Tenente do Exército suspeito de feminicídio é encontrado morto dentro de cela na Escola de Sargento das Armas

Professora morta enquanto dormia evitou denunciar ex para não atrapalhar promoção dele no Exército — Foto: Reprodução / Redes Sociais

 

Militar é suspeito de matar a ex-esposa, Luciana Sodré Pereira, em Elói Mendes, na madrugada do dia 3 de julho. Segundo nota enviada pela ESA, Gunther Morais estava sozinho na cela.

Por g1 Sul de Minas

Três Corações (MG) – O tenente do Exército Gunther Morais, suspeito de matar a ex-esposa Luciana Sodré Pereira, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (29) na cela em que estava preso na Escola de Sargento das Armas de Três Corações (MG). O crime aconteceu na madrugada do dia 3 de julho, em Elói Mendes (MG).

Segundo nota enviada pela ESA, Gunther estava sozinho na cela. Na semana passada, ele havia sido indiciado por homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio contra o próprio filho, que dormia com a mãe, na hora do crime.

Um inquérito policial militar foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte de Gunther. A Polícia Civil foi informada sobre o ocorrido, uma vez que o militar estava sob custódia do Exército, à disposição da Justiça.

O crime
Luciana Sodré Pereira Morais, de 50 anos, foi morta com um tiro na cabeça enquanto dormia na madrugada de quarta-feira (3). O principal suspeito do crime é Gunther Morais, de 52 anos, que é militar da Escola de Sargento das Armas (EsSA), em Três Corações (MG).

A professora estava em processo de separação do ex-companheiro desde fevereiro. Segundo a Polícia Civil, ela vinha sofrendo ameaças e chegou a passar por episódios de violência nos últimos tempos. O suspeito foi preso, mas negou o crime.

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, familiares e vizinhos disseram que a mulher já vinha sendo ameaçada pelo ex-marido, com quem estava em processo de separação desde fevereiro. No entanto, ela não tinha uma medida protetiva contra ele.

Familiares disseram que, recentemente, Luciana foi amarrada e jogada no porta-malas de um carro por Gunther, que a ameaçou com uma arma, dizendo que caso se separasse, ele iria matá-la.

A mulher foi orientada pelos policiais e por vizinhos e familiares a prestar queixa e registrar um boletim de ocorrência, mas disse que não faria, pois estava com medo e não queria prejudicar a promoção do ex-companheiro, já que a renda familiar e os estudos do filho mais velho, que queria cursar medicina, dependiam disso. Leia mais.

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