca sejam vítimas desta instituição “incorruptível” altamente “transparente”, a qual possui oficiais altamente sérios e que jamais fazem ou fizeram algum mal a qualquer subordinado. Nem tudo é dinheiro meus caros, principalmente quando estamos falando de uma vida.

  4. Fica um alerta aos “lobinhos ” de serviço ( Cmt Gd, Sgt dia etc) Não toquem no corpo (caso algo semelhante venha a acontecer no seu serviço) Tendo a oportunidade fotografe toda a cena e quaisquer detalhes que julgue importante (pelamordeDeus não exponha as fotos em rede social) Afaste os curiosos e isole o local. Alguns advogados se aproveitam da fragilidade das familias num momento desse e tentam colocar a culpa no EB que vai tentar transferi-la para outros. Boa sorte e que nunca se deparem com uma cena dessa mas se acontecer fica a dica. Sawubona

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