Pedidos de comparecimento ainda precisam ser votados pelo colegiado. Lista está anexa ao plano de trabalho proposto e apresentado por Eliziane Gama nesta terça-feira
Por Filipe Matoso, Beatriz Borges, Luiz Felipe Barbiéri e Pedro Figueiredo, g1 e GloboNews —Brasília
A relatora da CPI dos Atos Golpistas, Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou nesta terça-feira (6) o plano de trabalho que elaborou para o colegiado, que foi criado para investigar os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. Nos anexos do documento, Eliziane propõe que sejam ouvidas pela comissão quase 40 pessoas.
Entre os nomes que Eliziane quer ouvir, estão o do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL); o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF no dia dos atos golpistas; os ex-ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, Gonçalves Dias e Ricardo Cappelli (interino), e o ex-ministro da Defesa Braga Netto.
A lista não contém o nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, mas Eliziane já antecipou que ele deve ser ouvido em algum momento.
“Para tanto, e até por causa das relevantes funções de Estado que exerciam e exercem, é certo que será necessário ouvir, no momento adequado, o Ministro da Justiça, Flávio Dino; o então interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli; e o General Gonçalves Dias, ex-Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR). Todos eles, certamente, têm muito a contribuir com esta CPMI”, afirmou.
- Adauto Lucio de Mesquita, empresário suspeito de ser financiador
- Ainesten Espírito Santo Mascarenhas, empresário suspeito de ser financiador
- Ailton Barros, ex-major próxmo de Bolsonaro
- Alan Diego dos Santos, condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto
- Albert Alisson Gomes Mascarenhas, suspeito de participar dos atos
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
- Antônio Elcio Franco Filho, coronel e ex-integrante do governo Bolsonaro
- Argino Bedin, empresário suspeito de ser financiador
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
- Diomar Pedrassani, empresário suspeito de ser financiador
- Edilson Antonio Piaia, empresário suspeito de ser financiador
- Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF
- Fernando de Souza Oliveira, ex-Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal
- George Washington de Oliveira Sousa, condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto
- Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP)
- Jeferson Henrique Ribeiro Silveira, motorista do caminhão-tanque onde foi colocada a bomba
- Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal
- Jorge Teixeira de Lima, Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
- José Carlos Pedrassani, suspeito de ser financiador
- Joveci Xavier de Andrade, suspeito de ser financiador
- Júlio Danilo Souza Ferreira, ex-secretário de segurança do DF
- Leandro Pedrassani, suspeito de ser financiador
- Leonardo de Castro Cardoso, Diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal
- Marcelo Fernandes, Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
- Márcio Nunes de Oliveira, ex-Diretor-Geral da Polícia Federal
- Marco Edson Gonçalves Dias, ex-Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
- Marília Ferreira de Alencar, então Subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal
- Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
- Milton Rodrigues Neves, Delegado da Polícia Federal
- Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ex-chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF
- Ricardo Garcia Cappelli, ex-ministro interino do GSI
- Roberta Bedin, suspieta de ser financiadora
- Robson Cândido da Silva, Delegado-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
- Silvinei Vasques, ex-Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal
- Wellington Macedo de Souza, suspeito de envolvimento no episódio da bomba
- Valdir Pires Dantas Filho, Perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro
Questionamentos
Durante a leitura do plano de trabalho, Eliziane informou que esses nomes constavam dos anexos do plano, e não do plano em si.
Parlamentares de oposição afirmaram que a leitura dos nomes configurava, na prática, a inclusão dos nomes no plano e que, se o plano fosse aprovado, automaticamente seriam aprovadas as oitivas.
O presidente da CPI mista, Arthur Maia (União Brasil-AL), pediu a palavra e afirmou então que a leitura dos requerimentos seria permitida por ser “direito” da relatora.
Segundo vice-presidente da comissão, o senador Magno Malta (PL-ES) propôs que, quando o plano de trabalho fosse votado, os anexos, isto é, os requerimentos apresentados pela relatora, não fossem analisados, somente quando a comissão passasse à fase de votação de requerimentos.
Após discussões sobre o plano de trabalho, Arthur Maia deixou a análise dos pedidos propostos pela relatora para a próxima semana.
7 respostas
Ótimo, o antes, durante e o após a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito juntos, só faltou uma tal de Jair, mas quando o caminho tiver um fim, pois todos levam a uma pessoa, ele vai ser chamado a responsabilidade também.
O Sr não sabe nem como utilizar uma vírgula, mas está em todas, não?
Vírgula!
Menos, ele recebe 12% (CFC).
este blog esta(continua) sendo impulsionado
O brilho do vil metal ofuscou muitas mentes. A ponto de colocar em risco a liberdade 🗽.
Faz o seguinte cumpra-se a lei prendam os quatro tá ok…
Orgulho de ver os Oficiais da Aman perante a justiça longe do corporativismo. Grande dia: os meliantes que usam estrelas indo caminhando para o xadrez.