Um general cada vez mais enrolado na história do 8/1
Às 8h53m do dia 8 de janeiro, o general GDias, chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo, recebeu uma mensagem no WhatsApp com a lista de ônibus que estavam chegando a Brasília. Enviada pelo comandante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura Cunha, a mensagem dizia:
“Quase 100 ônibus já”.
GDias respondeu três minutos depois:
“Bom dia. Vamos ter problemas”.
Em depoimento à Polícia Federal, o general disse que houve um “apagão” na inteligência do governo e que ele não foi alertado sobre a possibilidade de protestos violentos, que culminaram com a invasão da Praça dos Três Poderes.
O chefe da Abin, segundo O Globo, descreveu em mensagens para GDias os desdobramentos dos atos golpistas.
“Estão dentro do congresso”, avisou Saulo, às 14h59m. “GDF abriu as porteiras”, alertou, referindo-se ao governo do Distrito Federal, responsável pela segurança em Brasília. De fato, a Esplanada dos Ministérios, antes fechada, foi escancarada.
À CPI do MST, GDias reiterou que não recebeu nenhum relatório da Abin pela via oficial, o Correio Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), que estava inativo à época. Mas omitiu os alertas de Saulo. Foram 10 alertas na véspera do golpe. Um dizia:
“Conforme a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), houve aumento do número de fretamentos de ônibus (…). Muitos veículos foram fretados por indivíduos que já tiveram participação em atos violentos nos últimos meses”.
Em outra troca de mensagens com o chefe da Abin, em 17 de janeiro, GDias pediu a Saulo a retirada do seu nome de um documento que seria entregue ao Congresso com as comunicações de informes da Abin e os destinatários das mensagens.
METRÓPOLES
4 respostas
O G Dias? Quem vai ficar enrolado é o Freire Gomes, Cel Marcelo Jesus e outros do MD, depois das revelações do Delgatti. Como o eb se submeteu a um capitão expulso da instituição?
Típico. Quando são confrontados com as consequências de suas omissões ou imcompetências sempre saem com a “justificativa” de que não foram avisados, que não sabiam de nada.
Por isso a importância de se registrar tudo através de documentos: oficios, partes, DIEx, etc, etc.
Não vai dar nada para o general de Luiz Inácio.
Agora, depois do depoimento de bandido hacker à CPI:
– Gen Paulo Sérgio deve estar preocupado.
O Bandido Hacker disse ainda que esteve cinco vezes no Ministério da Defesa.
E participou de reuniões com o então ministro, o gen Paulo Sérgio.
Ou seja, se as Câmaras internas do ministério confirmarem essas Reuniões.
E se o Bandido Hacker “grampeou” conversas com ex-ministro da Defesa:
– sim esse pode se complicar.
– mas, para o General De Luiz Inácio, não.
A Zambeli já está passando mal…isso antes de perder o mandato e entrar na Papuda.
Quero ver a dos outros envolvidos, quem sabe reconhecer algum boçal de ontem e hoje, gatinho medroso.
Sr. Montedo, há muito anos leio o seu Blog. Nunca imaginei que as Manchetes chegariam a este nível. Não sou sádico e fico triste de ver essa situação e, por vezes comenta-lá.
Lembro quando o Blog era o único meio de saber notícias da Tropa, sempre esperando por boas novas…que tempo bom.
Recupere algumas Manchetes antigas para que possamos matar a saudade dos tempos em que éramos o Exército de Caxias, conscientes ou não, mas éramos.