Advogado da vítima não conseguiu ter acesso aos autos
Tiago Minervino
Colaboração para o UOL, em São Paulo
O soldado de 19 anos que foi torturado por seis militares do Exército no quartel da corporação em Pirassununga (SP), em 16 de janeiro, está traumatizado e precisa fazer uso de medicamentos para controlar a ansiedade e os ataques de pânico.
O que aconteceu
Soldado está “introvertido”, com a capacidade de comunicação e cognição “reduzida”. “Quando ele está sob os efeitos dos medicamentos, ele apresenta um quadro com menos sintomas adversos, porém permanece apreensivo e introvertido”, disse ao UOL o advogado do jovem, Pablo Canhadas.
Desde o episódio de violência, o militar tem feito acompanhamento psicológico e psiquiátrico, além do uso de medicamentos “para controlar ataques de pânico e ansiedade”. “Ele apresenta um quadro de transtorno pós-traumático, com crises de ansiedade e ataques de pânico frequentes”, explicou Canhadas.
Pablo Canhadas destacou que o soldado está com “sensação de ser perseguido” e ficou apreensivo quando precisou retornar ao quartel para prestar depoimento. “Ele ficou introvertido com queixas de dor no estômago, mal-estar e sensação persecutória (de ser perseguido). Tremia e apresentou um quadro de desregulação intestinal”.
Soldado está afastado de suas atribuições no Exército por 90 dias. Conforme o advogado, o militar afirma ter sido alvo de atitude “desumana e covarde” por parte de seus colegas de farda, que o “subjugaram”.
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O caso está sob sigilo e nem mesmo o advogado da vítima teve acesso aos autos. “Em relação ao processo estou tentando ter acesso aos autos, pois cada vez é uma desculpa: ou porque não está fisicamente na seção ou porque já digitalizou, e mesmo digitalizado não estou conseguindo acessar”, disse Pablo Canhadas.
Exército disse que o sigilo é para garantir a “eficácia da investigação e a elucidação de um crime”.
UOL – Edição: Montedo.com
Respostas de 6
Queria ver km advogado falar o contrário
Logicamente que Entendo a situação da crítica que a vítima está passando, até porque cada ser humano tem um tipo de comportamento para enfrentar as ” dificuldades”. Se para uns é mais fácil superar os traumas, enqto outros demoram tempo, o importante é que o caso esta tomando o devido rumo, não é admissível que um jovem vá servir e seja agredido pelos próprios “Colegas”.
Administração militar tem o dever de manter os autos (físico)do IPM arquivado, mesmo sendo remetido via sistema eproc, para que possa ser consultado pelo advogado constituído
O primeiro Sgt tem que fazer CHQAO e precisa de conceito. O Subtenente precisa conceito para tentar sair QAO. Está dificil muito tem até medo de defender o subordinado. Tenho um colega trabalhador e não saiu QAO porque “lutou” por um PNR era a vez dele na fila e tentaram colocar o adjunto de comando. Ele foi “torrado” não saiu, tinha Comandado TG, Medalha Max Wolf e Pacificador. Esperou um QA estava lá atrás e foi embora. Detalhe era MB CFS e CAS.
Qual a relação com o fato !?
A relação ao meu ver é que muitos ficam “omissos” de tomar uma atitude com receio de se envolver. O “tal pacote”, “chá de manta”, enfim…. O “tal batismo” quando passa a ser Efetivo Profissional. Este tipo de conduta não pode ser feita. Eles “julgam” uma brincadeira porém pode se tornar grave como ocorreu. Imagina um primeiro Sgt ou ST que esta com objetivos na carreira de cursar CHQAO, concorrer ao QAO, ao ver uma “cena” deste tipo e ele tomar providência já vai se “enrolar”. Muitos brincam com o “tal carrapato” mas ele existe sim. cuidado para ele não te pegar. A solução ao meu ver “Palestras sobre este tipo de ação e suas consequências. Tive um colega que se enrolou por causa de um churrasco de final de ano. Alugaram um Clube, ele Subtenente organizou e no churrasco um EV pulou na piscina e teve uma lesão grave na coluna. Adivinha quem parou na Justiça?