Bolsonaro escolhe general para chefiar novo comitê do coronavírus

General Braga Netto

Ministro Braga Netto será responsável por articular a ação governamental e o assessoramento ao presidente sobre desdobramentos da pandemia

Redação, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro criou um comitê para supervisão e monitoramento da crise provocada pela pandemia no coronavírus no País, conforme decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 16. Ele escolheu o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, empossado em fevereiro, para coordenar o grupo.
Com passagem por Timor Leste, como observador militar da ONU, e pela coordenação da segurança das Olimpíadas do Rio, Braga Netto foi chefe do Estado-Maior do Exército até o início de fevereiro. O general virou ministro para, segundo Bolsonaro disse no dia da posse, “fortalecer a relação” com o Congresso. Ele substituiu Onyx Lorenzoni, que foi mandado para o Ministério da Cidadania no lugar de Osmar Terra.
A forma como Bolsonaro está lidando com a epidemia do coronavírus tem gerado críticas. No domingo, o presidente ignorou as recomendações dos seus médicos, de permanecer em isolamento após ter tido contato com ao menos 13 pessoas que tiveram resultado positivo para covid-19, e do Ministério da Saúde, de evitar aglomerações de pessoas, e passou mais de uma hora cumprimentando pelo menos 272 apoiadores que se juntaram em frente ao Palácio do Planalto.
O comitê do coronavírus terá um total de 22 membros. Serão 17 ministros, além dos presidentes da Caixa, do Banco do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também haverá uma vaga para a coordenação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública.
Caberá ao comitê a articulação da ação governamental e o assessoramento ao presidente Bolsonaro sobre os desdobramentos da pandemia. Até esta segunda, são 234 casos confirmados de infecção pelo vírus.
O colegiado deverá atuar de forma coordenada com um outro, o Grupo Executivo Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional, criado por meio de decreto em 30 de janeiro e coordenado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
ESTADÃO/montedo.com

10 respostas

  1. Já comentei que na França as forças armadas estão na linha de frente no combate ao coronavírus! No Brasil o tempo está passando! Já passou da hora de mobilizarem recursos, convocarem reservistas, distribuírem alimentos nas comunidades carentes, decretarem toque de recolher nas grandes cidades para evitar saques e violência, policiarem as ruas, isolarem cidades, manterem as pessoas em casa! Caramba! Ninguém está fazendo nada!

      1. Não quero te tirar nada amigo…absolutamente Nada! nem quero nada,,,sou um patriota e penso em meu país e em meus irmãos….vc só pensa em vc e está cego, rezo para que vc e sua família saiam desta e vc possa refletir sobre suas opiniões.

  2. Nos quarteis da fronteira seguem com o internato EV amontoados em alojamentos precários sem ventilação! Haverá campo do Básico e o expediente segue normal, com todos juntos no rancho durante o almoço…

  3. O coronavírus veio pra mostrar, entre outras coisas, que o atual presidente não está à altura de ser e se portar como um legítimo chefe de Estado responsável por um país de dimensões continentais e com uma população superior a 200 milhões de habitantes. Também veio para esfregar na cara dos defensores do estado mínimo que na hora do vamos ver é o Estado máximo e não a iniciativa privada – com sua “mão invisível” que só visa lucros e não as pessoas – que se põe na linha de frente do problema.

  4. Ao redigir este texto venho pedir a mobilização dos mais variados setores de nossa sociedade a fim de nos unirmos em um esforço coletivo de modo a minimizarmos os efeitos do corona virus aqui no Brasil.
    O motivo de minha iniciativa na preparação e divulgação desta nota se deve ao fato de uma instituição governamental não estar levando tão a sério a pandemia do coronavirus em nosso território. Apesar de ser uma instituição respeitável e exemplo na sociedade, no que se refere a proteger seu pessoal essa instituição não está aplicando os esforços devidos a fim não colocarem seu pessoal em risco e com isso os seus familiares. Neste ponto, eu preciso e devo me pronunciar, uma vez que os próprios membros, por dever, disciplina e hierarquian, não irão constestar as ações de seus superiores ainda que essas decisões, coloquem em risco de morte a sua família. É aqui que tenho que me manifestar.
    A instituição é a Marinha do Brasil. Sou dependente de militar que está nessa força a mais de 15 anos. Quando casei com o militar da Marinha, ao ser atendida nos órgãos de saúde sempre tenho sido bem atendida. Tenho visto um certo esforço na Marinha em se melhorar as condições de trabalho para todos. Meu esposo que trabalhava em um horário bem intenso – 08:00 às 22:00 – não mais trabalha assim, isso é uma melhoria e preciso reconhecer isto. Porém ainda existem aspectos que podem e devem ser revistos de modo a melhorar um pouco mais as condições de trabalho para todos. Quero dizer com isso, que essa Força Armada ainda goza de prestígio na sociedade e esperamos que ela continue assim. Ajudando o seu povo a crescer.
    Agora um aspecto de fundamental importância é o perigo para nós dependentes que esse órgão do Ministério da Defesa estão não expondo. É isso mesmo. Nos expondo e já irei explicar:
    Estamos com uma pandemia de um virus que consegue infectar muitas pessoas e pouco espaço de tempo. Como a Marinha do Brasil está nos expondo a esse perigo ? O meu esposo vai trabalhar todos os dias, utiliza meios de transporte relativamente cheios, de forma a jogar por terra quaisquer tipo de cuidados e profilaxias que ele venha adotar podendo se contaminar, contaminar a mim e aos nossos filhos.
    Nesse tempo de casada que tenho com ele e conhecendo um pouco da Marinha ao longo dos anos, eu sei que não existem razões para que todos os militares de um quartel que não sejam o de saúde sejam expostos ao perigo de se contaminarem. Diga-se de passagem, que nós dependentes não representamos o único grupo de risco a ser contaminados por falta de ação em se reduzir drascamente o número de militares nos quarteis. O próprio quartel corre o risco de ser contaminado de forma total. Eu não estou dizendo que existe a necessidade de parar de forma total, embora existam quartéis que realmente podem parar gerando-se um certo prejuízo que pode ser gerenciados ao invés de se expor vidas humanas e relegá-las a morte. Acredito que os militares tenham feito o juramento de sacrificar sua vida em prol da nação, mais com toda a certeza esse juramento se relaciona com algo que importe em grande significado e valor para a nação, não sendo exposto ao corona vírus e de quebra a minha exposição a contaminação. Embora eu admire a devoção pelo país, eu não quero e não tenho a intenção de morrer agora. Pretendo criar meus filhos e a Marinha do Brasil precisa rever sua política de expor seus militares a morte, quando há uma estratégia clara de enfrentamento do vírus em andamento. Com certeza essa não é a melhor forma. Acredito que em determinados quartéis, pode-se reduzir ao número mínimo de pessoas de modo que o menor número será exposto ao vírus. Nós, os familiares dos militares sabemos dos cuidados que vocês estão adotando para com nossos esposos. A profilaxia é altamente importante no combate a transmissão do vírus, contudo não é só isso. Retorno a dizer que todo esforço torna-se em vão ao se desprezar a redução do quantitativo de militares nos quartéis.
    Ficaria agradecida se eu pudesse ser atendida apenas ligando, só que sei que isso não é possível pois o que escrevi aqui é tido como algo “repulsivo” para os Comandantes dos quartéis.
    Preciso esclarecer que não tenho a mínima intenção de denegrir a Marinha, muito menos esquecer seus trabalhos prestados a nossa população. Contudo, estou em perigo de pegar o coronavírus, não só eu, mais meus filhos também, e o pior, é que o pai pode ser esse transmissor é por isso que escrevo. Não que vocês estejam ou não tomando os cuidados com relação a higiene necessária. Me importa é que meu marido está exposto nos meios de transporte que ele utiliza. Quase esqueci de falar da aglomeração no lugar onde eles fazem as refeições nos quartéis da Praça Mauá. Qualquer pessoa que passe pela Orla Paulo Conde pode ver que são mais de 1.000 pessoas em um ambiente confinado para fazerem suas refeições. Basta somente um se contaminar para contaminar os demais.
    Infelizmente depois desse relato eu tenho a convicção que os quartéis irão pintar os vidros para esconder isso de nós. Já que meu esposo não vai relatar nada, eu vou ver e vou relatar.
    Espero uma ação mais concreta do Marinha na proteção dos seus militares.
    Dependente de militar da marinha

    1. Concordo em gênero, número e grau. O planeta envolto no esforço de mitigar os efeitos dessa doença nefasta, a escolas e faculdades suspendendo aulas, e as Forças Armadas mantendo a rotina de “ilha da fantasia” numa bolha platônica. Refeitórios e alojamentos lotados, reuniões com pessoas amontoadas, expediente integral em setores de organizações militares que poderiam perfeitamente funcionar à distância, até como forma de adestramento no sentido de manter o comando e controle num cenário de bloqueio/saturação das vias de transporte. É assustador perceber a total falta de preparo e consciência situacional dessa instituição.

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