Abin e FAB impediram entrada no Brasil de avião misterioso ligado ao Irã

Boeing iraniano

Como a Abin operou para impedir que avião misterioso ligado ao Irã entrasse no Brasil
Aeronave, que chegou a ser retida na Argentina, era pilotada por iraniano de um grupo classificado pelos EUA como organização terrorista

Rodrigo Rangel
Oficiais da Abin, o serviço secreto do governo brasileiro, operaram para que um Boeing registrado na Venezuela e pilotado por um integrante das forças de elite do governo iraniano entrasse no espaço aéreo brasileiro no mês passado.
Vindo do México, o avião sobrevoou a América do Sul e pousou em Córdoba, na Argentina, em 6 de junho. Depois, seguiu para Buenos Aires, onde chegou a ser retido por decisão judicial. O episódio gerou desconforto político para o governo do presidente Alberto Fernández.
Oficialmente, a aeronave transportava peças de automóvel, mas havia a suspeita de que poderia haver armamentos a bordo.
Em um voo anterior, o mesmo Boeing fez um voo de Caracas, a capital da Venezuela, para a paraguaia Ciudad del Este, na tríplice fronteira com o Brasil e a Argentina. A região é conhecida por abrigar integrantes de grupos suspeitos de ligação com o terrorismo internacional, como o libanês Hezbollah.

Ghasemi: Paraguai cravou que piloto é homem da Al-Quds

O avião era pilotado por Gholamreza Ghasemi, ligado à Força Al-Quds, o grupo de elite da Guarda Revolucionária Iraniana, considerada pelo governo dos Estados Unidos como uma organização terrorista.
Além de Ghasemi, a tripulação do cargueiro 747 tinha outros quatro cidadãos iranianos e 14 venezuelanos. Antes de ser transferida para uma empresa venezuelana vinculada ao ditador Nicolás Maduro, a aeronave pertencia a uma companhia do Irã — os dois países mantêm relações estreitas e cooperam entre si nas áreas militar e de inteligência.
No mesmo “passeio” pela América do Sul, a aeronave tentou pousar no Uruguai e novamente no Paraguai, mas foi impedida pelos governos dos dois países.
As suspeitas sobre o voo misterioso aumentaram após a constatação de que, em parte do trajeto, o Boeing voou com o transponder desligado, o que dificulta o seu rastreamento.
Foi uma comunicação da inteligência paraguaia à Abin que deflagrou as medidas destinadas a impedir que o avião entrasse no Brasil.
O primeiro alerta foi feito ao representante do serviço secreto brasileiro em Assunção, que acionou Brasília. Na sequência, a Abin disparou um alerta para a FAB, a Força Aérea Brasileira.
Um documento da Abin ao qual a coluna teve acesso registra que, duas semanas antes da eclosão da guerra da Ucrânia, o mesmo Boeing pousou em Belarus, cujo território foi usado pela Rússia na invasão ao país vizinho. A viagem, supostamente para recolher ajuda humanitária para a Venezuela, foi lida por serviços secretos do Ocidente como mais um movimento estranho da aeronave.
Para além das suspeitas de que o avião estaria sendo usado para transportar armas para grupos terroristas, um eventual pouso no Brasil tinha potencial de gerar um incidente diplomático com os Estados Unidos, em razão dos embargos do país ao Irã e à Venezuela.
METRÓPOLES/montedo.com

8 respostas

  1. Foi a gleise que chamou…esse pessoal da esquerda não está de brincadeira, se ganharem na roubalheira, o apoio das ditaduras será para garantir a posse do larápio e, se puderem, só perdem de às FFAA contar os votos, vão partir para o terrorismo, não tem responsabilidade em aventurar-se, mesmo com o derramamento de sangue de Patrícios.

    1. É bem o contrário do que você está falando, mesmo sistema do teu amo, culpar os outros, sempre, não assume nada nunca. Seja um pouco responsável e pare de espalhar boatos fake, da forma que estão acostumados.

  2. Na famigerada reunião em que o ministro do meio ambiente falou em “deixar passar a boiada “, o suposto mito, falou o país não possuía um serviço de informações eficiente. Fica a reflexão.

  3. Mostra que ao contrário que muitos pensam nossa inteligência está operativa e atenta aos cenários externos e internos. Parabéns aos soldados do silêncio de hoje, de ontem e os envolvidos nessas e muitas outras ações que ficam ocultos apenas para a comunidade.

  4. Pelo menos uma vez na vida tem que funcionar, depois daqueles fiasco da droga no avião da FAB que não foi detectado. Agora, criar embaraços diplomáticos com os EUA e falácia, pois logo temos um exemplo de comprar diesel da Rússia, quebrando assim os embargos impostos. “Casa de ferreiro, espeto de pau”.

  5. Faltou a FAB e seus poderosos “Super Tucanos” realizar escolta para garantir que os terroristas de 747 não se desviasem de sua rota para fora do espaço aéreo brasileiro…

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