Exército vai apurar registro de atirador dado a integrante do PCC que comprou fuzil legalmente

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Membro do grupo criminoso conseguiu fraudar o registro de Caçador, Atirador Esportivo e Colecionador (CAC) emitido pelas Forças Armadas

ESTADÃO CONTEÚDO
Daniel Weterman

O Exército cancelou o certificado que deu a um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e que o liberou para comprar armas de uso restrito, incluindo um fuzil. O membro do grupo criminoso foi investigado pela Polícia Federal por conseguir o registro de Caçador, Atirador Esportivo e Colecionador (CAC) por meio da apresentação de documentos falsos à força militar.
Além de cancelar o registro, o Exército informou que abriu um inquérito militar para investigar as circunstâncias da autorização. De acordo com a instituição, o investigado não tem mais o registro de atirador nem o direito de comprar novo armamento. A PF deflagrou uma operação de busca e apreensão contra o suspeito em Uberaba (MG), no último dia 14.
De acordo com a polícia, o alvo da operação obteve o Certificado de Registro (CR) no Exército, o que o possibilitou a comprar sete armas de fogo destinadas a caçadores, atiradores e colecionadores, incluindo um fuzil, com documentos falsos. A legislação no Brasil impede que pessoas com antecedentes criminais consigam o certificado de CAC.
De acordo com o registro da ocorrência divulgado pela PF, o investigado responde a 16 processos criminais. A ficha criminal inclui cinco indiciamentos pela Polícia Civil, um por fraude processual, um por homicídio qualificado, um por roubo, um por tráfico ilegal de drogas e um por porte ilegal de arma de fogo. Ele é investigado pelo crime de falsidade ideológica e uso de documento falso.
De acordo com os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados em junho, o número de Caçadores, Atiradores Esportivos e Colecionadores de armas de fogo no Brasil, registrados no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), é dez vezes maior em 2022 do que a cinco anos atrás. Mais de 670 mil pessoas possuem CR ativo atualmente no Sigma, o que representa um aumento de 967% em comparação com os 63.137 registros contabilizados em 2017.
Em nota, o Exército afirmou que o atirador suspeito apresentou uma certidão criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e uma declaração de idoneidade para obter o registro, “não havendo informações impeditivas para o prosseguimento do trâmite processual naquela oportunidade”. Ainda de acordo com a força militar, as informações são de responsabilidade do interessado.
“Em consonância ao normativo legal que regula o assunto, o CR (Certificado de Registro) foi imediatamente suspenso após o recebimento das informações sobre o caso e, posteriormente, definitivamente cancelado”, diz a nota. ” Finalmente, cabe destacar que o Exército Brasileiro já instaurou os procedimentos previstos em legislação para a apuração de responsabilidades, sem prejuízo das demais medidas a serem adotadas pelos órgãos de segurança pública, com os quais o Exército mantém permanente contato e estreita cooperação.”
GZH/montedo.com

7 respostas

    1. Ignorância desculpada. Se você tivesse passado no concurso da ESA e feito o CFS, e não se encostado numa pré estabilidade, você saberia do que se trata…
      Cada uma que aparece…

      1. O cara tá usando uma retórica, tudo bem que errou o adversativo, mas você não entender da retórica, inviabiliza seu comentário de que a ESA e os “Altos Estudos” dariam o tal entendimento. Cada qual que é responsável pelo seu próprio conhecimento e humildade e é isso que está te faltando.

    1. Sim, é normal mesmo deixar de fazer o que é previsto. Além disso, já somos escravos dos bandidos, pois somos impedidos de ter segurança por causa deles e, infelizmente, armamentos não são suficientes para dete-los, ou você acha que bandido tem medo de arma? Caso tivesse, não enfrentariam a polícia. Deixaríamos de ser escravos se nossos legisladores de fato lutassem para endurecer as leis, não permitindo que bandidos se tornem presidentes, que marginais tenham acesso à armas, legais ou ilegais, não formando aliança política com marginais do pior quilate, com a finalidade de obter apoio político e assim por diante. Agora, não sei se eu sou desinformado, mas não tenho visto estes CAC fazendo nada de bom, apenas cagada em cima de cagada.

  1. Só pelo CAC?
    Ao que parece tem integrante ou até mesmo lideres do pcc em altos escalões do judiciário e legislativo, como fazer para identificá-los?
    Os coletivos em são paulo é só a pontinha do iceberg .

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