Oficial do Exército inicia trabalho inédito em missão no Sudão

Major Gabriela - Sudão

Exército Brasileiro
Brasília (DF) – Uma oficial do Exército Brasileiro iniciou um trabalho pioneiro a serviço de uma das mais recentes missões da Organização das Nações Unidas (ONU) no continente africano. Desde o mês de junho de 2022, a Major Gabriela Rocha Bernardes atua como oficial de relatórios do Comitê Permanente de Cessar-fogo da Missão Integrada das Nações Unidas de Assistência à Transição no Sudão (UNITAMS), função que tem como objetivo monitorar e registrar os acordos e as negociações de cessar-fogo na região de Darfur, oeste sudanês.
A UNITAMS é uma missão política especial, criada para auxiliar o país africano em seu atual período de instabilidade política. Desde 2020, ela atua dando apoio à transição para o regime democrático sem o uso de tropas. O Comitê de Cessar-fogo é o ponto focal do trabalho da oficial brasileira. Sediado na cidade de El Fasher, norte de Darfur, o local é acessível apenas por transporte aéreo, fornecido pela própria ONU duas vezes na semana. Outros desafios são os requisitos de segurança a serem respeitados devido à instabilidade ainda em curso, e o fato de a região não possuir mais uma base militar, destruída e saqueada em dezembro do ano passado.
“Trata-se de uma missão de assistência à transição, que visa monitorar violações do ‘Acordo de Juba para a Paz no Sudão’, assinado em 2020. Esse momento agora é de cessar-fogo, de encerrar situações de conflito, de maneira a permitir que a ONU e outras agências internacionais consigam contribuir para a estabilidade da região com novos mecanismos que levem à implementação e posterior manutenção da paz”, explica a major.
A oficial ressaltou também a importância de desenvolver um trabalho que ainda não havia sido executado por militares do Brasil. “Essa é a primeira e única vaga ocupada pelo nosso país na UNITAMS. Espero que outras possam ser abertas e que eu adquira bastante experiência para transmitir para os militares que venham a me substituir”. Além de recente, a UNITAMS possui um efetivo bastante pequeno, o que aumenta os desafios da missão. A Major Gabriela foi a terceira militar a se apresentar como ‘staff officer’ no Quartel-General em El Fasher, e, por enquanto, apenas outros dez, de diferentes nacionalidades, deverão ser desdobrados nos cinco setores do Comitê espalhados pela região de Darfur para exercer suas funções por um ano.
De acordo com a oficial, o ineditismo da atividade tem transformado a missão em um processo de descoberta. “Está sendo uma experiência absolutamente nova. Essa não é uma missão de paz como as que estamos acostumados a trabalhar. Há brasileiros aqui perto em missões no Sudão do Sul, na República Centro Africana, inclusive algumas mulheres, exercendo no terreno toda a ‘expertise’ que o Brasil já possui em missões de paz. Temos, inclusive, nos apoiado e trocado muitas experiências. Ainda assim, estou descobrindo, na prática, muita coisa nova, não só pela característica política da missão, por ela não possuir tropa, como por ser o único país muçulmano no qual o Brasil atua atualmente sob a égide da ONU, ainda mais eu sendo mulher, o que demanda uma maior adaptabilidade à cultura local”.
A militar também ressaltou que o trabalho será fundamental para agregar conhecimento. “Tenho certeza de que isso será muito importante para o Brasil, e em particular para o Exército Brasileiro, pois contribuirá na formação e na orientação de outros militares para desempenharem funções, como esta, ainda pouco exercidas pelo nosso país, abrindo mais espaço para atuarmos dentro do Sistema da ONU.”
Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército
DEFESA EM FOCO/montedo.com

6 respostas

  1. Mais uma que deveria utilizar os seus atributos para ter uma vida bem boa no EB Brasil. Agora, para ganhar em dólar no exterior rsrsrsrsrrs

    O EB deveria pagar o mesmo salário nessas missões no exterior e sem ajuda de custo.

    Queria ver a quantidade de voluntários que iriam pela missão.

    TODOS VÃO PELA GRANA…

    1. O Exército está repleto de “boquinhas”… para oficiais “di academia” principalmente… para o praça resta trincar na escala de serviço por 35 anos…

      Muita politicagem institucional, viés midiático de inclusividade e modismo do “politicamente correto”. Quando é para tirar para pegar no pesado, tipo tirar um serviço de guarda, nossa Senhora!!! É uma choradeira por parte da maioria delas, e um bom mocismo por parte de alguns homens, que acham certo promover desigualdades, quando elas cada vez mais buscam se igualar ao sexo masculino.

      Se fosse para fazer matérias sobre as voluntárias para as bocas pobres (FORPRON, FAR, GLO etc), não teríamos notícias bonitinhas como essa…#fato.

    2. Que inveja hein camarada!! Provavelmente eh um daqueles que não consegue nada, aí só resta falar mal dos outros. Pra vc só digo uma coisa, SOLA !!!

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