Expediente prolongado pode ter motivado ‘visita’ do MPF a quartel do Exército no RS


Soldados estariam aquartelados, o que foi negado pelo porta-voz do 6º BCom. Denúncias de irregularidades teriam motivado visita do Ministério Público

Ninguém confirma motivo da visita
Uma visita de rotina. Foi assim que justificou o capitão Marcelo Werminghoff, oficial de Comunicação Social do 6º Batalhão de Comunicações (6º BCom), sobre a presença de integrantes do Ministério Público Federal (MPF/RS) no quartel localizado em Bento Gonçalves.
A palavra do capitão não confere com a informação de que os “visitantes” estariam investigando denúncias de irregularidades no batalhão. Uma pessoa que preferiu não se identificar, disse que todos os soldados, cabos e sargentos, além dos oficiais, estariam “aquartelados”.
– Essa é uma palavra forte. Estamos apenas excedendo ao horário de expediente, que normalmente vai até 17 horas – resumiu o capitão, para o repórter Antônio Sérgio de Oliveira, do Grupo RSCOM, por volta de 18h30 desta terça-feira.
Segundo o porta-voz, que não quis gravar entrevista, o subcomandante da unidade militar, major Maurício Costa, foi quem recebeu os integrantes do MP. Ele deve se manifestar apenas na manhã desta quarta.
20h30
A reportagem manteve contato com uma fonte de dentro do quartel, às 20h30, que confirmou estarem sem autorização para sair naquele momento.
22h30
Segundo a mesma fonte, por volta de 22h30, todos foram liberados, sem maiores explicações. Ao que tudo indica, os detalhes das investigações devem correr sob sigilo.

Vistoria foi realizada na última terça-feira, mas o MP ainda não esclareceu os motivos
O Ministério Público informou hoje que o procurador da República Alexandre Schneider deve se manifestar na próxima segunda-feira, dia 26, sobre a visita às instalações do 6º BCom, em Bento Gonçalves. O procurador está em viagem a Brasília.
A vistoria foi realizada na última terça-feira, mas os motivos ainda não foram esclarecidos. Na ocasião, os militares sem serviço não puderam deixar a batalhão.
– Sendo uma unidade subordinada ao Governo, temos a obrigação de abrir nossas portas e esclarecer o que deve ser esclarecido – destacou o oficial de Relações Públicas, Marcelo Wermihoff.
leouve/montedo.com

10 respostas

  1. A pergunta é: Há necessidade de extender o expediente até mais tarde por necessidade da realização de algum serviço extraordinário,ou o é por que o Comandante quer? No primeiro caso não há o que fazer, cumpra-se. No segundo caso, que se faça justiça e corrija exemplarmente o Comandante.

    Cardoso

  2. tenho camaradas que servem nessa OM e os relatos são aterradores. talvez uma manobra diversionária para desviar a atenção da tropa, mantendo-a "ocupada" de forma a não pensarem nos problemas causados pela defasagem salarial. Militar não ganha hora extra. Talvez seja daqueles comandantes que, se ocorrer um problema no rancho, suspende o toque de ordem para todos. Tem gente que ainda vibra com este tipo de atitude e trata seus subordinados como cavalos. Mas os tempos são outros. Nenhum militar se revolta em ter que sair mais tarde por conta das missões. A revolta existe qndo a missão está cumprida porém os oficiais ficam em reunião até tarde, fazendo lanchinho e tomando café, como se estivessem resolvendo o futuro da galáxia. Já cansei de ter problemas para pegar meu filho na escola por conta de suspensão de toque de ordem. É injusto abandonar uma criança de 8 anos na porta de uma escola, em dias de chuva pq o cmt suspendeu o toque de ordem. Se ocorrer, também vou denunciar, pois isto caracteriza abandono de incapaz.

  3. .Os comandantes ainda não perceberam que hoje vários órgãos com poder fiscalizatório (PF, TCU, CGU, MPF, Vigilância Sanitária, Receita Federal,IBAMA etc) possuem nos seus quadros como servidores vários ex-militares descontentes com as Forças Armadas e que conhecem a fundo as irregularidades cometidas dentro da caserna. E conforme os anos e os concursos vão passando, mais e mais ex-militares engrossam as fileiras de tais órgãos. Ressalto ainda que muitos desses ex-militares saem com ressentimentos e mágoas com relação às irregularidades que seus comandantes cometeram e, por isso, aconselho aos comandantes: se adaptem à nova ordem jurídica e política brasileira, abram bem os olhos, pois os tempos são outros, não existe mais a história de esbravejar "sou eu que mando p…", "do portal das armas pra dentro o quartel é meu…"

    Celso

  4. No Batalhõ que eu servi o Comandnte deixava a tropa até as 19:0hs para que os militares perdessa aulas na universidade e chegava a diser que os praças poderias até ser formados mais quem mandava no quartel ele ele.

  5. A evolução é inevitável e nossos oficiais infelizmente estão evoluindo na base do PROCESSO!abuso de poder PROCESSO nele, falta de respeito com subordinado PROCESSO nele,discriminação PROCESSO nele ! essa é a pura verdade.Quantas vezes tiver quer esperar o -TOQUE – prq o COMANDANTE
    estava putinho com alguma situação e isso influía diretamente na minha vida pessoal…( pegar menino na escola,perder ônibus, chegar atrasado em faculdade dá ''assistência'' a patroa)…Os tempos são outros graças ao nosso bom Deus!!!

  6. Abandono de incapaz, ocorre quando quem TEM a obrigação de cuidar e zelar pelo menor, não o faz, por pura desídia e o EB NÃO tem obrigação de cuidar do SEU filho. A obrigação de cuidá-lo é SUA e da MÃE dele. Antes de municiar os vermelhos, atirando o EB no colo desses que tanto querem destruir a imagem da brava instituição a qual você serve, estude bem o caso e verifique bem se é o caso, assim evitará calúnias e difamações contra o Exército Brasileiro.

  7. infelizmente este não é um caso isolado… é muito comum esses expedientes prolongados em quase todas unidades de corpo de tropa, onde, sob o comando de um aspirante a general, os subordinados são usados como peça de manobra para a obtenção do conceito que fará com que essa aspiração se torne realidade.
    Basta o MPM ou MPF dar umas incertas Brasil afora que isso será certificado.

  8. É só acabar com esse monte de formaturas inúteis e instruções de quadros rolha em que o instrutor sabe menos que o instruendo e sobrará muito tempo para o cumprimento das missões. É absurdo o tempo que se perde com atividades infrutíferas no quartel. Os comissionados planejadores sem vida social ou família são os chefes, esses sim têm que virar a noite no quartel. Praças são executores e assim que as nossas pseudo-deidades decidirem o que querem da vida, a praça velha vai lá e cumpre.

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