TSE vê jogo duplo em ação de militares contra as urnas

urnas eletrônicas

Para integrantes do tribunal, é clara a diferença entre a postura dos oficiais nas reuniões técnicas e o discurso para o público externo

Fabio Leite
As mais recentes suspeitas levantadas pelo Ministério da Defesa sobre a segurança das urnas eletrônicas, durante uma audiência pública no Senado na semana passada, reforçaram em integrantes do Tribunal Superior Eleitoral a percepção de que os militares têm feito jogo duplo para atender à pressão do presidente Jair Bolsonaro.
Sob reserva, fontes bem posicionadas dizem que, nas reuniões que fazem com o corpo técnico do tribunal, os representantes da Defesa têm demonstrado compreensão sobre a segurança e a transparência do sistema eletrônico de votação e também sobre a inviabilidade de acolher parte da propostas apresentadas pelo Exército. Só que, publicamente, o discurso é bem diferente.
“A participação deles (militares) na comissão é salutar, muito tranquila. Nas reuniões não há nada que possa gerar conflito. O problema é depois, quando vai pra fora. É clara a mudança de postura quando o discurso é para fora”, resumiu à coluna um integrante do TSE.
A audiência na semana passada com a participação do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e do coronel Marcelo Nogueira de Souza, que chefia a equipe designada para acompanhar as eleições, foi um exemplo acabado da postura adotada pelos fardados.
Na visão da mesma fonte da Corte, os militares só ajudaram a ressuscitar, a menos de três meses do primeiro turno, o já debatido e descartado voto impresso auditável, dando munição para a claque bolsonarista e disseminando suspeitas sem qualquer embasamento técnico.
Para o corpo técnico do TSE, o debate no Senado virou “palanque” para que o general e o coronel reproduzissem o discurso usado pelo presidente para colocar em xeque a integridade das urnas.
Na ocasião, os militares chegaram a propor uma espécie de votação paralela com cédulas de papel no dia do pleito para fazer um tipo de teste destinado a dar “um grau de certeza maior em relação a possível ameaça” ao sistema eletrônico atual.
RODRIGO RANGEL(METRÓPOLES)/montedo.com

9 respostas

  1. O foro de São Paulo, PTCC, CV, globalistas e China, todos querem o luladrão e vão empossá lo presidente na fraude eleitoral. Ou atua agora ou seremos uma nova Venezuela e vamos perder nossas riquezas para os países ricos.

  2. Só podem estar de sacanagem né? Porque então fizeram lob no Congresso pela não aprovação do voto impresso? Porque razão ou intenção, não querem a total transparência de todas as fases do processo eleitoral? Resumindo, O que querem na verdade é que o povo assine um auto-atestado de imbecilidade.

    1. Defendendo ferrenhamente para que esse desgoverno se reeleja no grito né? Esqueça, não reelege nem com reza braba. Para você a meia dúzia convém, mas para a maioria não. Esse que joga com dois pesos e duas medidas, governo da “cloroquina”, está com os dias contados. Ele e praticamente todo o clã se elegeram com a urna várias vezes e os ataques a ela são infundados.

  3. Isso já tá uma vergonha! Já jogou as três Forças no ralo. Agora, os jornalistas colocam militares, como um todo, já que a alguns da RRM falam em nome das Forças, enquanto que a cúpula da ativa não falam nada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo