FAB chegou a ter 908 militares filiados a partidos no governo Bolsonaro

VOTO MILITAR

Em levantamentos da FAB, havia 908 e 221 militares da ativa filiados a partidos políticos em 2020 e 2021, respectivamente

Natália Portinari, Eduardo Barretto
Em levantamentos realizados nos últimos anos, a Força Aérea Brasileira (FAB) chegou a encontrar até 908 militares da ativa filiados a partidos políticos em 2020, segundo ano do governo Jair Bolsonaro, o que contraria a proibição imposta pela Constituição Federal. Militares da ativa não podem ser filiados a partidos.

Por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), a coluna questionou o Exército, a Marinha e a Aeronáutica sobre quantos militares da ativa estavam filiados a partidos políticos no último levantamento realizado pelas Forças.

O Comando da Aeronáutica foi o único a saber responder ao pedido, informando que, em 2020, encontrou 908 registros de filiações, e em 2021, 221 registros.

“Esses levantamentos tiveram e têm por base orientar os militares para que constantemente consultem o site da justiça eleitoral a fim de não serem surpreendidos com filiações partidárias que não deram causa, em cumprimento às disposições contidas no art. 142, § 3º, inciso V, da Constituição Federal, que veda a filiação partidária de militares enquanto em serviço ativo”, informou a FAB.

A Aeronáutica respondeu ainda que mantém um aviso no “Portal do militar” orientando os integrantes da Força a sempre consultarem o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para checar eventuais filiações.

O Exército disse não saber quantos militares da ativa são filiados. A Marinha informou que fez apenas um levantamento por amostragem no primeiro trimestre de 2023, mas não informou quantas filiações encontrou nessa amostra.

Em março, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica pediram que seus integrantes da ativa seguissem o que determina a Constituição e se desfiliassem de partidos políticos em até 90 dias.

Em entrevista à repórter Mônica Gugliano, em 19 de abril, Tomás Paiva, comandante do Exército, admitiu que houve politização dos quartéis no governo Bolsonaro, e disse que isso foi um erro. “Temos que passar essa percepção exata de que política é fora dos quartéis”, afirmou.
METRÓPOLES/montedo.com

7 respostas

  1. Fenômeno bolsogado. Covardia e prevaricação dos cmt, pois nao ha novidade nem duvida, militar nunca pode ser partidarizado. Pau neles.

  2. Ninguém e tolo em alegar desconhecimento da lei, ainda mais do Estatuto dos Militares, o qual rege a carreira militar. Na própria Constituição está lá descrito sobre afiliação política, em ambos trata sobre isso que militar da ativa, no exercício de seu capacidade eleitoral passiva, deve se descompatibilizar (agregar-se), se mantém uso dessa capacidade filiado na ativa, sem no entanto agregar-se estão em desacordo com todo aparato legal Castrense e deve responder por isso.

  3. É por isso que estamos na lona hj. Os baluartes da verdade fizeram vista grossa, fins privilegiar o falso Meçias. Mas o ônus será pra todos.

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