Em audiência na Câmara, o ministro da Justiça disse que minoria de militares resistiu a tentativas de desmontar acampamentos golpistas diante de quarteis
Gustavo Maia
Questionado pelo deputado Kim Kataguiri por que os acampamentos golpistas de bolsonaristas nas frentes dos quarteis não foram desmobilizados logo no início do governo Lula, o ministro Flávio Dino disse que, infelizmente, “houve uma resistência de uma ínfima parte do Exército, que preferiu ouvir vozes satânicas”.
As declarações ocorreram durante audiência na CCJ da Câmara, que durou mais de quatro horas.
“Eu tenho muita responsabilidade com o que eu vou dizer doravante… Houve uma resistência de uma ínfima parte do Exército, que preferiu ouvir vozes satânicas. A imensa maioria do Exército Brasileiro é legalista. A imensa maioria das Forças Armadas mais uma vez mostraram o seu compromissos com a democracia. Quando? No dia 8. E por isso que eu elogio muito as Forças Armadas e deploro essa ínfima parte que opôs resistência à desmontagem dos acampamentos que, eu concordo com o senhor, não deveriam nem ter existido”, declarou.
O ministro da Justiça e Segurança Pública disse na sequência que a questão é ainda mais profunda, direcionando suas críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro: “não é quem não desmontou, é quem deixou montar, e por que deixou montar, porque não queria aceitar o resultado da eleição”.
Na sua intervenção, Kataguiri comentou falas do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a favor dos acampamentos, que teriam a adesão de amigos e familiares dele, e perguntou se os espaços não foram desocupados por conta da simpatia do chefe das Forças Armadas.
“Como seu colega de governo, quero dizer que o ministro Múcio fez e tem feito o possível em condições inicialmente muito hostis, e por isso eu faço justiça ao ministro Múcio, no sentido de reconhecer que ele operou no início em condições muito difíceis. Por isso, eu não estou entre aqueles que culpam o ministro Múcio. Ao contrário, o elogio”, declarou Dino.
Ele lembrou ainda que a PF pediu autorização do STF para investigar militares das Forças Armadas, o que foi deferido pelo ministro Alexandre de Moraes.
RADAR(veja)/montedo.com
9 respostas
Foram muito poucos, de um universo de mais de 200 mil de efetivo, menos de duas Dezenas, só a Alto Comando.
Se vocês tiverem curiosidade, sugiro que vejam a audiência inteira. É muito interessante.
O ministro da Justiça me impressionou por estar bem preparado, assim como pela facilidade com que se articula. “Jantou” os bolsominions que se arriscaram a questioná-lo.
Não se importou com as perguntas hostis, dando invertidas constantes com muita espirituosidade.
muito bem Preparado, vc deve ser um Petralha VO, tanto que comprou respiradores em loja de canabis. hoje esta o resultado do preparo dele. com o oficio do Diretor de PF falando para ele dos risco de invasão.
Eu não me limitei a ler o texto acima, assisti a audiência inteira.
Lamento por você, ele arrebentou, e te falo mais, há muito tempo eu não vejo uma pessoa se sair tão bem em eventos parecidos.
Se informe mais, meu amigo, e não deixe o seu preconceito ser maior que o desejo de saber. A falta do uso de neurônios por muito tempo favorece o aparecimento do Alzheimer.
Pessoal dos altos estudos
‘Parte ínfima do Exército preferiu ouvir vozes satânicas’, diz Flávio Dino
quem o teria escutado?
Avaliação com base em quê?
Qual o grande conhecimento dele sobre o Exército?
No caso em tese não seriam as FFAA e as demais que compunham o gsi?
Se aprofundar a análise, não serão Encontradas Informações das inteligências da pmdf, prf, pf e abin?
No velho ditado “o peixe morre pela boca e o jacaré não entra no céu porque tem a boca muito grande”.
E QUANDO A VERDADE VERDADEIRA VIER À TONA?
Veja a audiência, acho até que ele foi bem educado. A voz santânica dentro do exército é muito maior do que a dita “parte ínfima”.
Meu amigo, chegou a hora de identificar os que fizeram parte dos atos e os que deixaram de fazer, quando deveriam agir de ofício para conter.
Essa história de querer empurrar a responsabilidade para o prejudicado não se sustenta.
Vozes satânicas é a dele e do seu chefe Lula, que estão mentindo e escamoteando sempre com papo falacioso. “Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?”
Flávio Dino, Aprovado em primeiro lugar para juiz federal em 1994, foi presidente da AJUFE, quando em 2006 se desligou da magistratura. Professor universitário, dentre outros. Deu um baile na Câmara, quando foi chamado a responder questões comezinhas com intuito das “Lacrações” para servirem livres e alimentar seus seguidores. Resultado? O feitiço virou contra o feiticeiro e saiu de lá melhor do que entrou. Tem meu respeito, inclusive pela fala da reportagem defendo as Forças.